terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Mãe de resgatada após 3 dias diz que filha está triste por perder Carnaval (Postado por Lucas Pinheiro)

A jovem Caroline Laila Soares, de 19 anos, ainda aguardava na manhã desta terça-feira (31)  a realização de cirurgias  para reparar fraturas causadas pelo acidente que a deixou três dias à espera do resgate em uma rodovia na cidade de Populina, no interior de São Paulo.  Segundo Fátima Carvalho Soares, mãe da garota, Caroline se recupera bem e, ansiosa por sair da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), lamenta a possibilidade de ter que passar o Carnaval em recuperação. "Eu disse que agora ela tem a vida inteira para fazer isso, o importante é que ela sobreviveu", diz Fátima.

De acordo com a mãe, Caroline saiu de casa, em Iturama, na quinta-feira (26) por volta das 20h, com destino à casa da avó, que mora na cidade de Alexandrita. Antes de chegar, ela mudou o trajeto para visitar alguns amigos em Jales. Ela foi achada no domingo (29) em um buraco às margens da Rodovia Eliéser Montenegro Magalhães.

“Foi isso que dificultou as buscas, porque procuramos em um percurso que ela não fez. Nós voltávamos para casa na estaca zero. Sem ter notícias cheguei a pensar o pior, queria encontrá-la viva ou morta. Graças a Deus encontrei com vida”, disse.

Fátima disse que a filha não se recorda de detalhes do acidente. “O que a Caroline lembra foi que dormiu. Ela só acordou no outro dia e viu que tinha sofrido um acidente. Muito ferida, ela viu o porta-malas aberto e escorregou para fora do carro segurando um notebook para apoiar a cabeça e não se machucar. Ela disse que gritou muito, chegou a ficar sem voz, mas ninguém ouviu”, contou.

Cansada de pedir socorro gritando, Caroline teria tentado chamar atenção de outras formas. “Ela conseguiu uma sacola plástica e pegou um galho longo. Grudou a sacola nele e ficou balançando para ver se alguém a via e a tirava de lá, mas ninguém apareceu. Ela tentava subir o barranco, mas como a terra estava fofa e ela muito machucada, não conseguia subir”, disse.

Caroline sobreviveu, pois tomou água dentro do barranco. “Minha filha disse que tinha consciência de que, se não tomasse aquela água, morreria. Ela viu a água suja, viu sapos nela, mas disse que não teve escolha porque tinha vontade de viver”, contou.

Segundo Fátima, que acompanha a filha no hospital, Caroline está bem e vai se recuperar logo. “Aparentemente, da cintura para cima, ela está bem, apesar de tudo. Mas os braços e pernas estão muito esfolados, de tanto se arrastar para pedir ajuda”, disse.

Apesar do susto, Caroline está animada, mas já lamentou a possibilidade de perder uma data que ela adora comemorar com os amigos. “Ela me disse que está triste porque agora não poderá ir ao Carnaval”, contou Fátima.

Estado de saúde
Segundo informações do hospital, nesta terça-feira (31), as enfermeiras de plantão cuidaram de Caroline durante toda a madrugada e a jovem permaneceu lúcida, comendo normalmente e o estado de saúde é estável. Caroline deve passar por duas cirurgias, segundo informações do médico cirurgião geral e chefe da UTI da Santa Casa de Fernandópolis, Fernando Bertucci.

A estudante está  na UTI do hospital, com quadro de desidratação, anemia e possível infecção. “Por mais que a água que ela tomou tenha sido essencial para sua sobrevivência, existe o risco de infecções pela provável contaminação. Ela também perdeu muito sangue e ficou com ferimentos expostos à água, o que contribui para a piora do quadro”, explicou o médico.

Carolina também quebrou a bacia, mas não será preciso cirurgia nessa parte do corpo. A operação será no tornozelo e no fêmur da perna esquerda, que foram fraturados. Ainda segundo Bertucci, Caroline ficará na UTI sem previsão de alta.

Acidente e desaparecimento
A estudante perdeu o controle da direção do carro, caiu em um buraco perto da divisa entre São Paulo e Minas Gerais. O resgate aconteceu no domingo (29), três dias depois do desaparecimento dela, segundo familiares.

O acidente ocorreu a cerca de 50 quilômetros da casa da garota. Caroline tentou pedir socorro, mas não foi ouvida. Segundo o Corpo de Bombeiros, ela sobreviveu por ter conseguido sair do carro se arrastando e beber água acumulada no local.

Para resgatar a jovem foram deslocadas equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu de Ouroeste, também interior paulista.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Resgatada após acidente no interior de SP está na UTI, diz hospital (Postado por Lucas Pinheiro)

A jovem Caroline Laila Soares, de 19 anos, que caiu com o carro em um barranco às margens da Rodovia Eliéser Montenegro Magalhães, próximo a Populina, no interior de São Paulo, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Fernandópolis.

Ela sofreu fraturas e apresentava hipotermia, mas estava consciente, segundo informações da equipe médica divulgadas nesta segunda-feira (30). A família da jovem suspeita que ela tenha esperado pelo resgate no local do acidente por três dias.

Caroline perdeu o controle da direção, caiu em um buraco perto da divisa entre São Paulo e Minas Gerais. O resgate aconteceu no domingo (29), após um trabalhador da região que passava próximo ao local notar o carro acidentado.

Segundo familiares, a jovem saiu de casa na quinta-feira (26). O tio de Caroline, Ademar Almeida Silva, disse que os parentes começaram as buscas após notar que ela não chegou ao destino. A estudante saiu de Iturama e seguia para Jales. "Foi um desespero, ninguém conseguia falar com ela. Chegamos a pensar o pior e começamos a procurar em todos os lugares", disse.

O acidente ocorreu a cerca de 50 quilômetros da casa da garota. Quando passava pelo trecho da Eliezer Montenegro Magalhães, ela perdeu o controle da direção do veículo e caiu em um buraco que fica às margens da rodovia e tem cerca de dez metros de profundidade.

Caroline tentou pedir socorro, mas não foi ouvida. Segundo o Corpo de Bombeiros, ela sobreviveu por ter conseguido sair do carro se arrastando e beber água acumulada no local.

Para resgatar a jovem foram deslocadas equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu de Ouroeste, também interior paulista. A jovem foi levada para a Santa Casa de Fernandópolis, onde seguia internada. Até o começo da tarde desta segunda, o carro permanecia no local do acidente.

Adolescentes são apreendidos em bailes funk em SP (Postado por Erick Oliveira)

Quarenta e dois adolescentes foram apreendidos na madrugada desta segunda-feira (30) durante uma operação feita pela Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e a Prefeitura na região do M’Boi Mirim, Zona Sul de São Paulo. Os adolescentes estavam em bailes funk. No total, quatro bares foram fechados nesta madrugada durante a operação “Pancadão”.
Entre os adolescentes estavam 18 meninas – uma delas, de 14 anos, grávida. Todos foram levados para a delegacia e só serão liberados com a presença dos pais.
Um dos bailes, onde 38 adolescentes foram apreendidos, acontecia em um galpão, cuja entrada era escondida por um bar. Foram apreendidos bebida alcoólica, frascos de lança-perfume e pinos de cocaína vazios, além de caixas de som e geladeiras. O dono do bar recebeu quatro multas – bebida alcoólica era vendida para menores de idade e havia cinco máquinas caça-níqueis.
Na semana passada, no mesmo bairro, uma operação semelhante apreendeu 27 adolescentes. Eles participavam de um baile ao ar livre. Na ocasião, a polícia apreendeu 13 carros com som alto e uma grande quantidade de bebidas alcoólicas.

domingo, 29 de janeiro de 2012


Alckmin apela a Serra para que dispute em SP e Freire oferece o PPS como alternativa para 2014

Geraldo Alckmin encontrou-se em segredo com José Serra. Deu-se há três dias. Dividiram a mesa de jantar. Entre o repasto e o cafezinho, conversaram por cerca de três horas.
Lero vai, lero vem Alckmin fez um apelo a Serra. Pediu-lhe que reveja a decisão de não disputar a prefeitura de São Paulo. Convidou-o a assumir a vaga de candidato do PSDB.
Ao reproduzir o diálogo a políticos que lhe devotam fidelidade, Serra reiterou sua indisposição de trocar as ambições nacionais por um projeto municipal. Sonha com 2014, não com 2012.
Por mais que Serra soe peremptório, o generalato do PSDB resiste em levá-lo a sério. “Sempre foi assim”, diz um quatro estrelas do partido. “Serra se faz de difícil, mas os fatos o levarão a mudar de ideia.”
O PSDB encurrala Serra. O apelo reservado de Alckmin foi precedido de declaração pública de Fernando Henrique Cardoso: Aécio Neves é o “candidato óbvio” do PSDB à sucessão presidencial.
Nas maquinações do alto comando do tucanato, Serra teria duas alternativas: ou vai à sorte dos votos no município ou candidate-se ao ostracismo, sem a tribuna que um mandato propicia.
Serra já exalava irritação. Depois do comentário de FHC, passou a bufar. Olha ao redor com um misto de irritação e decepção. Irrita-se com a falta de sutileza. Decepciona-se com o “desrespeito”.
Para Serra, os operadores do PSDB faltam-lhe com o respeito ao ignorar sua trajetória partidária, sua biografia e os mais de 43 milhões de voto que amelhou na disputa contra Dilma Rousseff, em 2010.
Remando na contramaré, considera-se mais presidenciável do que Aécio. Imerso em seus rancores, diz que o antagonista interno não exibe nem mesmo disposição para se opor ao PT e ao governo.
Nesse ponto, a opinião de Serra coincide com a da maioria. Porém, a cúpula do PSDB prefere empurrar Aécio, um presidenciável zero quilômetro, a reembarcar em Serra, já derrotado por Lula e Dilma.
Num instante em que o tucanato sinaliza a disposição de desligar Serra da tomada caso ele insista em refugar a opção municipal, surgiu no cenário uma fonte alternativa de energia.
Serra recebeu a visita de um velho amigo. Presidente do PPS, o deputado Roberto Freire convidou-o a abrigar-se na sua legenda. “O PSDB não está sendo correto com Serra”, diz Freire.
“Ele liderou a oposição em 2010, teve quase 44 milhões de votos. Eu disse a ele que, se não tiver condições ou não desejar ficar no PSDB, o PPS é uma alternative real.”
Serra respondeu a Freire que, por ora, não cogita trocar de partido. “Evidentemente, essa hipótese agora faz parte do cenário”, raciocina o mandachuva do PPS.
Freire acrescenta: “Se o Serra vier, não virá sozinho. A perspectiva é de atrair outras lideranças que estejam insatisfeitas e que tenham a ver com a esquerda democrática no Brasil.”
Observador atendo da cena, o vice presidente do DEM, José Carlos Aleluia, enxerga no horizonte de 2014 uma outra fresta pela qual Serra pode se esgueirar.
Aleluia recorda que o PSD, legenda de Gilberto Kassab, reivindica no TSE acesso às verbas do Fundo Partidário e ao tempo de radio e tevê. Acha que o PT dá asas a Kassab sem observar-lhe o plano de vôo.
“Se derem tempo de televisão ao Kassab, a candidatura presidencial do Serra está pronta”, prospecta Aleluia. “O PSD ganha musculatura para ter uma candidatura nacional.”
“E quem será o candidato do Kassab?”, questiona-se o dirigente do DEM. “Muito provavelmente, pelas relações que os unem, será o Serra. Se não for para o Serra, o PSD vai para o Eduardo Campos.”
Citado por Aleluia, o governador pernambucano Eduardo Campos preside o PSB. Cultiva o sonho de tornar-se uma opção presidencial operando do lado de dentro do condomínio governista.
Eduardo achegou-se ao PSD de Kassab já na fase de constituição do novo partido, no ano passado. Para 2012, costura com Kassab alianças em dezenas de municípios brasileiros.
Como se trata de parceria recente, Aleluia crê que, na hora em que as onças tiverem sede, Kassab oferecerá a primeira tina de água a Serra, não a Eduardo.
“Dilma e o PT são, hoje, os maiores interessados em que Kassab não obtenha tempo de tevê”, imagina Aleluia. Há um quê de Wishful thinking nesse tentaiva de exercício da lógica.
Se Kassab prevalecer no TSE, o DEM será o maior prejudicado. No fundo, as palavras de Aleluia carregam o desejo de que o petismo acorde para o “risco Kassab” e se associe ao bloco de partidos que tenta impedir uma virada de mesa na Justiça Eleitoral.
Seja como for, fica entendido que, mantido o cerco do PSDB, Serra já dispõe de portas de saída. Se não quiser digerir o apelo que Alckmin lhe serviu no jantar, pode buscar fora do PSDB atalhos à encruzilhada.
Nessa hipótese, Serra se esquivaria do risco de um infortúnio municipal e manteria semivivo o projeto presidencial. O êxito da empreitada seria incerto. Mas a diversão da plateia estaria assegurada.
Seria engraçado assistir a uma sucessão presidencial em que José ‘Obstinado’ Serra, autocovertido em ex-tucano, medisse forças com Aécio ‘Óbvio’ Neves.

Menino desaparecido há um ano volta para casa no ABC (Postado por Erick Oliveira)

Uma família do município de Mauá, no ABC, teve um sábado especial. Um menino, que estava desaparecido havia mais de um ano, voltou para casa. Ele desapareceu quando foi passar o fim de semana com o pai e acabou encontrado depois de uma reportagem exibida no Jornal Nacional.
A faixa de boas vindas amanheceu na porta da casa da família. A madrinha, os primos e a avó esperaram um ano e três meses pelo momento do reencontro. Empolgado, Vinícius, agora com 6 anos, adorou rever os brinquedos do quarto e não saiu do lado da mãe. "É como se ele tivesse nascido de novo para mim", disse a mãe, Janaína Arruda Paz.
Vinícius tinha 5 anos quando saiu de casa para passar o fim de semana com o pai e desapareceu. O caso foi apresentado pelo Jornal Nacional há uma semana, em uma reportagem sobre o cadastro nacional de crianças desaparecidas no portal do Ministério da Justiça.
Desde que a foto de Vinícius apareceu na televisão, a família passou a receber ligações. Uma das pessoas disse que o menino tinha sido visto no Espírito Santo. Ele estava com o pai, que havia perdido na Justiça a guarda do filho. Ao ver a foto do ex-marido, Janaína acreditou na denúncia, foi à Justiça e conseguiu um mandado de busca.
Na cidade de Viana, região metropolitana de Vitória, a polícia descobriu que o pai abriu uma loja e vivia na cidade com nome falso. O filho, fora da escola, passava o tempo todo dentro de casa, que fica na mesma rua do Conselho Tutelar local, órgão que deve zelar pelo bem-estar das crianças.
O pai vai responder a processo em liberdade. “Ele responde, inicialmente, pela subtração de incapazes, mas pode vir a responder por cárcere privado”, explica o presidente da Fundação Criança de São Bernardo do Campo, Ariel de Castro Alves. Neste sábado (28), Vinícius deixou de fazer parte da longa lista de crianças desaparecidas. "Mãe não perde a esperança nunca", diz Janaína.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Nono dígito em celulares de SP será implementado em julho deste ano (Postado por Erick Oliveira)

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou nesta sexta-feira (27), no Diário Oficial da União, um aviso no qual comunica que o nono dígito nos telefones móveis da área de registro 11 (São Paulo) será implementado a partir de 29 de julho deste ano.
A medida tem como objetivo ampliar os recursos de numeração dessa área. O dígito 9 (nove) será acrescentado à esquerda dos atuais números da área 11, que compreende a capital e os municípios da região metropolitana de São Paulo, dentre outros. Com isso, os números passarão a ter o seguinte formato: 9xxxx-xxxx.
O nono dígito deverá ser acrescentado, no momento da discagem, por todos os usuários de telefone fixo e móvel que liguem para telefones móveis da área 11, independentemente do local de origem da chamada.
Após 29 de julho, as ligações marcadas com oito dígitos ainda serão completadas por um tempo determinado, para adaptação das redes e usuários. Segundo a Anatel, "gradualmente haverá interceptações e os usuários receberão mensagens com orientações sobre a nova forma de discagem". De acordo com a Anatel, os usuários terão um período de 90 dias  a partir de 29 de julho para se adaptarem aos nove dígitos nas ligações. Após esse período, as chamadas marcadas com oito dígitos não serão mais completadas.
Além das adequações técnicas por parte das prestadoras de serviço de telecomunicações, de acordo com a agência, "a medida demandará da sociedade a realização de eventuais ajustes em equipamentos e sistemas privados como, por exemplo, equipamentos de PABX e agendas de contatos".
Decisão
A decisão de elevar os dígitos foi tomada durante reunião realizada em dezembro pelo Conselho Diretor da Anatel.
O conselho chegou a avaliar a possibilidade de criar um novo código de área para São Paulo – além do 11 usado nas ligações interurbanas, o órgão estudou a implantação do DDD 10. Os conselheiros da Anatel, no entanto, acabaram decidindo pela adição de mais um dígito nos números de telefone.
2011 teve recorde em habilitações
A Anatel divulgou no dia 16 de janeiro que o Brasil fechou 2011 com um número recorde de habilitações de telefonia móvel, que inclui novos celulares e terminais 3G, segundo a agência. Foram 39,3 milhões de habilitações no ano passado, alta de 19,36% sobre os números de 2010. Ao todo, o país fechou 2011 com cerca de 242,2 milhões de celulares habilitados.
Em dezembro de 2011, foram mais de 6,1 milhões de habilitações (crescimento de 2,6% sobre novembro). De acordo com a Anatel, esse foi o mês com o maior número de habilitações na história, superando dezembro de 2010 (5,4 milhões), de 2007 (4,7 milhões) e de 2005 (4,4 milhões).

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Motoristas enfrentam mais de 14 km de filas na Marginal Tietê (Postado por Lucas Pinheiro)

Os motoristas que seguiam pela pista expressa da Marginal Tietê, no sentido da Rodovia Castello Branco, enfrentavam 14,6 km de filas por volta das 11h30 desta quinta-feira (26) em São Paulo. No horário, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrava 83 km de lentidão na cidade, índice considerado acima da média. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego, o congestionamento era causado pelo excesso de veículos e pela chuva.


Além da pista expressa, a pista local da Marginal Tietê no sentido Castello Branco estava com 7,4 km de lentidão, entre as pontes Júlio de Mesquita Neto e dos Remédios. Já a pista central estava com 6,2 km.

A pista expressa da Marginal Pinheiros também estava com o trânsito complicado no horário. A companhia registrava 9,3 km de lentidão no sentido Interlagos, entre a Castello Branco e a Ponte Cidade Jardim.

Os motoristas também tinham que reduzir a velocidade por 5,6 km no sentido Centro da Radial Leste. O congestionamento se estendia do Metrô Vila Matilde até o Viaduto Pires do Rio.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lideranças de moradores do Pinheirinho criticam abrigos (Postado por Lucas Pinheiro)

Lideranças do movimento que representa os moradores retirados da região do Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, alvo de uma reintegração de posse desde domingo (22), criticaram na manhã desta quarta-feira (25) as condições dos abrigos disponibilizados pela Prefeitura para as famílias. Os advogados do movimento pretendem tentar a desapropriação na área, e dizem que irão continuar lutando por melhores condições de moradia para as famílias.

“O que a polícia fez foi absolutamente irregular, porque tinha uma liminar. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo bancou essa atividade, e continua sendo irregular, já que derruba as casas sem a população ter a condição de tirar seus móveis”, afirmou Antonio Donizete Ferreira, advogado do movimento. “Aqui nós vivemos um estado de exceção. São abrigos precários, não tem condição de vida ali. O direito da pessoa humana aqui se acabou. As pessoas no abrigo ficam com uma pulseirinha, e quando saem do abrigo são perseguidas pela polícia.”

O presidente do Superior Tribunal de Justiça, Ari Pargendler, determinou no domingo, em caráter provisório, que as decisões sobre a reintegração de posse devem ser proferidas pela Justiça estadual. O presidente do STJ analisou um pedido da União após divergência entre a Justiça estadual e a federal de São Paulo. A Justiça Federal havia concedido uma liminar suspendendo a reintegração de posse no Pinheirinho.

A Polícia Militar já negou a acusação de que as famílias não conseguiram tirar seus móveis – aquelas que não procuraram o terreno ou não tinham o número de cadastro dado pela Prefeitura tiveram seus bens recolhidos e encaminhados para um depósito judicial, e podem retirá-los quando quiserem. A PM também negou a perseguição aos moradores.

Mães e filhos
O advogado do movimento também alegou que crianças foram separadas de suas mães nos abrigos. A equipe de reportagem do G1 visitou um dos abrigos, no Ginásio Poliesportivo Caíque, viu diversas crianças e não escutou relatos de famílias separadas. O Conselho Tutelar também negou a retirada de crianças de suas mães nos abrigos.

O movimento tenta, em Brasília, recorrer no Superior Tribunal Federal (STF) da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que valida a reintegração de posse e diz que o caso é de competência da Justiça paulista. “Nós vamos continuar lutando pelo terreno. O que nós queremos é que esse terreno seja desapropriado. Acho que a população merece, tem instrumento jurídico para isso”, afirmou o advogado.

Outra liderança do movimento, Valdir Martins, conhecido como Marrom, afirmou que foi contabilizado até agora o registro de oito pessoas desaparecidas após a desapropriação, além de dezenas de feridos. Entretanto, não foram informados os nomes dos desaparecidos nem dos feridos. A Prefeitura e a Polícia Militar negam o registro de mortes na operação.

Igreja
As cerca de 500 pessoas que estão desde domingo alojadas na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, próxima ao Pinheirinho, devem deixar o local ainda nesta quarta e se alojarão em dois abrigos disponibilizados pela Prefeitura. O padre da paróquia acolheu os moradores devido às condições de insegurança no início da reintegração, mas pediu bom senso aos líderes devido a falta de condições na igreja. Não há banheiros para que todos tomem banho e a alimentação e colchões dependem de doações.

“A paróquia acolheu por ocasião de insegurança, pensando nas famílias. Os alojamentos são mais seguros, a qualidade do atendimento às famílias é melhor”, afirmou o padre Ronildo Aparecido da Rosa. Segundo ele, a PM atendeu o pedido da paróquia de não manter equipes policiais no entorno da igreja e cerca de 80% das pessoas já dormiram em colchões nesta noite.

Abrigo
No abrigo conhecido como Caíque, na mesma região do Pinheirinho, diversas mães e crianças, principalmente, buscavam o que fazer nesta manhã. Elas reclamaram principalmente do barulho e das condições dos banheiros. “A gente não dorme por causa do barulho, fica um colchão em cima do outro, você não tem sossego”, afirmou Catilene Ramos, de 38 anos.

“A luz fica acesa dia e noite, a gente não descansa. À noite as pessoas ficam falando, é muita família junta, gente que você não conhece”, disse Solange Alves da Silva, de 49 anos. As duas contaram que têm recebido refeições diversas vezes ao dia, mas criticaram as condições dos banheiros e a sujeira no abrigo. “Ontem as mulheres que estão aqui que tiveram que limpar tudo.”

As duas também reclamaram que não conseguiram pegar seus pertences – móveis e roupas foram encaminhados para um depósito judicial – e que estavam sem ter o que vestir. Entretanto, ambas afirmaram que ficarão no abrigo até que outra solução seja apresentada. “Não vamos ficar na rua. Se quiserem me dar um serviço, eu aceito”, disse Catiene.

Em nota, a Prefeitura de São José dos Campos informou que foram montados quatro abrigos em torno do Pinheirinho, com capacidade entre 300 e 400 pessoas cada, e que neles os moradores recebem colchões, cobertores, três refeições por dia, leite para as crianças, fraldas geriátricas e infantis, produtos de higiene pessoal, além de assistência médica e social.

A Prefeitura também afirmou que “repudia a atitude do movimento, que não visa o bem estar das famílias e usa pessoas inocentes como massa de manobra.”

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Falsa grávida deve doar presentes ainda nesta semana, diz advogado (Postado por Lucas Pinheiro)

A educadora Maria Verônica Vieira, de 25 anos, que disse estar grávida de quadrigêmeos em Taubaté, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, deverá doar os presentes recebidos no período de sua falsa gestação ainda nesta semana. A informação foi dada nesta terça-feira (24) pelo advogado que representa a mulher, Enilson de Castro. Ele disse que pretende consultar no fórum alguma instituição assistencial cadastrada para receber os objetos.

O marido de Maria Verônica, o metalúrgico Cléber Eduardo, já devolveu o dinheiro doado pelos colegas de trabalho, informou seu advogado, Marcos Leite. Cléber  mantinha uma lista com os nomes e os valores doados.

Depoimento
O casal também é aguardado pela polícia para prestar esclarecimentos ainda nesta semana. Segundo o advogado de Maria Verônica, a presença de sua cliente, entretanto, está condicionada a um posicionamento da psiquiatra da educadora. Maria Verônica tem tomado psiquiátricos e, de acordo com o advogado, é preciso analisar se as drogas poderão ou não influenciar no depoimento da educadora.

Famílias encontram casas demolidas ao ir buscar móveis no Pinheirinho (Postado por Lucas Pinheiro)

O trabalho de retirada de móveis das famílias que viviam no terreno do Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, que teve sua reintegração de posse iniciada no domingo (22), tem reservado surpresas para muitos moradores. Apesar de a maioria ter conseguido retirar seus pertences por meio do cadastro feito pela Prefeitura e apoio da Polícia Militar e de oficiais de Justiça, alguns encontraram suas casas já demolidas ou vazias quando chegaram para fazer a retirada. Segundo a Prefeitura, mais de cem famílias já haviam retirados seus pertences das casas até a noite desta segunda-feira (23).

Foi o caso da doméstica Luciane Rebeniker. Na manhã desta terça-feira (24), ela foi até sua antiga casa buscar seus móveis, mas encontrou o imóvel destruído. O local tinha dois quartos, sala e cozinha, onde ela vivia com o irmão cadeirante, o marido e seus dois filhos. “É muito difícil. Até ontem eles não deixaram a gente entrar, e meus móveis estavam todos dentro de casa. Quando é hoje, a gente encontra desse jeito, tudo demolido”, contou. “Agora a gente não sabe para onde foi, diz que tiraram tudo, mas tem cadeira de rodas no meio dos escombros.”

Ela contou que seu marido foi orientado a ir ao local às 6h desta terça para retirar os móveis. Quando chegaram, estava tudo demolido. Eles conseguiram retirar apenas poucos pertences, como uma TV e um colchão. “Ficou documento, ficou tudo. Não sei onde as coisas estão, agora vou correr atrás.”

O trabalho de remoção dos móveis começou nesta segunda-feira (23). Os moradores devem fazer o cadastro nas tendas montadas pela Prefeitura, indicam qual é sua casa e recebem um número. Depois, acompanhados de policiais e oficiais de Justiça, vão até o imóvel e podem retirar seus bens. A Prefeitura disponibilizou caminhões para a retirada dos móveis, mas muitos moradores preferiram contratar eles mesmos o transporte, para agilizar o processo. Quem não tem para onde levar a carga tem seus pertences levados para um depósito, e o endereço é indicado para os moradores.

O serralheiro José Lima da Silva conseguiu com seu cunhado um caminhão para retirar os móveis de sua casa e também as máquinas de sua serralheria e os móveis usados que vendia. Entretanto, ele lamentava que não conseguiria retirar tudo. “Vamos ver se tiro pelo menos metade das coisas, o resto vão passar por cima. Só vou conseguir pegar a metade, vai ser um prejuízo enorme. Eles dão um número para a gente, e tem que tirar tudo de uma vez só, não pode voltar. Vou levar as máquinas, lixadeira, parte dos móveis, o resto vou ter que deixar”, afirmou. “A gente se sente abalado, com os nervos à flor da pele. Eu vivia disso aqui, e de repente aconteceu tudo isso. A gente fica desesperado.”

O ambulante Moisés Cabral da Rocha, de 58 anos, não teve a mesma sorte – quando conseguiu ir até sua casa, já a encontrou vazia. “No domingo eu fui trabalhar de madrugada na feira. Quando eu cheguei, não podia mais entrar. Fiz o cadastro, peguei o número, vim ontem pegar minhas coisas e não tinha nada aqui. Ainda paguei o frete do carro, trouxe um carro para pegar as coisas, e não tinha nada. Me deram um endereço para buscar as coisas, mas eu não tenho dinheiro para buscar.”

Segundo a Polícia Militar, a ordem para a retirada dos móveis das casas é determinada pelos oficiais de Justiça. O coronel Manoel Messias Mello, comandante do Policiamento do Interior I, rebateu as acusações dos moradores de que suas casas foram demolidas com seus pertences e que não conseguiram retirar seus móveis. “No primeiro dia, quem estava lá dentro, recebeu uma senha. As pessoas que não têm a senha não têm o indicativo do seu patrimônio e da sua casa. Esse patrimônio é conduzido ao depósito judicial, e está lá guardado, e identificado de qual residência é”, afirmou. Ele disse desconhecer as situações de casas que foram demolidas com móveis dentro.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Moradores retirados de área invadida voltam a enfrentar a PM em SP (Postado por Lucas Pinheiro)

Moradores retirados da área invadida conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior paulista, voltaram a enfrentar a Polícia Militar na manhã desta segunda-feira (23). Durante a madrugada, uma ambulância, uma escola e um posto de saúde foram incendiados, segundo a PM. Dez ônibus com policiais foram enviados para reforçar a segurança na área. Neste domingo, a PM cumpriu  ordem de reintegração de posse no Pinheirinho. Segundo a PM, 30 pessoas foram levadas à delegacia desde o início da operação e cinco permaneciam presas nesta manhã.

Nesta manhã, os manifestantes jogaram bombas, pedras e pedaços de paus contra a PM, que revidou com tiros de bala de borracha. Pelo menos uma pessoa ficou ferida. Segundo o coronel Manoel Messias Mello, que coordena a operação, o tumulto começou após os manifestantes segurarem um guarda municipal que estava a caminho do trabalho. Segundo o coronel, foi necessário usar balas de borracha e bombas de efeito moral para garantir a integridade física do guarda. Ele considerou a retirada dos moradores da área invadida como "pacífica". Segundo o coronel, foram apreendidos um carro roubado, drogas, arma e três foragidos da Justiça foram capturados desde domingo.

Ainda segundo o coronel, três adolescentes que atearam fogo em uma padaria foram apreendidos. Com eles, foram encontrados produtos furtados do estabelecimento.

Nas tendas montadas pela Prefeitura de São José dos Campos que funcionam como centros de encaminhamento, houve um princípio de confusão. No local, os moradores do Pinheirinho podem se inscrever para voltarem às suas casas e retirar móveis e demais objetos. Também é feito o encaminhamento para os abrigos montados. A Guarda Civil estava posicionada próximo às tendas. Grades de proteção foram forçadas.

Por volta das 9h, os moradores já haviam iniciado a retirada dos móveis de suas casas. O trabalho era feito com acompanhamento da PM, dos bombeiros e de oficiais de Justiça.

Segundo a Prefeitura de São José dos Campos, 623 famílias foram levadas na noite deste domingo para dois abrigos cobertos e receberam cobertores e um kit para higiene pessoal. Ainda segundo a Prefeitura, cinco locais foram preparados para receber as famílias removidas do Pinheirinho.

Desocupação
As cerca de 6 mil pessoas que viviam na área invadida foram removidas da região no início da noite.

O terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados foi invadido há 8 anos e pertence à massa falida de uma empresa do especulador Naji Nahas. No local vivem cerca de 1.600 famílias. Com o tempo, o Pinheirinho se tornou um bairro, com comércios e igrejas.

Segundo a polícia, a maioria dos moradores saiu de forma pacífica da região. “A gente enfrentou mais resistência fora do Pinheirinho”, disse o coronel Messias. Entre os oito carros queimados está uma unidade móvel de jornalismo da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo no Vale do Paraíba.

O efetivo da polícia na ação foi de 2 mil homens, recrutados de cidades vizinhas e de São Paulo. Cerca de 220 veículos, um carro blindado e dois helicópteros Águia, além de 40 cães e cem cavalos, também participaram da operação.

No fim da tarde deste domingo, tratores começaram a demolir algumas casas e barracos do terreno do Pinheirinho. Houve um princípio de tumulto. Pessoas que estavam no centro de triagem enfrentaram os policiais e a Força Tática reagiu com gás de pimenta e tiros de borracha.

Os manifestantes chegaram a ocupar por cerca de 30 minutos a pista sentido Rio de Janeiro da Via Dutra, em São José dos Campos.

PM registra incêndios em São José dos Campos, SP, na madrugada (Postado por Erick Oliveira)

Após uma madrugada em que foram registrados incêndios - inclusive contra uma ambulância, uma escola e um posto de saúde - em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior paulista, a Polícia Militar enviou, no início da manhã desta segunda-feira (23), dez ônibus para área invadida conhecida como Pinheirinho, onde ocorreu uma desocupação neste domingo (22).
Os incidentes aconteceram, segundo a PM, em bairros próximos ao terreno. De acordo com o Tenente Clodomiro Gomes Vieira Jr., chefe do do Centro de Operações Regional, que recebe os chamados sobre ocorrências nas cidades da região, os incêndios começaram ainda na noite de domingo, após a desocupação, e foram controlados pelo Corpo de Bombeiros durante a madrugada. Segundo ele, será investigado se os ataques foram cometidos por antigos moradores do Pinheirinho.

Desocupação
As cerca de 7 mil pessoas que viviam na área invadida foram removidas da região no início da noite deste domingo, informou a PM. O capitão da PM Antero Alves Baraldo afirmou que pelo menos 18 pessoas foram detidas na ação de reintegração de posse e uma ficou ferida.
O oficial disse que os trabalhos da PM terminaram às 18h – duas horas antes do previsto. “O processo de retirada seria mais complexo, pois envolve a visita de casa em casa com a presença de um oficial de Justiça. A gente retira o morador, que é encaminhado para o ponto de cadastramento da Prefeitura”, disse o coronel da PM Manoel Messias Mello, responsável pela operação.
Segundo a polícia, a maioria dos moradores saiu de forma pacífica da região. “A gente enfrentou mais resistência fora do Pinheirinho”, disse o oficial. Entre os oito carros queimados está uma unidade móvel de jornalismo da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo no Vale do Paraíba.
O efetivo da polícia na ação foi de 2 mil homens, recrutados de cidades vizinhas e de São Paulo. Cerca de 220 veículos, um carro blindado e dois helicópteros Águia, além de 40 cães e cem cavalos, também participaram da operação.
No fim da tarde deste domingo, tratores começaram a demolir algumas casas e barracos do terreno do Pinheirinho. Houve um princípio de tumulto. Pessoas que estavam no centro de triagem enfrentaram os policiais e a Força Tática reagiu com gás de pimenta e tiros de borracha. Segundo o capitão Baraldo, os policiais irão permanecer na região até esta segunda-feira, fazendo a segurança, para evitar uma possível nova invasão.
Os manifestantes chegaram a ocupar por cerca de 30 minutos a pista sentido Rio de Janeiro da Via Dutra, em São José dos Campos, mas o trecho já estava liberado. De acordo com a NovaDutra, concessionária que administra a rodovia, o protesto causou lentidão do km 133 ao km 162, em São José dos Campos e em Jacareí.
Em entrevista coletiva realizada durante a tarde, porta-vozes da corporação informaram que a PM chegou por volta das 6h à região e que às 6h40 já dominava todos os pontos de entrada do Pinheirinho, que abrigava cerca de 1,6 mil famílias.
Em nota, a Prefeitura informou que todas as famílias que procuraram apoio no centro de triagem já foram encaminhadas para dois abrigos instalados: um ginásio esportivo e uma escola no bairro Campo dos Alemães.
A assessoria da administração municipal disse que 622 pessoas estão abrigadas, o que representa cerca de 25% do total das que passaram pelo centro de triagem durante o dia. “Nos abrigos, elas receberam colchões, cobertores, um jogo de banho e alimentação.”
A nota acrescenta que outros três abrigos que estavam disponíveis permanecem vazios porque não houve necessidade de utilizá-los. “Um grupo de famílias preferiu abrigar-se numa igreja próxima e todas que buscaram apoio da Prefeitura já estão abrigadas.”
Presos
Segundo a PM, os 18 presos na ação de domingo eram moradores ou ativistas ligados a movimentos contrários à desocupação. Eles tentavam impedir o avanço das tropas com barricadas nas principais vias de acesso da área. Os presos foram levados ao 3º Distrito Policial de São José dos Campos.
A polícia também informou que localizou algumas armas brancas dentro de casas no Pinheirinho. “Foram lanças improvisadas, como facas amarradas em pedaços de pau, paus com pregos na ponta e coisas do tipo”, disse o coronel César Augusto Morelli, que comanda o policiamento de choque da PM.
Conflito entre juízes
Uma oficial de Justiça foi até a ocupação, por volta das 11h, entregar uma decisão do juiz federal de plantão Samuel de Castro Barbosa Melo, que suspende a ação. A ordem era direcionada aos comandos da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Guarda Municipal. Segundo a oficial, quem recebeu o documento foi o juiz estadual Rodrigo Capez, que acompanha a reintegração.
Ainda de acordo com a oficial de Justiça, Capez disse que há um "conflito de competências" e que não vai acatar a ordem da Justiça Federal. Ele manteve a desocupação do assentamento.
Na noite deste domingo, o Tribunal de Justiça de São Paulo divulgou a ordem proferida pelo presidente do TJ, desembargador Ivan Ricardo Garisio Sartori, a respeito do caso Pinheirinho. Segundo ele, a decisão da 6ª Vara Cível de São José dos Campos que determinava o cumprimento da reintegração de posse “somente pode ser suspensa por ordem deste Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal”.
“Então, o ato judicial concorrente do Tribunal Regional Federal não tem qualquer efeito para esta Justiça do Estado de São Paulo, que é absolutamente independente e não tem relação com aquele outro ramo do Judiciário”, disse o desembargador.
Ferido e socorridos
De acordo com a Prefeitura de São José, um homem foi baleado em confronto com a Guarda Civil no momento em que tentava invadir um ginásio poliesportivo no Campo dos Alemães. Ele passou por cirurgia no Hospital Municipal e seu quadro era considerado estável. O centro é onde tendas foram montadas para que o moradores sejam encaminhados ao sair das casas.
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, duas pessoas foram atendidas em estado de choque na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo dos Alemães. Elas estavam nervosas, mas sem ferimentos.
Invasão
O terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados foi invadido há 8 anos e pertence à massa falida de uma empresa do especulador Naji Nahas. No local vivem cerca de 1.600 famílias, cerca de 5.500 pessoas, segundo o censo da Prefeitura. Com o tempo, o Pinheirinho se tornou um bairro, com comércios e igrejas.




sábado, 21 de janeiro de 2012



O café no Brasil e suas origens


O cafezeiro – antiga denominação para o que chamamos hoje de cafeeiro – é uma planta natural das estepes da Etiópia. Seu fruto, tal como o guaraná para os índios do Brasil, era aproveitado por estes povos africanos a muitos séculos na confecção de bebidas. Da África seu uso passou aos persas, destes aos árabes que o divulgaram a partir do século XV como um grande estimulante. Assim suas sementes se espalharam por todo o mundo islâmico. Com o comércio com os árabes, o café chega a Constantinopla e logo em seguida a Europa, assim, resumidamente, o café ganhou o gosto de milhares de pessoas do Oriente a Europa.

O consumo do café popularizou-se muito na Europa durante o século XVII, onde toda a produção vinha da Arábia em pequenas escalas. Sendo então a cultura do café muito lucrativa, ela se estendeu por todos os cantos do globo, onde pudesse aclimatar-se, mas a procura do café era muito maior do que a produção, gerando falta do produto no mercado.

Na América do Sul a planta chegou pelas mãos dos franceses quando tentavam colonizar o Novo Mundo. Na tentativa de fincar raízes neste continente é que foram trazidas as primeiras mudas de café para o Brasil – por brasileiros em contato com os franceses – em 1727, plantando-as em Belém do Pará. Quase que de mãos em mãos as sementes do café foram “descendo” a costa do litoral brasileiro, sendo experimentado em diversas províncias (depois Estados) brasileiras até chegar na década de 1770 ao Rio de Janeiro, sendo nesta cidade onde a planta encontrou incrível adaptação.

Mas os agricultores brasileiros, ocupados em cultivar a cana-de-açúcar, ainda o produto agrícola de maior renda na economia do Brasil, estavam pouco ou nada interessados em plantar uma nova cultura. Assim sendo, no início de sua introdução o café obteve pouco apelo entre os brasileiros, pois a maioria dos senhores de engenho estavam ocupados em produzir uma cultura comercial, a cana-de-açúcar. Mas não é difícil de compreender porque a cultura do café substituiu a cultura da cana-de-açúcar nas grandes propriedades no Brasil. Em primeiro lugar, a demanda mundial de café era muito maior do que a do açúcar e só aumentava. Segundo, o café exigia menos mão-de-obra, pois a cana tinha que ser replantada (lembrando-se que não existia qualquer maquinário agrícola senão a enxada, a foice e a pá nas lavouras do Brasil exceto raras exceções ), e o café poderia durar entre 30 a 40 anos em produção.

Mesmo com a crise da indústria açucareira, a lavoura do café encontrou resistência a sua implantação na economia brasileira até a década de 1820, substituindo a partir daí a hegemonia da atividade econômica da cana na economia nacional. Depois de 1820 o café vai ocupando o lugar da cana-de-açúcar e de outras formas de cultivos no Rio de Janeiro e em São Paulo, servindo-se da base da estrutura agrícola deixada por estas e outras culturas. Neste sentido, a cultura do café de 1820 a 1870, atinge o auge de sua produção na região conhecida como Vale do Paraíba, contemplando as Províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo (com destaque as cidades de Valença, Pindamonhangaba, Itú, Vassouras, etc.).

A cultura do café exigia grandes espaços de terras e mão-de-obra (escrava), neste sentido, o aumento da produção de café estava ligado ao crescimento da entrada de escravos, que alcançou o auge em 1848, dois anos antes da Lei Eusébio de Queiroz (1850) que proibia o tráfico de escravos, quando desembarcaram no Brasil 60.000 cativos africanos. Além disso, o café exigia grandes áreas de terras devido a falta de cuidados no campo, pois não existia a preocupação e a tecnologia necessária aos cuidados com a terra. Sendo assim, o cultivo do café se tornou uma cultura itinerante que se completava com a exaustão dos solos, seguido de novas derrubadas de matas e novos plantios de café, surgindo dai a expressão utilizada por Monteiro Lobato: “a marcha do café”, que invadia os solos paulistas e cariocas.

Devido a estas características do seu cultivo, o café a partir de 1870, com o encarecimento do preço dos escravos, com a erosão dos solos, e a exploração sem cuidados esgotaram as terras do Vale do Paraíba. As plantações de café, a partir de Itú e Campinas, passaram então a se expandir para a região conhecida como Oeste Paulista, onde se situam as cidades de Limeira, Piracicaba, Rio Claro, Araras, Ribeirão Preto. No final do século XIX, no Oeste Paulista, produzia-se o melhor e a maior quantidade de café para exportação do Brasil, nas plantações de terra roxa (nome derivado de rossa, vermelha em italiano), ideal para o cultivo da planta.
Por Amilson Barbosa
Colunista Brasil Escola

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ginecologista é condenado por abuso sexual em Taubaté, SP (Postado por Lucas Pinheiro)

O médico ginecologista Hélcio Andrade, de Taubaté, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, foi condenado a nove anos de prisão por violação sexual. Em 2010, 24 pacientes denunciaram o médico por abuso sexual. Nove denúncias foram levadas à Justiça, e ele foi condenado pelo abuso sexual de cinco pacientes.

As denúncias contra o médico começaram em março de 2010. Na época, 24 mulheres foram à delegacia reclamar que teriam sofrido abusos durante consultas feitas na Casa da Mãe Taubateana.

Na época, a delegada responsável pelo caso pediu a prisão do médico, que ficou detido por nove dias. Assim que deixou a cadeia, ele negou todas as acusações. "Eu sempre fui íntegro. E eu digo que eu sou inocente, e minha vida prova isso, e se Deus quiser vamos provar isso também".

Nove das acusações foram parar na Justiça. Em cinco delas, o médico foi considerado culpado. A defesa de Hélcio Andrade disse ao Bom Dia São Paulo desta sexta-feira (20) que entrou com um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo. Enquanto aguarda uma nova decisão, o médico condenado continua em liberdade. Ele não pode trabalhar, mas só deve ser preso se perder também o processo em segunda instância.

“A gente espera a absolvição do doutor Hélcio e, caso não ocorra a absolvição, a gente espera a nulidade do processo”, afirma o advogado do médico, Leonardo Máximo. As acusações contra Hélcio Andrade também estão sendo investigadas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM), que ainda não chegou a uma decisão.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Polícia quer exame para mulher comprovar gravidez de quadrigêmeos (Postado por Lucas Pinheiro)

O comando geral da Polícia Civil de São Paulo requisitou um exame para comprovar a gravidez da mulher que afirma estar esperando quadrigêmeos em Taubaté, no interior. O exame deverá ser feito no Instituto Médico-Legal (IML). A decisão da polícia foi tomada epois que o antigo médico dela colocou em dúvida a possibilidade de gravidez. O advogado da mulher, no entanto, nega que ela não esteja grávida.

O obstetra Wilson Vieira de Souza diz que Maria Verônica Vieira realizou um exame de ultrassom que não atestou a gravidez. “Ela veio ao meu consultório em junho, dizendo que estava grávida. Eu pedi o exame de ultrassom e ela só me trouxe no dia 30 de agosto. Também pedi exame de gravidez, mas ela não trouxe. Naquele dia, ela não estava grávida”, afirma.

De acordo com Vieira, ela voltou ao consultório no dia 21 de outubro, com novos exames. “Falei que não tinha dado gravidez. Aí, quando chegou janeiro, vi as reportagens e achei que a conhecia”, conta.

Ele afirma que, em uma gravidez como essa, considerada de risco, o ideal é que sejam realizados exames a cada 20 dias, para analisar as condições de saúde dos bebês.

Desde a última sexta-feira (13), Maria Verônica não é mais vista no apartamento em que mora em Taubaté. Segundo os vizinhos, ela se mudou há aproximadamente três meses e já tinha uma barriga que chamava a atenção.

A probabilidade de uma gravidez espontânea de quadrigêmeos é de 1 para 512 mil. Todos os familiares ficaram felizes com a chegada das quatro meninas, as Marias, que já tinham até enxoval. O parto, segundo Verônica, estava previsto para acontecer na segunda quinzena de janeiro.

Nos últimos dois dias, o casal não quis dar entrevistas sobre o caso. O advogado Marcos Leite, que defende a mulher, diz que ela está em repouso por orientação médica. Segundo ele, a medida foi tomada após a mulher ficar nervosa com a repercussão das últimas notícias que dizem ser uma farsa sua gravidez. O advogado afirma que a gestação segue. Ele diz, no entanto, que não apresentará exames para “preservar a privacidade do casal”.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Assaltantes invadem casa do prefeito de Mairiporã, SP (Postado por Erick OLiveira)

A casa do prefeito de Mairiporã, na Grande São Paulo, foi assaltada na madrugada desta segunda-feira (16). Criminosos entraram na residência de Antônio Aiacyda por volta das 4h e renderam o prefeito e seus familiares.
As vítimas foram amarradas e ficaram cerca de duas horas em poder dos assaltantes. Os criminosos fugiram levando celulares, joias, televisores e um revólver. Ninguém ficou ferido.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

OAB-RJ: mau exemplo de magistrados corrói a democracia (Google News)


OAB-RJ: mau exemplo de magistrados corrói a democracia

Jornal do Brasil - 
O cidadão quando senta à frente de um magistrado em audiência quer ter a certeza de que está diante de um homem ou uma mulher de bem, que dá bom exemplo aos seus concidadãos. Qualquer suspeita em contrário corrói a democracia. ...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Idoso morre após ataque de abelhas africanas em Palmeira D' Oeste, SP (Postado por Lucas Pinheiro)

Um idoso de 87 anos morreu depois de ser atacado por abelhas em Palmeira D´ Oeste, no interior de São Paulo. O aposentado Dionízio Gonçalves Pires passeava com o genro em uma propriedade rural às margens do córrego Ponte Pensa quando foram atacados.  O caso aconteceu na tarde desta quarta-feira (11).

O genro do idoso conseguiu fugir, mas Dionízio foi atacado e picado mais de 700 vezes. Os dois foram levados para o pronto socorro da cidade, mas o idoso chegou ao hospital sem vida. Segundo os médicos, as abelhas que atacaram as vítimas são da espécie africana, uma das mais agressivas. A picada deste inseto é tóxica e causa reações no organismo.

Este é o terceiro ataque de abelhas na região de Votuporanga nas últimas semanas. Em dezembro do ano passado, também em Palmeira D´ Oeste, um motorista se assustou com os insetos que entraram no carro e capotou o veículo.

O outro caso foi em Pontalinda, onde as abelhas atacaram uma família que estava em um barco no rio São José. Algumas pessoas chegaram a pular na água, mas tudo acabou bem. A Polícia Ambiental informou que a chuva não é o motivo dos ataques.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Governo proíbe uso de bomba moral e bala de borracha na Cracolândia (Postado por Lucas Pinheiro)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou na manhã desta quarta-feira (11) a proibição do uso de balas de borracha e bombas de efeito moral pelos policiais militares que atuam na Ação Integrada Centro Legal, na região da Cracolândia, no Centro de São Paulo. Nesta terça-feira (10), o governo dobrou o número de policiais que atuam na região. A operação começou no dia 3 de janeiro. Segundo Alckmin a medida foi tomada por precaução.

“São medidas de prudência, de cautela, a polícia é provocada também, 24 horas, e ela tem que ter treinamento, competência para poder trabalhar todas essas questões”, afirmou ele nesta manhã. “Nós temos que trabalhar pela questão social, saúde e segurança. Você tem que fazer abordagem, você não pode permitir o tráfico, tem que prender criminoso, fugitivo, pessoas violentas, traficantes. Esse é o dever da polícia. E a polícia está preparada e vai ficar na região.”

O governador falou sobre a ação na Cracolândia durante cerimônia que firmou uma parceria entre o governo e a Prefeitura de Francisco Morato, na Grande São Paulo, para obras de infraestrutura urbana. Questionado sobre a instauração de um inquérito civil pelo Ministério Público para investigar a ação no Centro da capital paulista, Alckmin não respondeu diretamente, mas afirmou que não houve adiantamento no início da operação – um dos questionamentos da Promotoria.

“Não foi adiantada, ela foi atrasada, porque é inadmissível você ter uma Cracolândia daquele tamanho, daquelas proporções, pessoas doentes, algumas doentes graves, moças grávidas, estupro, crime, tráfico de drogas. Uma série de problemas gravíssimos, tanto de ordem policial quanto social quanto saúde. É um dever dos governos agir”, disse o governador.

De acordo com os promotores, não houve desde 2009, quando um inquérito civil já havia sido instaurado pelo MP para acompanhar as ações assistenciais desenvolvidas por ocasião do Projeto Nova Luz, da Prefeitura, nada que justificasse uma operação desse tipo na região.

“Essa operação põe por terra todo esse projeto, que prevê programas sócio-assistenciais e de saúde, que vinha sendo gestado. O Ministério Público não concorda com essa operação porque o tráfico é uma questão de polícia, mas dependência química, não”, disse o promotor Eduardo Valério, de Justiça de Direitos Humanos - Inclusão Social.

Alckmin afirmou que o governo está atuando na questão da saúde – “Nós não vamos abandonar ninguém. Nós acreditamos na recuperação, vamos trabalhar firme nisso”, disse o governador – e que também irá ampliar o número de vagas para recuperação de dependentes químicos em Guaratinguetá, no interior do estado, e criar dois novos centros em Iguape e Piraju.

“A polícia não vai sair da região, o governo vai ficar, e temos tido uma boa participação da Prefeitura, da parte social, de saúde da Prefeitura, e toda cooperação é bem vinda. Se o Ministério Público quiser ajudar, é muito bem vindo. Essa é uma responsabilidade que é de todos. O governo de São Paulo não vai se omitir. Nós temos consciência de que é um trabalho demorado, difícil, mas nós não vamos abandonar essas pessoas”, disse Alckmin.

Segundo o Ministério Público, o objetivo da instauração do inquérito é tentar entender, depois de ouvir as pessoas envolvidas, a lógica da operação da PM e, a partir daí, “instar o poder público a instalar os programas públicos baseados na assistência social e na saúde” e, se for o caso, ao término do inquérito, pedir o fim da operação.

Aumento do efetivo
Também nesta terça, o governo dobrou o efetivo da PM na região. Agora são 287 policiais trabalhando. A segurança foi reforçada em bairros como Bom Retiro, Santa Cecília e Higienópolis, na região central. O objetivo, segundo a secretaria, é não deixar que usuários migrem para outras áreas. A PM também conta com 117 carros e 26 motos, além do apoio ao patrulhamento com bicicletas, 40 cavalos, 12 cães farejadores e o helicóptero Águia.

Balanço da PM divulgado na manhã desta quarta aponta que 55 pessoas foram presas na região desde quando começou a Ação Integrada Centro Legal. Foram 23 detidos por delitos diversos e 32 condenados capturados.

Até as 6h desta quarta, a operação fez 3.031 abordagens policiais, 575 abordagens sociais, 72 encaminhamentos para albergues, 812 abordagens de agentes de saúde, 34 encaminhamentos para serviços de saúde, nove encaminhamentos para hospitais e 47 internações.

Foram recolhidas 61,3 toneladas de lixo na região. A quantidade de drogas apreendidas, porém, é pequena: até as 6h desta quarta foram encontrados na região apenas 447 gramas de crack.