sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Pais de aluno pedem que professora baleada volte a dar aulas (Postado por Erick Oliveira)

Os pais do menino Davi Mota Nogueira, de 10 anos, que atirou na professora Rosileide Queiroz de Oliveira e em seguida se matou dentro de uma escola de São Caetano do Sul, no ABC, pediram nesta sexta-feira (30) que a professora não deixe de dar aulas e volte ao trabalho quando se recuperar. A declaração foi dada à apresentadora Ana Maria Braga, em entrevista no programa “Mais Você”. A professora teve alta do Hospital das Clínicas, em São Paulo, na tarde desta quinta-feira (29).
O crime aconteceu na semana passada na Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão. Davi usou a arma do pai, que é guarda-civil, para atirar contra a professora e em seguida em si mesmo. “Queria pedir que ela continuasse no trabalho dela, não deixasse de ser professora, porque é um serviço bonito”, disse a mãe de Davi, Elenice Mota Nogueira, 38 anos.
Nesta quinta, familiares de Rosileide disseram ao G1 que a professora não pensa em voltar a dar mais aulas. A reportagem conversou com uma das irmãs da pedagoga, Maria de Fátima Queiroz de Oliveira, a sobrinha Laís Oliveira e o cunhado Alexandre Millan, que confirmaram o desejo de Rosileide em se afastar da educação por tempo indeterminado.
“Ela está muito traumatizada, abalada, chora. Foi uma tragédia que está fazendo ela repensar algumas coisas na sua vida”, disse a irmã Maria de Fátima.
A família de Davi ainda tenta entender o que levou o filho mais novo a cometer o crime. “Pode ter mil depoimentos, mas todos vão ter uma interrogação, não vão saber definir”, afirmou o pai de Davi, Milton Evangelista Nogueira.
Segundo a família, Davi era uma criança tranquila e educada. “Ele não era só o meu Davi, do meu marido, ele era o Davi de todo mundo. Ele gostava de cuidar das pessoas. Ele gostava de se sentir útil”, disse a mãe do menino.
Elenice trabalha como babá e saiu de casa pela manhã quando os filhos dormiam. Pouco antes das 13h, o pai levou os filhos à escola. Na volta, ele sentiu falta do revólver, ligou para a mulher e foi até a escola questionar os filhos, que negaram estar com a arma. “Eu jamais eu desconfiaria dos meus filhos porque eles nunca mentiram para mim”, disse o pai.
Inicialmente, a polícia chegou a considerar a possibilidade de responsabilizar o pai, por ele ser o dono da arma. “Eu não estou preocupado com a justiça do homem. Para mim é a justiça de Deus. Ele está sabendo que meu filho está nos braços dele. Eu fiz minha parte aqui”, afirmou o pai. “É uma fatalidade, foi o que Deus quis para nós. Eu sempre orientei os dois para não mexer.”
A delegada Lucy Fernandes, que apura eventuais responsabilidades no caso, disse após o depoimento da família esta semana que o pai do estudante não foi negligente ou omisso em relação ao armazenamento da arma usada pelo filho no crime.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Professora baleada por aluno divulga carta de agradecimento (Postado por Erick Oliveira)

A professora Rosileide Queiroz de Oliveira, de 38 anos, baleada por um aluno de 10 anos em uma escola de São Caetano do Sul, no ABC, divulgou uma carta no final da manhã desta quinta-feira (29). No texto entregue à imprensa ela agradece à Polícia Militar pelo socorro, ao Hospital das Clínicas de São Paulo pelo atendimento recebido e aos professores e alunos que a ajudaram quando foi atingida pelo disparo. Rosileide foi baleada no dia 22 pelo aluno Davi Mota Nogueira, que se matou em seguida dentro da Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão.
“Agradeço a Deus por estar aqui! Gostaria de agradecer a equipe do Águia da Polícia Militar que me prestaram os primeiros socorros, aos professores e funcionários da escola que me ajudaram, a todos do HC pelo ótimo atendimento. Agradeço aos alunos do Alcina e familiares pelo carinho e dedicação. Que Deus dê forças para todos nós!”, diz o texto.
Na semana passada, Rosileide foi internada no HC para a retirada da bala do quadril. Nesta quarta (28), ela operou o joelho esquerdo, que estava fraturado. A expectativa, segundo o Hospital das Clínicas, é que ela tenha alta no final da tarde desta quinta-feira. A Polícia Civil pretendia ouvir a pedagoga na manhã desta quinta-feira, mas cancelou o depoimento que ainda será remarcado.
Nesta manhã, familiares de Rosileide disseram ao G1 que a professora não pensa em voltar a dar mais aulas. A reportagem conversou com uma das irmãs da pedagoga, Maria de Fátima Queiroz de Oliveira, a sobrinha Laís Oliveira e o cunhado Alexandre Millan, que confirmaram o desejo de Rosileide em se afastar da educação por tempo indeterminado.

“Ela está muito traumatizada, abalada, chora. Foi uma tragédia que está fazendo ela repensar algumas coisas na sua vida”, disse a irmã Maria de Fátima.
“Ela disse que não quer mais voltar a dar aula. Acho que é por conta do trauma que passou. Talvez ela mude de ideia”, afirmou a sobrinha Laís Oliveira.

“Não sabemos se ela voltará a dar aula. Sabemos que ela está decidida a não voltar a dar mais aulas. Ela falou que não tem mais vontade de dar aulas, queria descansar e depois pensar no que vai fazer. Ela ficou com medo pelo que ocorreu porque nunca teve problema com o aluno. Acho que ainda está com medo”, comentou o cunhado.

Depoimento da família de DaviOs pais e o irmão de Davi foram ouvidos nesta quarta no ABC. Além de Milton, prestaram depoimentos a mãe, Elenice, e o irmão dele, de 16 anos. Os três chegaram e saíram da delegacia sem falar com os jornalistas.“A motivação do crime continua sendo um mistério”, disse a delegada Lucy Fernandes após as oitivas.

Em depoimento à polícia, Milton contou que deixou a arma usada pelo filho carregada em casa, pois estava com pressa. O guarda afirmou que sempre guardava a arma sem munição, mas que naquele dia a esqueceu com as balas. A arma estava sobre um armário e foi usada pelo menino, que a escondeu na mochila e a levou para a escola.

O guarda-civil contou que logo que se lembrou que havia deixado a arma carregada foi procurá-la e não a encontrou. Ele perguntou à mulher, que disse não ter mexido no armário. Em seguida, o pai foi até a escola falar com os filhos – os dois negaram que estivessem com a arma.

Ainda segundo Lucy, uma coisa que chamou a sua atenção no depoimento foi o relato do irmão mais velho de Davi. “Ele falou que duas semanas antes da tragédia, Davi perguntou para ele: ‘Se eu morrer você vai ficar triste?’. 'É claro que vou,’ respondeu o irmão de Davi”, contou a delegada. Apesar de a frase sugerir algo sendo tramado pelo aluno, ainda não é possível afirmar com clareza se Davi estava planejando algo ou premeditando um crime, segundo Lucy. O irmão mais velho também afirmou que Davi nunca se queixou de Roseli.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Filha denuncia advogado por abuso sexual em Bauru, SP (Postado por Erick Oliveira)

Uma estudante de direito de 18 anos denunciou o próprio pai por abuso sexual em Bauru, no interior de São Paulo. A jovem é a filha mais velha de uma família de classe média alta da cidade, e contou que foi abusada pelo pai dos 8 aos 16 anos. O suspeito é advogado e já fez parte da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“Com 18 anos eu sei muito bem dos meus direitos. Eu sei que o que ele fez é errado. Eu não quero ser igual à minha mãe e fingir que nada aconteceu. Eu quero tomar uma atitude, ser honesta comigo mesma, mostrar para todos quem ele é. Ele não é perfeito, é um monstro, pedófilo. Quem faz esse tipo de coisa não é pai, é um monstro. Eu tenho nojo dele”, relatou a jovem ao Jornal Hoje.
Ela disse que pediu ajuda para a mãe, mas não foi atendida. “Com uns 11 anos eu contei para minha mãe, contei tudo o que acontecia, ela simplesmente falou que ia conversar com ele para dar uma chance”, afirmou.
O advogado Sandro Luiz Fernandes, de 45 anos, atualmente responde pelo departamento jurídico do Sindicato dos Bancários e dos Servidores Públicos Municipais na região de Bauru.
O abuso contra a filha não é o único caso na família de Fernandes. Uma sobrinha, atualmente com 13 anos, e uma cunhada, de 18 anos, também o acusam de abusos durante a infância.
Os casos vieram à tona depois que as três vítimas ficaram sabendo que tinham sofrido os mesmos abusos. Com base nos depoimentos das vítimas foi pedida a prisão temporária do advogado. A delegada responsável também solicitou uma medida protetiva para afastar o suspeito da filha. O pedido de prisão foi negado pela Justiça, mas o juiz determinou que o advogado fique no mínimo a 100 metros de distância da filha de 18 anos. Também foi determinada a busca e apreensão de computadores e outros objetos na casa dele.
O defensor de Fernandes disse que o cliente tomou conhecimento das acusações durante uma viagem ao exterior e que vai se apresentar e prestar todos os esclarecimentos. “Ele está à disposição da Justiça para esclarecer esse infeliz ocorrido”, afirmou o advogado Hélio Marcos Pereira Júnior.
Na manhã desta quarta-feira (28), a delegada que investiga o caso resolveu ouvir o depoimento do filho mais novo do suspeito, um menino de 9 anos que também teria sofrido abusos do pai. Diante de mais essa suspeita, a polícia poderá pedir novamente a prisão temporária do advogado.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Homem atropelado por mulher traída passa por cirurgia em Jundiaí, SP (Postado por Erick Oliveira)

O homem que foi atropelado pela própria mulher em Várzea Paulista, no interior de São Paulo, passou por uma cirurgia nesta quinta-feira (22), segundo informou o Hospital Paulo Sacramento, em Jundiaí. Ele continuava internado em estado de observação com o quadro estável na manhã desta sexta-feira (23). Ainda de acordo com a assessoria do hospital, ele não apresenta risco de ter as pernas amputadas.
De acordo com a polícia, o casal discutia na quarta-feira (21) em uma rua próxima à casa onde moravam, na Vila Tupi, por conta de uma traição descoberta pela mulher. O homem foi agredido com tapas, mas não revidou. A mulher, então, entrou no carro da família, onde estavam os três filhos, de 3, 5 e 10 anos, e acelerou na direção do marido. Ele foi prensado contra um muro e teve fratura exposta nas duas pernas.
A mulher de 25 anos, segundo o delegado, é usuária de drogas. Ela não tinha passagem pela polícia. Presa em flagrante, ela foi indiciada por tentativa de homicídio e encaminhada para a cadeia feminina de Itupeva, também no interior paulista.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Universitária escreveu ‘Deus’ no Facebook antes de morrer, diz tia (Postado por Erick Oliveira)

A universitária Bianca Ribeiro Console, de 19 anos, escreveu a palavra “Deus” ao lado da imagem de um coração estilizado no Facebook antes de ser encontrada morta pelos familiares dentro da casa onde morava com os pais, no Parque São Rafael, na Zona Leste de São Paulo, na terça-feira (13). A informação é da tia da estudante, Eliane Bicudo, que nesta quinta-feira (15) esteve no enterro da sobrinha, no Cemitério Curuçá, em Santo André, no ABC. Nenhum suspeito foi identificado ou preso pelo crime. Aparentemente, nada foi roubado também da residência. A Polícia Civil investiga o caso.

“Nós estávamos conversando pelo bate-papo e de repente ela ficou off-line, não respondia às minhas mensagens, e postou uma mensagem com a palavra ‘Deus’. Eu estranhei isso e comecei a perguntar, perguntar e ela não respondia no bate-papo’, disse a tia Eliane Bicudo, que afirma ter conversado com a sobrinha pela internet antes do crime.

No dia em que foi achada morta com ferimentos no pescoço compatíveis com estrangulamento, Bianca também teria postado mensagens na página pessoal dela no site de relacionamentos. Às 12h17 estava escrito “As coisas estão dando certo”, em seguida, aparecia um asterisco e um sorriso estilizado. Às 13h14, escreveu “Deus”, seguido de uma imagem de um coração.As informações na rede social de Bianca na web estão sendo analisadas pelos investigadores para tentar ajudar a chegar a algum suspeito de ter matado a aluna do curso de administração de empresas.

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o crime para chegar a sua autoria. Até agora nenhum suspeito foi identificado. Para os parentes que estiveram no sepultamento de Bianca, o assassino seria conhecido da jovem.

“Como é que você vai entrar dentro de uma casa e sair, deixar a casa trancada e matar alguém de dentro da casa, e sair e deixar o portão fechado? Então a pessoa era conhecida. Conhecia os hábitos da família, sabia detalhes da casa”, disse o tio de Bianca, Luiz de Brito Bicudo. “Esse é um momento do adeus a minha querida sobrinha. Não tem mais volta”.

O namorado de Bianca, Bruno, disse aos jornalistas que o casal namorava havia oito meses, e que os dois faziam planos juntos. “Ela estava sozinha. Eu acho que eram duas horas da tarde e eu havia ligado para ela. Ela tinha arrumado serviço novo, estava super feliz. A gente ia começar a fazer várias coisas juntos”, disse Bruno.

Bianca tinha acabado de conseguir um emprego. Começaria a trabalhar na próxima segunda-feira (19). Nada foi levado da casa. No dia do crime, ela estava com o dinheiro que ira usar para pagar a taxa de inscrição de um concurso público. Esse dinheiro também ficou na bolsa dela.

De acordo com os investigadores, o criminoso fugiu levando a chave do portão da residência, que ficou trancado. Dentro do imóvel, os móveis foram encontrados revirados.

O crimeSegundo a Secretaria da Segurança Pública, Bianca estava sozinha em casa na terça. Seus pais haviam saído para trabalhar. A tia da jovem, que mora em uma residência ao lado, estranhou o fato de a janela vizinha estar aberta e o televisor e as luzes, ligadas.

Por volta das 20h, a mãe de Bianca chegou e, por estar sem a chave do portão, pediu para um sobrinho de 10 anos pular o muro para destrancá-lo. Quando a tia e a mãe entraram, encontraram a jovem caída na sala perto de uma porta que dá acesso à sacada.

Os bombeiros foram acionados e a jovem chegou a ser atendida, mas não foi possível reanimá-la.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Chaveiro abre porta para vereador assumir Prefeitura de Jandira (Postado por Erick Oliveira)

O presidente da Câmara de Jandira, Wesley Teixeira (PSB), encontrou o gabinete da prefeita afastada Anabel Sabatine (PSDB) fechado na manhã desta quarta-feira (14) quando tentou assumir interinamente o cargo. Nesta terça (13), os vereadores da cidade na Grande São Paulo aprovaram o afastamento de Anabel por 180 dias após denúncias de desvio de verbas e de fraude em licitação. Anabel assumiu o cargo em dezembro de 2010, após o assassinato do então prefeito, Braz Paschoalin.
Teixeira chegou à Prefeitura por volta das 11h desta quarta e se deparou com a porta do gabinete de Anabel trancada. Ele decidiu, então, acionar um chaveiro. De acordo com o chefe de gabinete da prefeita, Análio Augusto dos Reis, ela não foi notificada de seu afastamento temporário. Nesta terça, a Câmara tentou entregar um ofício comunicando a decisão dos vereadores, mas Reis se recusou a receber o documento porque, segundo ele, o ofício precisaria ser entregue pessoalmente à prefeita.
Segundo o advogado da prefeita, Francisco Roque Festa, ela desconhece o teor das denúncias que levaram os vereadores a decidir pelo seu afastamento, mas afirmou que irá recorrer. De acordo com Festa, ela ficou sabendo “pela imprensa do afastamento ilegal e da invasão do gabinete”. Ele afirmou que a decisão da Câmara é ilegal e arbitrária. “A cidade não pode ficar acéfala. Não temos conhecimento oficial do teor das denúncias. Ainda não sabemos se vamos entrar com o pedido de uma medida cautelar ou com um mandado de segurança”, declarou. Segundo ele, Anabel só deve ser pronunciar após tomar conhecimento das denúncias.
Ao afirmar que chamaria o chaveiro para abrir o gabinete, Teixeira foi informado pelo advogado de um secretário de governo que a ação seria fotografada. O vereador, entretanto, não se intimidou. “Tem que cumprir a lei”. Após a chegada do chaveiro, o presidente da Câmara de Jandira entrou no gabinete e assumiu o cargo.
Anabel não foi à Prefeitura nesta manhã. Segundo Reis, ela tem compromissos externos nesta quarta-feira. Ela estaria na capital paulista, em reunião na Secretaria de Planejamento do governo paulista. O advogado de Anabel, por sua vez, afirma que ela está em Brasília.
TransparênciaWesley Teixeira, cujo pai já foi prefeito de Jandira, afirmou que sentava na cadeira de prefeito “muito triste”. Ele chegou a se emocionar ao lembrar do pai, que também foi morto. “Perdi meu pai assassinado. O Braz foi assassinado. A prefeita ao invés de tomar uma posição de governar essa cidade com honestidade, com sinceridade, não fez nada disso. Nós sabemos o peso de governar uma cidade com 130 mil habitantes”, afirmou Teixeira. Logo após Teixeira assumir o cargo, a Secretaria de Comunicação teve o expediente encerrado.

Ele afirmou que irá promover trocas no secretariado. A primeira mudança foi na Secretaria de Assuntos Jurídicos. Quem assume é o ex-procurador da Câmara de Vereadores Otoniel Henrique de Alexandria.
Teixeira prometeu transparência com relação às denúncias que pesam contra a administração municipal. “Vou chamar o Ministério Público e todos os órgãos competentes e colocar tudo na mesa. Vou suspender todos os contratos, tudo aquilo que prejudicou Jandira até agora”, disse. Ele não citou quais contratos, no entanto, que serão suspensos e não estabeleceu prazos.
Suspeita de fraudesNo dia 1º de junho, a Secretaria da Educação de Jandira autorizou que as escolas agendassem um passeio para um recanto ecológico. A excursão não aconteceu no dia marcado por causa do mau tempo. Mas a licitação para contratar o passeio só foi publicada depois, em 13 de junho. E quem ganhou a concorrência foi o mesmo recanto.
O passeio dos alunos é uma das quatro supostas irregularidades apontadas em um documento feito por um morador de Jandira e entregue à Câmara Municipal como uma denúncia contra a prefeita Anabel Sabatine.
O documento mostra que a Prefeitura usou R$ 3,2 milhões de um fundo federal para a educação e mais de R$ 400 mil da verba para o combate à dengue para cobrir a folha de pagamento do funcionalismo de Jandira, o que é proibido.
No começo de agosto, a Justiça determinou que a Polícia Civil instaurasse um novo inquérito para apurar a eventual participação de Anabel no homicídio. “Eu tenho uma certeza absoluta na minha vida: por mim, o Braz estaria aqui”, disse ela, na ocasião.
O desembargador Amado de Faria determinou a instauração do um novo inquérito a pedido da Procuradoria-Geral de Justiça. O Ministério Público disse que, após a análise de elementos colhidos na investigação que deu origem ao processo criminal contra várias pessoas pela morte de Paschoalin, já em andamento, a Câmara Especializada de Crimes de Prefeitos, da Procuradoria-Geral de Justiça, requisitou a investigação também da prefeita.
“Eu não tive acesso ao processo. Então, eu não sei explicar no que eles estão se baseando. Você percebe nitidamente interesse político de quem quer assumir. Se acharam por bem eu ser investigada, vamos investigar, porque eu estou com a minha consciência tranquila”, afirmou a prefeita.
Entenda o caso
Braz Paschoalin morreu em 10 de dezembro de 2010. Na ocasião, em vez de utilizar o carro blindado, o então prefeito foi em outro veículo sem blindagem até uma rádio onde semanalmente participava de um programa no qual respondia perguntas de ouvintes. Ao chegar à rádio, o automóvel foi atingido por pelo menos 15 disparos.
O Ministério Público de São Paulo ofereceu em 14 de fevereiro denúncia contra sete suspeitos da morte do prefeito. Foram denunciados à Justiça como mandantes do crime dois ex-secretários municipais, um ex-candidato a vereador no município da Grande São Paulo, além de outros quatro homens, sendo um deles um ex-policial militar, como executores do crime. Para o promotor de Justiça Neudival Mascarenhas Filho, Paschoalin foi morto porque havia demitido um secretário e antigo colaborador e estava se desentendendo com um outro secretário, que também pretendia demitir.