quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Advogado denuncia erro em perícia de brinquedo em parque de Vinhedo (Postado por Lucas Pinheiro)

O advogado Ademar Gomes, contratado pela família de Gabriela Yukari Nichimura, de 14 anos, que morreu após cair de um brinquedo no parque temático Hopi Hari, em Vinhedo, interior de São Paulo, na sexta-feira (24), disse nesta quarta-feira (29) que os técnicos fizeram a perícia em uma cadeira que não era a usada pela adolescente. Gomes disse que entregou à polícia uma foto feita pouco antes do acidente, que mostra que Gabriela estava na cadeira da esquerda para quem se posiciona em frente do brinquedo.

Na segunda-feira (27), uma equipe de peritos do Instituto de Criminalística (IC) apontou falha humana como provável causa do acidente.

O equipamento La Tour Eiffel tem capacidade para transportar 20 pessoas, mas pelo menos oito cadeiras estavam desocupadas no momento da queda da menina, segundo informações da polícia.

Segundo o advogado, a menina estaria, de fato, ocupando uma cadeira que não foi periciada por que estaria “desativada para manutenção”. Gomes também afirma que dois funcionários do parque teriam mentido sobre o posicionamento da menina no brinquedo na hora da queda.

Os pais de Gabriela prestaram depoimento à polícia, em Vinhedo, na tarde desta quarta-feira (29). O casal chegou à delegacia, acompanhados de uma tia e de uma prima da menina, que estava no parque no dia do acidente. Os quatro saíram sem falar com a imprensa.

Em entrevista ao Fantástico no domingo (26), a mãe de Gabriela, Silmara Nichimura, disse ter observado que na cadeira da filha não havia uma fivela presa ao cinto de segurança, mas que um funcionário do parque teria garantido que o brinquedo “é seguro”.

Silmara disse: “Nos sentamos os quatro juntos, puxamos a trava. Eu falei para minha filha: Yukari, está travado? E ela falou: mãe, está travado. Só que tem um outro um fecho como se fosse um cinto e eu observei que o dela não tinha. Eu perguntei novamente se estava travado e ela disse que estava. Tinha um funcionário do parque no momento que falou que não tinha problema, que era seguro. Nós subimos, a hora que desceu veio o impacto com tudo e naquele momento eu ouvi minha sobrinha gritando 'Yukari'. A hora que ela gritou eu não sei como, eu tirei o cinto, abri e saí. Fui a primeira pessoa a ver minha filha”.

A atração na qual a garota estava é definida pelo parque como uma réplica da Torre Eiffel, um elevador de 69,5 metros de altura, com assentos que sobem a 5 metros por segundo. Os visitantes ficam parados por dois segundos na altura de um prédio de 23 andares e, em seguida, um tranco no assento e o visitante despenca em queda livre, chegando a 94 km/h.

O delegado de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior, disse que vai pedir imagens divulgadas por veículos de comunicação, para juntar ao inquérito que apura a morte da garota.

Depoimentos
Na terça-feira, um engenheiro de manutenção do Hopi Hari, que não teve o nome divulgado, foi ouvido pela Polícia Civil de Vinhedo. Segundo o delegado titular de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior, o engenheiro descartou que houve falha mecânica no brinquedo La Tour Eiffel, onde estava a adolescente.

Durante o depoimento, que durou três horas, detalhou os procedimentos de funcionamento e manutenção do parque. O delegado também informou que cinco funcionários do parque, operadores do brinquedo, estão afastados e recebendo auxílio psicológico, e ainda não há data para prestarem depoimento.

Os pais de Gabriela, Silmara e Armando Hoisatochi da Costa Yukari Nichimura, devem prestar depoimento até o fim da semana, mas segundo o delegado Álvaro Santucci Júnior, a data ainda não foi marcada porque a família ainda está muito abalada com o acidente.

Outros depoimentos
Na tarde de sexta-feira, a Polícia Civil ouviu três pessoas que disseram ter visto a trava do assento do brinquedo onde a garota estava abrir, entre elas a auxiliar de escritório Cátia Damasceno, que contou que o dispositivo de segurança da atração abriu na descida. "No primeiro 'tranco' da descida eu vi a trava do assento dela abrir. Só a trava dela abriu', conta a testemunha. "Depois disso, o corpo dela foi lançado para o chão", completou Cátia.

Noventa Junior informou que o prazo de 30 dias para concluir as investigações deve ser estendido.

O laudo da morte da jovem aponta que ela sofreu politraumatismo severo, segundo o documento assinado pelo legista Lamartine Pedretti Junior, do Instituto Médico Legal (IML) de Jundiaí. O corpo da adolescente foi enterrado em Guarulhos, no sábado (25).

Em nota, o Hopi Hari lamentou o acidente e informou que “está prestando toda a assistência à família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as causas do acidente." 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Engenheiro de parque de Vinhedo, SP, presta depoimento sobre acidente (Postado por Lucas Pinheiro)

Um engenheiro de manutenção do parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo, no interior de São Paulo, começou a prestar depoimento às 10h desta terça-feira (28) ao delegado Álvaro Santucci Noventa Júnior, responsável pelas investigações do acidente no local que matou uma adolescente de 14 anos na sexta-feira (24). Gabriela Yukari Nichimura foi lançada de do brinquedo La Tour Eiffel e morreu antes de chegar a um hospital de Jundiaí. Até o começo da tarde, o engenheiro, que não teve o nome divulgado pela Polícia Civil, continuava sendo ouvido. O Ministério Público (MP) também acompanha o relato.

Os depoimentos sobre o acidente foram retomados nesta terça-feira depois que uma equipe do Instituto de Criminalística (IC) apontou falha humana como provável causa da queda na tarde de segunda-feira (27). Funcionários que operavam o equipamento na hora do acidente serão ouvidos em seguida. A Polícia Civil também pretende ouvir um outro engenheiro do parque nesta terça. Os pais de Gabriela, Silmara e Armando Hoisatochi da Costa Yukay Nychymura, prestam depoimento até o fim desta semana, mas segundo o delegado Álvaro Santucci Júnior, a data ainda não foi marcada porque a família ainda está muito abalada com o acidente.

Outros depoimentos
Na tarde de sexta-feira, a Polícia Civil ouviu também três pessoas que disseram ter visto a trava do assento do brinquedo onde a garota estava abrir. Entre elas está a auxiliar de escritório Cátia Damasceno, que contou que o dispositivo de segurança da atração abriu na descida. "No primeiro 'tranco' da descida, eu vi a trava do assento dela abrir. Só a trava dela abriu', conta a testemunha. "Depois disso, o corpo dela foi lançado para o chão", completou Cátia.

Noventa Junior informou que o prazo de 30 dias para concluir as investigações deve ser estendido.

O laudo da morte da jovem aponta que ela sofreu politraumatismo severo, segundo o documento assinado pelo legista Lamartine Pedretti Junior, do Instituto Médico Legal (IML) de Jundiaí. O corpo da adolescente foi enterrado em Guarulhos, no sábado (25).

Assento sem fecho
Gabriela Nichimura estava com os pais no parque, quando caiu do brinquedo, a cerca de 25 metros de altura. A morte da garota foi confirmada pelo Hospital Paulo Sacramento, da cidade de Jundiaí. Em entrevista ao Fantástico na tarde de domingo (26), em Guarulhos, na Grande São Paulo, a mãe da garota, Silmara Aparecida Nichimura, disse ter notado a ausência de um fecho no assento.

Em nota, o Hopi Hari lamentou o acidente e informou que “está prestando toda a assistência à família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis na investigação sobre as causas do acidente."

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Com Serra, PSDB tem tudo para vencer eleição, diz Alckmin (Postado por Lucas Pinheiro)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (27) que com a candidatura do ex-governador José Serra à Prefeitura da capital paulista, o PSDB pode vencer a eleição municipal. “O PSDB tem tudo para vencer as eleições dentro do amplo arco de alianças e, vencendo as eleições, fazer um bom trabalho”, declarou ele logo após uma cerimônia em comemoração aos 120 anos da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.

Nesta manhã, Serra anunciou que irá se candidatar às prévias do partido, previstas inicialmente para sábado (4). "Hoje comunicarei por escrito à direção do PSDB de São Paulo minha disposição de disputar a Prefeitura de SP", escreveu ele no Twitter. "Sempre fui favorável às prévias para a escolha do candidato a prefeito do PSDB. E delas pretendo agora participar."

Os secretários estaduais Andrea Matarazzo (Cultura) e Bruno Covas (Meio Ambiente) anunciaram a desistência de participar do pleito. Já o secretário estadual José Anibal (Energia) e do deputado Ricardo Trípoli são pré-candidatos e devem participar da disputa.

Alckmin não poupou elogios ao colega de partido e aos pré-candidatos. “A disposição de Serra ser candidato é ótima notícia para São Paulo. Se ele for eleito, terá um homem público, honesto, correto e experiente, que já foi bom prefeito, bom governador, bom ministro”, afirmou. “Nosso embate é conquistar o eleitor para trabalhar pela população. Claro que, se o nosso adversário é o PT, nós temos que enfrentá-lo e vencê-lo”, declarou.

Prévias
Alckmin diz ser favorável à realização das prévias. “O fato do Serra se inscrever para a prévia é um ato de respeito com a militância do PSDB, valoriza as prévias do partido. Acho extremamente positivo”, disse. Para o governador, a consulta às bases só não existiria se houvesse apenas um candidato.

Segundo ele, a executiva municipal deve se reunir ainda na terça-feira (28) para definir a data das prévias. Ele considerou “irrelevante” a data para a consulta da militância tucana com relação ao sucessor de Gilberto Kassab na administração municipal.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Adolescente morta após acidente em parque de diversões é enterrada (Postado por Erick Oliveira)

O corpo da adolescente Gabriela Yukay Nychymura, de 14 anos, morta após cair de um brinquedo no parque de diversões Hopi Hari, foi enterrado na tarde deste sábado (25) no Cemitério Parque Jardim das Primaveras, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Cerca de cem pessoas acompanharam a cerimônia, que foi encerrada por volta das 17h30. O corpo foi levado em um caixão rosa e os presentes chegaram ao som de um violino. A família não quis falar com os jornalistas.
A garota morreu na sexta (24) em Vinhedo, interior do estado, após ser arremessada de uma atração definida pelo parque como uma réplica da Torre Eiffel, um elevador de 69,5 metros de altura, com assentos que sobem a 5 metros por segundo. Os visitantes ficam parados por dois segundos na altura de um prédio de 23 andares e, após um tranco no assento, despencam em queda livre, chegando a 94 km/h.
O delegado Álvaro Santucci Noventa Junior pretende ouvir pelo menos sete pessoas sobre morte da garota na semana que vem. Entre elas estão os pais da menina Silmara e Armando Hoisatochi da Costa Yukay Nychymura, além dos três operadores do brinquedo onde a garota de 14 anos morreu nesta sexta-feira (25), no Parque Hopi Hari. Três testemunhas prestaram depoimento horas depois do acidente.
Noventa Junior diz que o prazo de 30 dias para o fim das investigações deve ser estendido. O brinquedo onde Gabriela morreu, La Tour Eiffel, tem capacidade para 20 pessoas. Oito lugares estavam fechados.
O delegado quer saber o motivo desses lugares não estarem em funcionamento no momento do acidente. “Mesmo tendo algumas cadeiras com a trava abaixada, como se tivesse alguma pessoa frequentando o parque, o brinquedo sobe e desce normalmente. Esse é um fato que foi constatado”, afirma. A perícia retornará ao parque na segunda-feira (27). O La Tour Eiffel permanece fechado até a liberação da polícia.
O laudo da morte da adolescente aponta que Gabriela sofreu um politraumatismo severo. A autorização para liberação do corpo foi assinada pela tia da menina na sexta-feira (24), por volta das 21h. Em seguida, o corpo deixou o IML com destino a Guarulhos. Foi a tia quem pagou o enterro também, segundo o cemitério.
A garota recebeu atendimento após o acidente, mas chegou morta e com sinais de traumatismo craniano, de acordo com o Hospital Paulo Sacramento, que fica na cidade de Jundiaí. Ela foi levada para o local por uma unidade do Corpo de Bombeiros.
Em nota, o Hop Hari diz lamentar profundamente o ocorrido e afirma estar prestando toda a assistência à família da vítima e apoiando os órgãos responsáveis pela investigação das causas do acidente.



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Morre em SP a empresária Eliana Tranchesi, diz hospital (Postado por Erick Oliveira)

Morreu no início da madrugada desta sexta-feira (24), em São Paulo, Eliana Tranchesi, antiga dona da butique de luxo Daslu, de acordo com o Hospital Albert Einstein.
A assessoria de imprensa do hospital não informou o motivo da internação da empresária e disse que que a causa da morte será divulgada apenas com autorização de familiares.
Eliana comandava a empresa fundada há mais de 50 anos anos por sua mãe, Lucia Piva. No fim de 2006, a empresária precisou retirar um tumor no pulmão.
Em março de 2009, Eliana foi condenada a 94 anos e meio de prisão por crimes como descaminho, formação de quadrilha e falsidade ideológica, como resultado da operação Narciso, da Polícia Federal (PF). Ela chegou a ficar presa logo após o julgamento, mas foi solta por meio de um habeas corpus.
Em fevereiro de 2011, os credores da Daslu aprovaram o plano de recuperação judicial que prevê a venda da empresa. A butique de luxo foi vendida ao Fundo Laep, do empresário Marcus Elias. Pelo plano, Eliana Tranchesi, que era controladora da Daslu, mantém a futura loja do shopping JK, para onde serão transferidas as operações da Villa Daslu. Pela licença da marca, Tranchesi pagará royalties de 5% ao ano. A “antiga” Daslu, que fica nas mãos da empresária, será responsável por negociar os estimados R$ 500 milhões em dívidas com a Receita Federal.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


Alckmin estenderá Ficha Limpa para servidor estadual

Agência Estado


Na esteira da Lei da Ficha Limpa, aprovada na semana passada (dia 16) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pretende publicar até o final de março um decreto que impede a nomeação de servidores públicos indicados para cargos de confiança, condenados em segunda instância judicial.


Ele informou, na manhã de hoje, em evento na zona norte da Capital, que a Procuradoria Geral do Estado aguardava a decisão do Supremo sobre a matéria para formatar o decreto estadual. Segundo ele, a iniciativa será retroativa e, logo válida para os atuais servidores públicos, que se tiverem condenação poderão ser exonerados a partir de sua validade. "Vamos formatar o decreto estadual que, pronto, vai ser divulgado e publicado", afirmou. "Ele não é só para os novos funcionários, mas para todos, independentemente do tempo de serviço."

Além de servidores, o decreto irá impedir a nomeação de secretários estaduais e diretores de autarquias condenados em segunda instância judicial. A Câmara Municipal de São Paulo também pretende, nas próximas semanas, votar proposta que leve em conta a Lei da Ficha Limpa para nomeações na administração municipal, que inclui servidores ou agentes públicos.

A Lei da Ficha Limpa determina a inelegibilidade de políticos condenados em segunda instância judicial que foram cassados ou que tenham renunciado para evitar uma cassação. A lei já é válida para as eleições municipais deste ano.

Alckmin visitou neste manhã as obras da futura Escola Técnica Estadual (Etec) de Esportes, que funcionará no bairro de Vila Maria. A unidade vai oferecer o curso técnico de Esportes e Atividade Física, elaborado em conjunto por profissionais do Centro Paula Souza e da Fundação Gol de Letra. A unidade oferecerá cursos a mais de dois mil alunos e deverá estar concluída, segundo o governador, até outubro deste ano. O período de conclusão das obras coincide com as eleições para a Prefeitura.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Detidos após confusão dizem que havia acordo para 'ninguém cair' (Postado por Erick Oliveira)

Os dois homens detidos após a confusão ocorrida na apuração do resultado do carnaval 2012 de São Paulo, nesta terça-feira (21), disseram à Polícia Civil que as escolas de samba teriam entrado em acordo para que não houvesse rebaixamento de duas agremiações do Grupo Especial para o Grupo de Acesso, como prevê o regulamento, segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur).
Esse acordo teria sido feito após a Liga das Escolas de Samba ter comunicado às agremiações a troca de dois jurados. Entretanto, segundo os detidos disseram à polícia, o acordo não estaria sendo cumprido pela Liga, o que gerou a confusão no Sambódromo do Anhembi.
Os jovens confirmaram a mesma versão em depoimentos na delegacia, informou o delegado Luiz Fernando Saab. Os depoimentos tiveram duração de 20 minutos cada e terminaram por volta da meia-noite.
A troca de jurados foi comunicada às agremiações por e-mail, na madrugada de quinta (16) para sexta-feira (17), segundo diretores de escola informaram ao G1. Um dos jurados teria entregue uma carta informando que não se sentia apto para avaliar os desfiles. O outro jurado precisou ser trocado pelo suplente porque foi convidado para julgar o grupo de acesso do Rio de Janeiro.
A confusão começou quando um representante da escola Império de Casa Verde invadiu o local onde eram lidas as notas, no sambódromo do Anhembi, e rasgou os envelopes durante a divulgação dos pontos do último quesito. Naquele momento, a Mocidade Alegre liderava, seguida por Rosas de Ouro, Vai-Vai, Mancha Verde e Unidos de Vila Maria.
Durante o tumulto houve quebra-quebra, carros alegóricos foram incendiados e pelo menos cinco pessoas acabaram detidas. A apuração teve de ser interrompida. Torcedores na arquibancada começaram a jogar objetos na área dos organizadores até que conseguiram derrubar as grades e invadir o espaço restrito.
Houve quebra-quebra. Os torcedores chegaram a atear fogo a carros alegóricos que estavam na área da dispersão, no Anhembi. Pelo menos duas alegorias da Pérola Negra foram completamente destruídas no incêndio.
Parte dos torcedores saiu do sambódromo e interditou a pista local da Marginal Tiête. Placas que separavam a Marginal do sambódromo foram depredadas e arrancadas pelo grupo.
Acompanhados pela Polícia Militar, um grupo da Gaviões da Fiel seguiu a pé pela Marginal Tietê para a quadra da escola, localizada a cerca de dois quilômetros do Anhembi. Até o início da confusão, a escola não vinha registrando notas boas na apuração.
Prisões
O representante da Império de Casa Verde que rasgou as cédulas com as notas foi detido pela Polícia Militar pouco depois do tumulto. Outro integrante da Gaviões da Fiel também foi preso. Além deles, outras três pessoas acabaram detidas pelo tumulto ou porte de entorpecentes.
Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Deatur, os detidos após confusão no Sambódromo serão autuados em flagrante no posto montado no Anhembi e, de lá, vão seguir para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Garoto ligou jet ski, mas não pilotava, diz advogado da família (Postado por Erick Oliveira)

O advogado Maurimar Bosco Chiasso, contratado pela família do adolescente de 14 anos suspeito de pilotar e atropelar com um jet ski a menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, na tarde de sábado (18), na areia da praia de Guaratuba, em Bertioga, litoral de São Paulo, disse em entrevista coletiva nesta segunda-feira (20) que o garoto ligou o veículo, mas não o pilotava. A criança chegou a ser socorrida pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar, mas não resistiu.
“Ele deu a partida inadvertidamente, sem conhecimento do funcionamento da máquina. Foi quando o jet ski se projetou para a praia, sem piloto. Foi a primeira e única vez que ele ligou o aparelho”, afirmou Chiasso. De acordo com o relato de testemunhas, no entanto, o menino estava usando colete salva-vidas e pilotando o jet ski antes de atingir a criança. O veículo foi apreendido pela polícia e será periciado.
Segundo Chiasso, o equipamento de segurança do jet ski não funcionou, pois deveria fazê-lo rodopiar nesse caso, e não partir para a frente. “Pode ter havido um dano mecânico. Foi um fatídico acidente”, destacou.
O advogado explicou que, na hora do ocorrido, os pais do adolescente estavam em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, onde a família vive, e o garoto estava sob a responsabilidade dos padrinhos, que na ocasião se encontravam em um condomínio de luxo próximo à praia. O menino estaria, portanto, sem a supervisão de um adulto.
“O jet ski pertence aos padrinhos e foi colocado na água por um funcionário”, disse Chiasso. De acordo com ele, o adolescente estava com um colega, mas ainda não se sabe quem ele é. Além disso, o advogado informou que o garoto não fugiu após o acidente, mas se desesperou. A família do menino está tentando contato com os parentes da vítima, segundo Chiasso.
Apresentação dos envolvidosO delegado plantonista da Delegacia de Polícia de Bertioga, Marcelo Rodrigues, disse na tarde desta segunda-feira que as investigações foram iniciadas e que os envolvidos vão depor nesta quinta-feira (23), a partir das 16h. Devem comparecer o adolescente, os pais e os padrinhos.
“Tudo será esclarecido, mas ainda é precipitado ter uma conclusão concreta, pois as provas são iniciais”, afirmou. Segundo Rodrigues, a preocupação inicial era socorrer a vítima. “Se ficar provado que ninguém participou do ocorrido, o adolescente será punido por ato infracional, já que é menor de idade”, informou. A pena, nesse caso, será decidida por um juiz.
Quem entregou o jet ski para o garoto também pode ser responsabilizado por homicídio culposo ou até doloso, de acordo com Rodrigues. “O responsável é o dono do jet ski. O adolescente não tinha idade, habilitação nem condições para pilotar”, disse.
Socorro à vítimaA menina Grazielly havia chegado a Bertioga na sexta-feira (17) com um grupo de dez pessoas, entre familiares e amigos, da cidade de Artur Nogueira, a 145 km de São Paulo. Era o primeiro passeio dela na praia.
Grazielly fazia castelos de areia com a mãe na praia quando foi atropelada pelo veículo em alta velocidade que saiu da água. O adolescente, segundo testemunhas, fugiu do local sem prestar socorro.
Durante 30 minutos, socorristas tentaram reanimá-la. Grazielly foi resgatada pelo helicóptero da Polícia Militar, mas chegou morta ao Hospital Municipal de Bertioga. Ela foi enterrada na manhã desta segunda, em Artur Nogueira.
A Capitania dos Portos de São Paulo instaurou um inquérito administrativo sobre acidentes e fatos de navegação, com prazo de conclusão de até 90 dias. O comandante Gerson Rodrigues informou à reportagem do SPTV que 50 homens do órgão patrulham as praias paulistas no verão – até agora, mais de 500 embarcações foram vistoriadas. Ainda segundo Rodrigues, o maior problema em relação ao jet ski é a irresponsabilidade dos pais, que deixam filhos menores de idade pilotarem o equipamento.
Para dirigir um jet ski, é preciso ser maior de idade e ter uma autorização especial da Capitania dos Portos. Alguns modelos chegam a atingir 150 km/h. Por causa de acidentes, o aluguel de aparelhos já foi proibido em cidades litorâneas paulistas, como no Guarujá.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Menores estavam em jet ski que matou menina em SP, diz polícia (Postado por Erick Oliveira)

O delegado que investiga a morte de uma menina de 3 anos, atropelada por um um jet ski na praia de Guaratuba, em Bertioga, no litoral de São Paulo, no final da tarde deste sábado (18), já identificou os dois menores que estavam equipamento. Eles vão ser chamados a prestar depoimento junto com os responsáveis.

Graziele Almeida brincava na areia próximo ao mar com a mãe quando o veículo desgovernado que saía da água a atingiu. Durante 30 minutos socorristas tentaram reanimá-la. A menina foi resgatada pelo helicóptero da Polícia Militar, mas chegou morta ao Hospital Municipal de Bertioga.
Segundo testemunhas, o piloto, um adolescente de 14 anos, fugiu do local sem prestar socorro.
A garota atropelada pelo equipamento havia chegado à cidade na sexta-feira (17) junto com um grupo de dez pessoas, entre familiares e amigos, da cidade de Artur Nogueira, interior de São Paulo. Era o primeiro passeio dela na praia.
Um dos adolescentes que conduzia o jet ski estava em um condomínio de luxo. Para pilotar, é preciso ter uma autorização. O equipamento foi apreendido para perícia.

sábado, 18 de fevereiro de 2012


Lula encerra tratamento contra câncer e vai para casa



Por Redação - Rádio Gospel FM

Lula encerra tratamento contra câncer e vai para casa
Lula encerra tratamento contra câncer e vai para casa
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta sexta-feira (17/02) o tratamento contra o câncer na laringe, diagnosticado no final de outubro de 2011. Lula teve alta após a última sessão de radioterapia e continuará em recuperação em casa, em São Bernardo do Campo (SP), informou boletim divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês.
No período de recuperação, o ex-presidente receberá assistência fonoaudiológica e fisioterápica e, dentro de quatro a seis semanas, ele fará exames para avaliar os resultados do tratamento.
Torcedor do Corinthians, Lula é o homenageado deste ano da Escola de Samba Gaviões da Fiel, ligada ao atual campeão brasileiro de futebol. No entanto, por recomendação da equipe médica, o ex-presidente não deverá participar do desfile da Gaviões.
Lula deixa o hospital após quase uma semana de internação. O ex-presidente chegou ao hospital no último sábado (11) reclamando da falta de apetite e fadiga causados pela radioterapia, iniciada no começo de janeiro. Exames detectaram uma inflamação na laringe e no esôfago devido ao tratamento. Cerca de um mês antes, Lula já se queixava de um incômodo na garganta, especialmente quando comia.
Em dezembro, como resultado das sessões de quimioterapia, Lula já havia conseguido uma diminuição de 75% no tumor, que tinha 3 centímetros quando diagnosticado. Nesta fase do tratamento, o ex-presidente ia ao hospital, onde recebia a primeira dose de medicamentos, e voltava para casa. O restante da medicação era ministrado em casa por meio de um catéter.
A doença levou o ex-presidente a raspar o cabelo e a barba, que eram seus traços mais marcantes. Na ocasião, a assessoria de Lula divulgou fotos de sua mulher, Marisa Letícia, cortando o cabelo do ex-presidente.

Leia Mais Notícias Clicando Aqui

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Palmeiras vence o Guará e retoma a liderança

Palmeiras saiu perdendo, mas conseguiu a virada

Scolari - Avai x Palmeiras (site oficial AvaiFC)
Com Valdivia e Luan lesionados e Cicinho suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o Verdão foi a Guaratinguetá, pela 8ª rodada do Campeonato Paulista, enfrentar o Guará, no estádio Dario Rodrigues Leite. Com gols de Artur, Barcos e João Vitor, o time alviverde garantiu os 3 pontos necessários para a retomada da liderança.
Nos primeiros minutos de jogo, as duas equipes exploraram o campo em ritmo acelerado. Aos 4 min, após receber um cruzamento pela esquerda, Maikon Leite bateu com força e a bola desviou na mão do goleiro Jailson. No contra-ataque, o time adversário fez boa jogada, Lúcio Flávio recebeu, arriscou e carimbou Artur.
Aos 10 min, Pio driblou Juninho, arriscou um forte chute da intermediária e fez um belíssimo gol, inaugurando o placar. Como reação, um minuto depois, Maikon Leite arrancou pela direita, cruzou, mas Patrik bateu fraco, facilitando a defesa do goleiro adversário.
A partir dos 12 min, o Palmeiras levou forte pressão à defesa da casa. No minuto seguinte, Barcos recebeu uma bola cruzada de Artur e tocou para Maikon Leite, que teve seu chute prensado pelo zagueiro Baggio. Dois minutos depois, Pio voltou a levar perigo ao gol do Palmeiras arriscando um chute de longe, porém a bola passou por cima da trave.
Aos 18 min, Marcos Assunção cobrou escanteio, Jailson deu rebote para a área, Barcos chutou e, no segundo rebote do goleiro, Artur chutou, fazendo com que a bola desviasse e tocasse nas redes para o empate palmeirense.
Artur saiu machucado aos 32 min e João Vitor entrou em seu lugar. Após 4 min, o atacante levou cartão amarelo por falta em Djavan. Aos 36 min, Maikon Leite carregou a bola, bateu em diagonal e a bola explodiu no zagueiro Fernando.
Aos 46 min, o volante Daniel fez falta dura em Maikon Leite dentro da área e foi expulso. Na cobrança, Barcos escolheu o canto esquerdo e virou para o Palmeiras. Um minuto depois, o juiz apitou o fim da primeira etapa.
O primeiro tempo foi praticamente dominado pelo verdão, que explorou as laterais e os jogadores velozes para a criação de jogadas eficazes. Após o empate, o time da casa caiu de rendimento.
O segundo tempo iniciou num ritmo mais calmo, com menos chances e jogadas de criação. As duas equipes ficaram recuadas aguardando chances de contra-ataque.
A primeira boa chance do Verdão surgiu aos 11 min, quando Maikon Leite arrancou pela direita e cruzou para o domínio de Barcos na área, porém a finalização saiu pela meta adversária. Em seguida, Juninho e Marcos Assunção receberam cartões amarelos. Juninho devido a uma falta e o camisa 20, a reclamações.
Em jogada aérea de Marcos Assunção aos 17 min, Daniel Carvalho mergulhou de cabeça para o gol, mas teve sua bola desviada. Aos 30 min, Maikon Leite recebeu uma bola alta de cara a cara com o goleiro e não conseguiu dominá-la. Um minuto depois, Baggio foi expulso por puxar Maikon Leite pela camisa. Assunção cobrou a falta e o goleiro se esticou todo para realizar a defesa.
Após ser lançado, aos 39 min, Barcos fez boa jogada individual, mas chutou para fora. No contra-ataque, Pedro arrancou e chutou sobre a trave de Deola. Aos 41 min, João Vitor chutou de longe, teve sua bola prensada com o Pio e fez um golaço. No último lance do jogo, Pio cobrou falta e diminuiu a vantagem do Verdão.
O próximo compromisso do Verdão será nesta quinta-feira (23), às 19h30, contra o Oeste, no Pacaembu.
Escalação:  Deola; Artur (João Vitor), L. Amaro, Henrique e Juninho (Gerley); M. Araújo,.Assunção, Patrik e Daniel Carvalho (Vinícius); Maikon Leite e Barcos.
Gols:
Guaratinguetá: Pio (10’ – 1º tempo; 48' – 2º tempo)
Palmeiras: Artur (18’ – 1º tempo); Barcos (46' – 1º tempo); João Vitor (41' – 2º tempo).

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Ao ser preso, Lindemberg disse 'estou vivo e a matei', afirma PM (Postado por Lucas Pinheiro)

O tenente Paulo Sérgio Squiavo, que comandava a equipe do Gate que invadiu o apartamento onde Lindemberg Alves mantinha Eloá Pimentel refém, disse durante seu depoimento no julgamento do caso nesta quarta-feira (15) que o réu estava eufórico após os disparos feitos. Segundo Squiavo, Lindemberg teria gritado “Tô vivo e a matei”.

Squiavo foi o primeiro a depor no Tribunal do Júri, no Fórum de Santo André, no ABC, nesta quarta. Ele foi ouvido das 10h50 às 12h20. O julgamento foi interrompido para o intervalo de almoço e deve ser retomado às 14h, com o depoimento do réu.

O comandante da Polícia Militar disse ainda que só invadiu o apartamento porque já havia recebido ordens de seus superiores que poderia fazê-lo caso “estivesse insustentável a situação dos reféns”.

Squiavo afirma que só entrou no apartamento após ouvir um disparo, juntamente com outros quatro policiais. Segundo ele, foi detonada uma bomba. Pelo vão da fresta, ele afirma ter visto Lindemberg atirar mais duas vezes. O policial disse que se quisesse poderia ter matado o réu. O Gate, segundo ele, disparou um tiro de bala de borracha contra Lindemberg, que jogou a arma no chão e foi rendido.

Depoimento de Lindemberg é previsto neste 3º dia de julgamento (Postado por Erick Oliveira)

Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel, poderá depor durante esta quarta-feira (15), terceiro dia de julgamento do caso, no Fórum de Santo André, no ABC. Os trabalhos do Tribunal do Júri estão previstos para serem retomados às 9h. O réu nunca se pronunciou sobre o crime desde que foi preso, em outubro de 2008.
Na terça-feira (14), o júri foi marcado pelo bate-boca entre a advogada do réu, Ana Lúcia Assad, e a juíza Milena Dias. Durante o depoimento da perita criminal Dairse Aparecida Pereira Lopes, a defensora Assad reclamou de um ponto técnico, afirmando que havia um número errado no processo.
A juíza disse que não cabia à defesa fazer tal questionamento no momento. Indignada, a advogada disse que queria apenas a "verdade". A juíza voltou a dizer que ela ia ter a oportunidade de falar isso nos debates e que esse não era o "conceito".
Foi, então, que a advogada disse: "Você precisa voltar a estudar". A promotora Daniela Hashimoto saiu em defesa da juíza e disse para ela "tomar cuidado", que estava desacatando e ameaçou processá-la. A juíza, no entanto, determinou que o julgamento proseguisse.
Mais cedo, durante a manhã, a advogada pediu que a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, não fosse ouvida durante o julgamento. Na segunda (13), a própria defensora havia arrolado a Ana Cristina e o irmão caçula da vítima, Everton Douglas, de 17 anos, como testemunhas. Ana Lúcia ameaçou abandonar o júri caso Ana Cristina Pimentel fosse ouvida.
"Não concordo que essa testemunha seja ouvida. Eu quero dispensá-la”, disse, sem apresentar motivo. A juíza ponderou ser necessária a concordância da acusação. A promotora do caso, Daniela Hashimoto, discordou. Em seguida, a advogada de Lindemberg ameaçou. "Eu vou abandonar o júri. Eu vou embora”, disse, elevando o tom de voz. A acusação acabou aceitando a dispensa de Ana Cristina.
No fim da noite, Assad voltou a reclamar -mas desta vez da imprensa. "Vocês publicam coisas que eu não falei. Sai na imprensa e sou hostilizada", afirmou. A advogada também negou ter discutido com a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, como, segundo ela, alguns órgãos de imprensa publicaram. A advogada disse que está saindo escoltada do fórum por medo de agressões.
Ela pediu para que fosse registrado em ata que estava sendo hostilizada e ameaçada e chegou a mostrar um colete à prova de balas para o plenário do júri. A advogada disse que teme ser agredida. Ao sair do fórum, por volta das 23h45, pela porta dos fundos, ela teve seu carro escoltado por policiais militares. Ela não falou com a imprensa.
Irmãos de Eloá
No início deste segundo dia de julgamento, Ronickson Pimentel dos Santos, irmão mais velho de Eloá, definiu Lindemberg Alves como "louco", "vingativo" e "extremamente agressivo". Nas palavras de Ronickson, o réu é um "monstro". O jovem foi o primeiro a ser interrogado nesta manhã, segundo dia de julgamento.
O irmão caçula de Eloá, Everton Douglas, disse em seu depoimento que Lindemberg ameaçava matar todos caso a polícia invadisse o apartamento onde o crime ocorreu. “O Lindemberg falou que se relassem na porta e tentassem entrar ele atirava em todo mundo”, disse o adolescente de 15 anos.
Jornalistas
Arrolados pela defesa, os jornalistas Rodrigo Hidalgo e Márcio Campos disseram que nos contatos feitos entre a polícia e o acusado ele não apresentou exigências e se mostrou disposto a matar Eloá. Questionados sobre uma influência da imprensa do desfecho, ambos afirmaram ainda que em nenhum momento jornalistas fizeram qualquer tipo de provocação nem incitaram Lindemberg a cometer um ato violento.
Capitão do Gate
O capitão Adriano Giovanini, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM, disse que cogitou o uso de explosivos para derrubar a parede do apartamento de Eloá Pimentel. Segundo o capitão, a PM não fez isso porque poderia colocar em risco as vítimas e a estrutura de todo o prédio. O Gate foi responsável pelas negociações com o jovem.
Segundo Giovanini, dois atiradores estavam posicionados a sete metros para acertar Lindemberg. Isso não ocorreu porque, desde o momento em que Nayara entrou novamente no apartamento, os policiais não tiveram mais chances de acertar, segundo ele. “Se a gente tem dúvida da posição de alguma das vítimas, o tiro não é executado.”
Delegado
O delegado Sérgio Luditza, que investigou o caso Eloá, disse que uma frase do acusado foi o "estopim" para a invasão da PM ao apartamento. Segundo ele, Lindemberg disse que estava "ouvindo um anjinho e um capetinha e o capetinha estava vencendo". Luditza afirmou que o caso teve uma reviravolta nos últimos 30 minutos. "Estava tudo caminhando para a libertação dos reféns."
Perito
Antes do delegado, o perito Hélio Rodrigues Ramacciotti, responsável pelos laudos do Instituto de Criminalística (IC), também prestou depoimento. Ele disse que é possível dizer que não houve disparos de arma calibre 40 (usada por policiais em São Paulo) no apartamento. “Se houvesse disparos de ponto 40, as lesões seriam muito superiores”, afirmou. “Se fosse uma arma ponto 40, Nayara não estaria viva."
Mãe de Eloá
Em entrevista aos jornalistas, a mãe de Eloá Pimentel disse no início desta tarde que não viu arrependimento algum nos olhos de Lindemberg Alves, acusado de matar sua filha em outubro de 2008. “Não vi arrependimento nenhum”, disse Ana Cristina.
O réu balbuciou algo para Ana Cristina assim que ela entrou na sala do Tribunal do Júri nesta manhã. “O que eu entendi foi que eu não falasse mal dele”, disse a mãe de Eloá quando perguntada sobre o que ele tentou dizer. Quem estava na plateia, entretanto, entendeu que ele estivesse pedindo perdão.
Primeiro dia
O primeiro dia do júri teve como destaque os depoimentos dos três jovens que sobreviveram ao cárcere privado. Nayara Rodrigues, que assim como a amiga Eloá foi baleada, disse que Lindemberg passou a odiá-la. "Ele achava que eu influenciava negativamente a Eloá. Ele achava que ela tinha terminado o namoro por minha causa. Ele me odiava e odiava minha mãe", disse.
Ela falou por quase duas horas. Segundo ela, o acusado mudou o comportamento com ela após o término. Antes, segundo ela, a relação entre ela e o ex da amiga era "boa". Lindemberg foi retirado da sala a pedido da jovem.
"Fiquei o resto do ano fora da escola, mas não perdi o ano porque fiz trabalhos em casa", afirmou. Ela contou também que fez tratamento "psicológico e psiquiátrico". "tomei remédio, mudei de escola. E ainda tenho cirurgias para fazer." Nayara disse que o namoro de Lindemberg e Eloá tinha "idas e vindas". Segundo ela, os dois terminaram "várias vezes". Durante o depoimento, Nayara começou a chorar. "Ele batia nela o tempo todo dentro da casa, não largava a arma", disse, emocionada.
Para a advogada Assad, o depoimento foi exagerado e até mentiroso. "Teve dramatização demais, ela estava bem orientada, simulou choro", disse.
Já Iago Vilera, um dos adolescentes feitos reféns, prestou depoimento por mais de 30 minutos. O acusado voltou à sala do júri sem algemas e escoltado por dois PMs para assistir ao depoimento, já que o jovem não se opôs à presença dele. "Eu vi o Lindemberg perseguindo a Eloá, passando de moto e encarando os amigos de forma ameaçadora", disse Vilera. "Fiz tratamento psicológico para me curar do trauma."
Antes dele, o estudante Victor de Campos disse que Lindemberg falou que "não estava para brincadeira". "Ele dizia que ia fazer uma besteira. Me deu uma coronhada porque achou que eu tinha algo com a Eloá." Segundo ele, o acusado dizia aos reféns: "Vou atirar em um de vocês para botarem fé em mim". "O que me dava mais medo era ver meus amigos tomarem um tiro, acontecer alguma tragédia."
Atos Valeriano
Também prestou depoimento o sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano, que escapou de um tiro durante o sequestro. Seu depoimento durou cerca de 45 minutos. Segundo o PM, Lindemberg Alves atirou para matá-lo. "O tiro passou a 30 centímetros da minha cabeça." Valeriano disse que o acusado repetia várias vezes que ia "matar todo mundo" e depois se matar.
Pena
Lindemberg responde por 12 crimes. Além da morte de Eloá, são duas tentativas de homicídio (contra Nayara e o sargento Atos Antonio Valeriano, que escapou do tiro); cárcere privado (de Eloá, Victor, Iago e duas vezes de Nayara) e disparo de arma de fogo (foram quatro).
Segundo o Ministério Público, se for condenado por todos os crimes atribuídos a ele, a pena mínima poderá ser de 50 anos e a máxima de 100 anos de reclusão. Pela legislação do país, no entanto, ninguém pode ficar preso a mais de 30 anos.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Defesa de réu ameaça deixar júri e dispensa depoimento da mãe de Eloá (Postado por Lucas Pinheiro)

A advogada Ana Lúcia Assad, que defende Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel em outubro de 2008, pediu na manhã desta terça-feira (14) que a mãe da vítima não fosse ouvida durante o julgamento do caso que acontece no Fórum de Santo André, no ABC. Nesta segunda (13), a própria advogada havia arrolado a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, e o irmão caçula, Everton Douglas, de 17 anos, como testemunhas. Ana Lúcia ameaçou abandonar o júri caso Ana Cristina fosse ouvida.

Logo ao entrar na sala do Tribunal do Júri, a mãe de Eloá encarou o réu, que não desviou o olhar. Em seguida, a advogada de Lindemberg foi até a juíza Milena Dias, informando que não queria que os dois familiares de Eloá fossem ouvidos como testemunhas de defesa. O plenário vaiou a advogada e a juíza pediu silêncio.

"Não concordo que essa testemunha seja ouvida. Eu quero dispensa-la”, disse Ana Lúcia sem apresentar motivo. A juíza ponderou que seria necessária a concordância da acusação. A promotora do caso, Daniela Hashimoto, discordou. Em seguida, a advogada de Lindemberg ameaçou "Eu vou abandonar o júri. Eu vou embora”, disse elevando o tom de voz.

A acusação acabou aceitando a dispensa de Ana Cristina. O Ministério Público, entretanto, não concordou com a dispensa de Everton Douglas, que estava sendo ouvido por volta das 11h50 como testemunha do juízo, segundo informou o Tribunal de Justiça de São Paulo.

Antes, a mãe de Eloá havia saído da sala do Tribunal do Júri para conversar com jornalistas quando foi chamada pelos seguranças do Fórum de Santo André para retornar ao plenário. Ela terá que acompanhar o depoimento de Everton, porque ele é menor de idade.

'Monstro'
No início deste segundo dia de julgamento do caso Eloá, o irmão da vítima Ronickson Pimentel dos Santos definiu Lindemberg Alves como "louco", "vingativo" e "extremamente agressivo". Nas palavras de Ronickson, o réu é um "monstro". Ronickson foi o primeiro a ser interrogado nesta manhã, segundo dia de julgamento.

Os trabalhos do Tribunal do Júri foram retomados por volta das 9h30. Lindemberg passou a noite desta segunda-feira (13) no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo.

O júri, presidido pela juíza Milena Dias, ocorre mais de três anos após um dos sequestros mais longos do país - cerca de cem horas - acompanhado ao vivo pela TV, que terminou com a morte da estudante, com 15 anos à época.

"Ele é um monstro, um louco, agressivo", reforçou Ronickson em seu depoimento. Após dizer isso, o irmão de Eloá encarou Lindemberg, que abaixou a cabeça.

Ronickson falou por cerca de uma hora ao Tribunal do Júri - ele chorou três vezes. O irmão de Eloá se emocionou ao lembrar da doação de órgãos da irmã - que ele definiu como uma "atitude muita linda" de sua mãe -, ao dizer que sua família está se reconstruindo
e ao relatar que o irmão caçula, Everton Douglas, se sente culpado por ter apresentado Eloá a Lindemberg, de quem era amigo à epoca.

Por diversas vezes ao longo de sua fala, Ronickson encarou o réu, que abaixava a cabeça sem esboçar reação. O irmão de Eloá disse ainda que ela chegou a reclamar uma vez que havia apanhado de Lindemberg. Ronickson questionou o namorado da irmã na época, que negou tudo. Segundo ele, a irmã vivia triste. "Ele era agressivo, sempre arrumava brigas por futebol", disse.

Ronickson classificou a morte de Eloá como uma "traição" de Lindemberg em relação à família da vítima, que sempre o tratava como um filho. "O que ele fez foi uma traição". “Lindemberg tirou todos os sonhos da Eloá. E o que ela mais queria era ser veterinária”, completou.

O advogado Thiago Pinheiro, que defende o pai de Eloá, Everaldo Pereira dos Santos, disse durante o depoimento de Ronickson que seu cliente afirmou que o tiro na virilha da vítima era um disparo simbólico. "O tiro eu não sei se foi simbólico, mas foi para matar”, respondeu Ronickson.

Assistente da acusação, José Beraldo também interveio durante o depoimento do irmão de Eloá. "Olha para os olhos dele e diga se Lindemberg se mataria”. “Não. Ele não se mataria”, respondeu Ronickson.

Após o depoimento de Ronickson, o Tribunal do Júri começou a ouvir as testemunhas de defesa. A primeira a falar é o advogado Marcos Assumpção Cabello, o primeiro a ser contratado pela família do réu para acompanhar as negociações com a Polícia Militar durante o sequestro de Eloá, em outubro de 2008.

Primeiro dia de depoimento
O primeiro dia de julgamento de Lindemberg começou por volta 10h50 desta segunda (13). Durante a manhã, houve a exibição de vídeos tanto do Ministério Público quanto da defesa. Seis homens e uma mulher compõem o conselho de sentença, definido no início do julgamento.

Durante uma hora e meia, a defesa de Lindemberg exibiu cerca de 15 vídeos jornalísticos que retratam a cobertura da imprensa e também a invasão da Polícia Militar ao apartamento onde a Eloá foi mantida refém por cinco dias, entre 13 e 17 de outubro de 2008.

Depoimentos
Após a apresentação dos vídeos, três amigos de Eloá que também foram mantidos reféns por Lindemberg em 2008 e um policial militar depuseram. Nayara Rodrigues, que foi baleada pelo acusado, disse que o namoro de Lindemberg e Eloá tinha "idas e vindas". Segundo ela, os dois terminaram "várias vezes".

A garota acrescentou que o acusado passou a odiá-la depois que Eloá terminou definitivamente o relacionamento. "Ele achava que eu influenciava negativamente a Eloá. Ele achava que ela tinha terminado o namoro por minha causa. Ele me odiava e odiava minha mãe", disse. A pedido da jovem, Lindemberg foi retirado do plenário.

Nayara começou a chorar ao lembrar da amiga. "Ele batia nela o tempo todo dentro da casa, não largava a arma", disse, emocionada. A advogada de defesa de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, porém, afirmou que Nayara "simulou choro". “Teve dramatização demais, ela estava bem orientada”, disse. Para o advogado de Nayara, Marcelo Oliveira, a defesa está "desesperada".

Iago Vilera
Já Iago Vilera, um dos adolescentes também feitos reféns, prestou depoimento por mais de 30 minutos. O acusado voltou à sala do júri sem algemas e escoltado por dois PMs para assistir ao depoimento, já que o jovem não se opôs à presença dele. "Eu vi o Lindemberg perseguindo a Eloá, passando de moto e encarando os amigos de forma ameaçadora", disse Vilera.

Victor Campos
O estudante Victor de Campos, que também foi mantido refém, contou que Lindemberg, durante o cárcere privado, falou que "não estava para brincadeira". "Ele dizia que ia fazer uma besteira. Me deu uma coronhada porque achou que eu tinha algo com a Eloá." Segundo ele, o acusado dizia aos reféns: "Vou atirar em um de vocês para botarem fé em mim".

Atos Valeriano
Além dos três jovens, prestou depoimento nesta segunda o sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano, que escapou de um tiro durante o sequestro. Ele foi o último a falar no primeiro dia do júri. Segundo o PM, Lindemberg Alves atirou para matá-lo.

Qual a acusação
Lindemberg responde por 12 crimes. Além da morte de Eloá, são duas tentativas de homicídio (contra Nayara e o sargento Atos Antonio Valeriano, que escapou do tiro); cárcere privado (de Eloá, Victor, Iago e duas vezes de Nayara) e disparo de arma de fogo (foram quatro).

Segundo o Ministério Público, se Lindemberg for condenado por todos os crimes atribuídos a ele, a pena mínima poderá ser de 50 anos e a máxima, de 100 anos de reclusão. Pela legislação do país, no entanto, ninguém pode ficar preso a mais de 30 anos. O julgamento de Lindemberg deve durar três dias, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

'Ele me odiava e odiava minha mãe', diz Nayara sobre Lindemberg (Postado por Lucas Pinheiro)

Nayara Rodrigues, amiga de Eloá que foi baleada durante o sequestro ocorrido em Santo André, no ABC, em 2008, afirmou nesta segunda-feira (13), no Fórum de Santo André, no ABC, que Lindemberg Alves a culpava pelo fim do namoro. "Ele achava que eu influenciava negativamente a Eloá. Ele achava que ela tinha terminado o namoro por minha causa. Ele me odiava e odiava minha mãe", disse.

Segundo ela, o acusado mudou o comportamento com ela após o término. Antes, segundo ela, a relação entre ela e o ex da amiga era "boa".

Ela é a primeira testemunha de acusação a ser ouvida. Lindemberg foi retirado da sala a pedido da jovem.

Apesar de toda a repercussão do caso, Nayara disse que conseguiu passar de ano. "Fiquei o resto do ano fora da escola, mas não perdi o ano porque fiz trabalhos em casa", afirmou. Ela contou também que fez tratamento "psicológico e psiquiátrico". "tomei remédio, mudei de escola. E ainda tenho cirurgias para fazer."

Nayara disse que o namoro de Lindemberg e Eloá tinha "idas e vindas". Segundo ela, os dois terminaram "várias vezes". "Uma vez ela não quis voltar e aí ficou conturbado. Lindemberg começou a persegui-la e a agrediu em um ponto de ônibus."

A amiga da garota morta afirmou ainda que ela se sentia ameaçada. "No dia do crime, ele ficou surpreso de ter mais gente no apartamento. Ele entrou já de arma em punho."

Durante o depoimento, Nayara começou a chorar. "Ele batia nela o tempo todo dentro da casa, não largava a arma", disse, emocionada.

"Ele se vangloriava, via tudo pela TV. Deu um tiro no PM e disse: 'É para mostrar que eu não sou bonzinho'." Nayara disse que Eloá ficou "toda roxa, muito machucada."

Retomada
Houve um recesso para almoço das 13h às 14h30. Durante a manhã, houve a exibição de vídeos tanto do Ministério Público quanto da defesa do réu aos jurados. Seis homens e uma mulher compõem o conselho de sentença, definido no início do julgamento.

Durante uma hora e meia, entre 11h36 e 13h06, a defesa de Lindemberg exibiu cerca de 15 vídeos jornalísticos que retratam a cobertura da imprensa e também a invasão da Polícia Militar ao apartamento onde a Eloá foi mantida refém por cinco dias, entre 13 e 17 de outubro de 2008. As imagens mostram entrevistas que criticam a postura de jornalistas que chegaram a conversar com o acusado por telefone enquanto ele mantinha quatro pessoas em cativeiro, impossibilitando que os policiais conduzissem a negociação com o réu.

Em outras reportagens exibidas pela defesa, as criticas são direcionadas à invasão do Grupo de Ações Táticas e Especiais (Gate) da Polícia Militar ao imóvel. O material sugere que Lindemberg atirou em Eloá após a incursão dos policiais.

Entre as reportagens jornalísticas apresentadas pela advogada Ana Lúcia Assad, que representa Lindemberg, há entrevistas do réu logo após a prisão, em imagens divulgadas por uma emissora de TV, na qual ele diz que “gostaria de voltar o tempo”. Há também entrevistas com Nayara Rodrigues da Silva, mantida refém e baleada por Lindemberg, na qual diz que só efetuou os disparos após a entrada da PM no apartamento.

A promotora Daniela Hashimoto também exibiu um vídeo retratando o comportamento agressivo de Lindemberg Alves.

Testemunhas
A mãe de Eloá Cristina Pimentel, Ana Cristina Pimentel, e o irmão mais novo da jovem de 15 anos morta em 2008 irão depor como testemunhas de defesa no julgamento. Eles substituem duas testemunhas convocadas pela advogada do acusado e que não apareceram no júri – no total, quatro dos convocados faltaram.

A pedido da advogada Ana Lúcia Assad, a mãe de Eloá substituiu uma jornalista e o irmão entra no lugar do perito Nelson Gonçalves, que fez os laudos do caso pelo Instituto de Criminalística (IC). O pedido para a mãe da jovem ser testemunha seria uma estratégia da defesa para tirá-la do plenário e evitar manifestações de emoção que poderiam influenciar a decisão dos sete jurados – seis homens e uma mulher.

Início do júri
O julgamento de Lindemberg Alves Fernandes começou por volta 10h50 desta segunda-feira.

O júri presidido pela juíza Milena Dias ocorre mais de três anos após um dos sequestros mais longos do país - cerca de cem horas - acompanhado ao vivo pela TV, que terminou com a morte da estudante, com 15 anos à época.

O réu chegou algemado, mas ficou definido que ele não usará algemas durante o julgamento.

Relembre o caso
Conforme denúncia do Ministério Público, movido por ciúmes de Eloá porque a ex não queria mais reatar o romance de três anos, o então auxiliar de produção Lindemberg, com 22 anos na época, invadiu armado o apartamento em que a estudante morava com os pais em Santo André no dia 13 de outubro de 2008.

Lá, Lindemberg manteve Eloá e outros três colegas de escola dela como reféns - Nayara, Iago e Victor Campos. Depois, os dois meninos foram libertados.

Após cem horas de cárcere privado, a polícia invadiu o apartamento. Durante a confusão, Lindemberg atirou na cabeça de Eloá e na de Nayara. Eloá foi atingida por dois disparos e teve morte cerebral no dia 18 de outubro. Alguns dos órgãos de Eloá foram doados. Nayara foi baleada no rosto, mas sobreviveu.

Doze crimes
Lindemberg responde por 12 crimes. Além da morte de Eloá, são duas tentativas de homicídio (contra Nayara e o sargento Atos Antonio Valeriano, que escapou do tiro); cárcere privado (de Eloá, Victor, Iago e duas vezes de Nayara) e disparo de arma de fogo (foram quatro).

Segundo o Ministério Público, se Lindemberg for condenado por todos os crimes atribuídos a ele, a pena mínima poderá ser de 50 anos e a máxima de 100 anos de reclusão. Pela legislação do país, no entanto, ninguém pode ficar preso a mais de 30 anos.

O julgamento de Lindemberg deve durar três dias, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).


Lindemberg chega a Fórum de Santo André para julgamento (Postado por Erick Oliveira)

Lindemberg Alves, acusado da morte da adolescente Eloá Pimentel em 2008, chegou por volta das 8h10 desta segunda-feira (13) ao Fórum de Santo André, no ABC, onde será julgado. O julgamento está previsto para começar às 9h. Lindemberg saiu pouco antes das 6h30 da Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo, onde está preso.
A advogada de Lindemberg disse que seu cliente falará pela primeira vez sobre o caso no julgamento. O acusado se manteve em silêncio em todas as vezes que foi chamado a prestar depoimento. No julgamento, ele também poderia ficar calado.
“Ele vai falar, ele vai dar a versão dele do que aconteceu”, afirmou Ana Lúcia Assad, que disse que novas provas podem mudar os rumos do processo. “Toda história tem no mínimo duas versões", disse a advogada. Ela afirma que juntou novas provas ao processo, mas não as revela. Questionada se as provas mudam a versão sobre o caso, ela respondeu: "Digamos que parcialmente sim." A advogada chegou ao Fórum pouco depois de seu cliente, e não falou com os jornalistas.
Lindemberg deixou, por volta das 6h20, o presídio de Tremembé 2, em direção ao Fórum de Santo André. O veículo em que ele estava foi escoltado por seis policiais que seguem em dois carros da Polícia Militar.  
Pouco depois da chegada de Lindemberg, também chegaram ao fórum uma das testemunhas de acusação, Iago Vilera, que estava no apartamento de Eloá quando o acusado chegou e foi feito refém por algumas horas. Ele não falou com a imprensa.

Além desse crime, o réu responde por duas tentativas de homicídio (contra Nayara Rodrigues da Silva, baleada no rosto, e o sargento da Polícia Militar Atos Antonio Valeriano, que escapou de um tiro); cárcere privado (de Eloá, Victor Lopes de Campos, Iago Vilera de Oliveira e duas vezes de Nayara) e disparo de arma de fogo (foram quatro) praticados entre os dias 13 e 17 de outubro de 2008 dentro do apartamento onde Eloá morava, no segundo andar de um bloco da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no Jardim Santo André.
No presídio, que fica a cerca de 140 km da capital, Lindemberg trabalha para uma fábrica que produz peças para boxes de banheiro. Ele participa de grupos de oração e costuma ler bastante. Na madrugada, algumas pessoas já aguardavam na frente ao Fórum para assistir ao julgamento. Cerca de 170 senhas serão distribuídas para o público.
O julgamento de Lindemberg está marcado para iniciar às 9h e deve durar três dias, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Ao todo, foram arroladas 19 testemunhas para prestarem depoimentos, que poderão ser gravados pela Justiça. Pela lei, as testemunhas que moram fora de Santo André não precisam comparecer. Mais de 180 pessoas deverão assistir ao júri na plateia, entre parentes do réu, familiares das vítimas, público interessado que adquiriu senhas, membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), estudantes de direito, magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e jornalistas (serão cerca de 50 profissionais). A segurança em torno do fórum será reforçada pela PM para garantir a integridade física das pessoas que participarão do júri. Estão sendo aguardados eventuais protestos do lado de fora do prédio.
Depois será feito o interrogatório de Lindemberg, que está preso preventivamente na Penitenciária de Tremembé, no interior de SP, à espera do júri. Quando foi preso pela PM, ele nunca falou oficialmente sobre o desfecho do sequestro na delegacia, na reconstituição e na audiência de instrução na Justiça. Terá de comparecer agora ao fórum, mas tem o direito continuar em silêncio se quiser e não responder a nenhuma pergunta.
Sete jurados vão votar secretamente e decidir se o acusado é culpado ou inocente. Em seguida, a juíza Milena Dias, que presidirá o júri, contará os votos e dará a sentença de condenação ou absolvição do réu. Segundo o Ministério Público, responsável pela denúncia, se Lindemberg for condenado por todos os crimes atribuídos a ele, a pena mínima poderá ser de 50 anos e a máxima de 100 anos de reclusão. Pela legislação do país, no entanto, ninguém pode ficar preso a mais de 30 anos.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Júri faz Nayara adiar cirurgia em dano provocado por tiro, diz advogado (Postado por Lucas Pinheiro)

O julgamento de Lindemberg Fernandes Alves, marcado para segunda-feira (13) em Santo André, fez Nayara Rodrigues, de 18 anos, adiar uma cirurgia para reparar um dano que tem no maxilar provocado pelo tiro que levou de Lindemberg em 2008. A informação é do advogado dela, Marcelo Augusto de Oliveira.

Lindemberg irá a júri acusado de ter atirado contra Nayara e matado a amiga dela, Eloá Cristina Pimentel, dentro de um apartamento em Santo André após manter as jovens por mais de 100 horas como reféns. Os disparos ocorreram quando a polícia invadiu o apartamento.

“O que ocorreu ainda traz graves consequências negativas para a vida da Nayara, ela teve que mudar de escola e é abordada seguidamente na rua. Ela iria fazer uma cirurgia para correção de um dano no maxilar neste mês, mas resolveu adiar por conta do julgamento. Ficou com medo de marcar uma data muito próxima e não poder ir, pois ela é intimada a comparecer no júri”, disse Oliveira ao G1.

Segundo ele, a família optou há alguns anos em não deixar Nayara dar entrevistas. “Ela ainda tenta se recuperar, pois é impossível não lembrar do que ocorreu. Jamais vai conseguir apagar as lembranças e ainda tem contato com a mãe da Eloá”, diz Oliveira, que trabalhará ao lado da promotora Daniela Hashimoto como assistente de acusação no júri.

Pelo menos 15 testemunhas foram convocadas para prestar depoimento, entre policiais, jornalistas e amigos das vítimas, além de Nayara. A previsão é de que o júri que decidirá se o réu - que está preso desde o dia do crime - continuará atrás das grades, dure dois dias.

Jovem namora e trabalha
“A Nayara tenta retomar a vida normal agora, está trabalhando em uma loja no ABC e mora próximo ao local da tragédia, o Jardim Santo André. Ela ainda tem amigos lá. Como fez 18 anos em 2011, começou a fazer um curso técnico e profissionalizante de logística e está namorando”, afirma o advogado.

“Estamos tentando evitar a exposição dela nestes dias para evitar lembranças e a tristeza. Ela está em repouso, com a família, pois a exposição na mídia naqueles dias só trouxeram consequências ruins e prejuízos para ela”, acredita Oliveira.

O caso
Armado com um revólver calibre 22,ele invadiu o apartamento em que morava a ex-namorada no Jardim Santo André, um conjunto habitacional na periferia da cidade, na tarde de uma segunda-feira, dia 13 de outubro de 2008. Além da ex e de Nayara, outros três amigos das garotas que faziam trabalhos escolares foram mantidos reféns. A intenção do jovem era fazer com que Eloá retomasse o namoro, rompido dias antes.

Os garotos e Nayara foram libertados durante as negociações com o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar, mas como Lindemberg continuava irredutível em libertar Eloá, Nayara, que era amiga dos dois, foi chamada para ajudar nas conversas.

Ela acabou voltando ao apartamento, sendo mantida novamente refém e alvejada por um tiro pelo criminoso quando a polícia invadiu o local após quase 100 horas de negociação, na sexta-feira, 17 de novembro de 2008.

Além do assassinato de Eloá, Lindemberg é acusado de tentar matar Nayara e um policial militar que tentava negociar a rendição dele e a soltura dos reféns. O réu também responde pelo crime de cárcere privado das amigas e dos dois colegas de escola de Eloá. Ainda sofre acusação de ter feito disparos de arma de fogo.

Por decisão da Justiça, Lindemberg foi preso preventivamente desde o término do sequestro das vítimas. Ele segue detido na Penitenciária de Tremembé, no interior do estado de São Paulo. Lindemberg, que nunca falou à Justiça sobre o caso para se defender, será interrogado durante o júri e, caso queira, poderá ficar em silêncio. A linha de defesa do réu no julgamento poderá ser a de que a invasão da PM ao apartamento provocou a morte de Eloá.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Polícia apreende carne e aves em abatedouro clandestino em Campinas (Postado por Lucas Pinheiro)

A Polícia Civil encontrou na manhã desta quinta-feira (9) um abatedouro clandestino de animais que funcionava nos fundos de uma loja de produtos agropecuários no Jardim Uruguai, em Campinas, no interior de São Paulo. No local estavam porcos e galinhas mortos, além de animais doentes. No terreno foram encontrados ainda cães e gatos com sinais de maus-tratos. Pássaros em extinção, como o azulão, também foram apreendidos.

As investigações começaram após denúncias feitas à Delegacia de Defesa dos Animais e do Meio Ambiente. O proprietário não foi encontrado pela polícia, mas dois funcionários confirmaram que animais eram abatidos no local, de acordo com a delegada Rosana Vescovi Mortari. Os homens foram levados para a delegacia, onde serão autuados em flagrante pelos crimes ambientais e de maus-tratos.

Um cliente também confirmou que comprava carnes no lugar. A Polícia Civil encontrou um freezer onde eram armazenados os produtos.

A Vigilância Sanitária vai avaliar se o local será lacrado. Segundo a delegada Rosana, o proprietário não tinha alvará para funcionar como abatedouro.

Os animais apreendidos foram levados para recuperação em um local não divulgado pela polícia.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Filho mata pais a facadas e bate o carro após crime, diz polícia (Postado por Lucas Pinheiro)

Um casal foi morto a facadas em um complexo de edifícios na Rua Venâncio Aires, em Cumbica, Guarulhos, na Grande São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (8). Segundo a Polícia Militar, o suspeito pelo crime é o filho do casal.

Ainda de acordo com a PM, o rapaz esfaqueou os pais e avisou o porteiro do prédio que havia cometido o crime. O rapaz fugiu no carro da família. Durante a fuga, sofreu acidente de trânsito e foi resgatado com escoriações, segundo a PM, na Estrada Velha de São Miguel Paulista, em Guarulhos.

O suspeito foi socorrido para o Hospital Geral de Guarulhos. Até as 13h desta quarta, não havia informações sobre seu estado de saúde. O caso foi encaminhado para o 8° Distrito Policial da cidade, no Jardim Cumbica.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Tia vai a IML liberar corpo de criança morta em desabamento no ABC (Postado por Lucas Pinheiro)

Uma tia materna e amigos da família de Julia Moraes, de 3 anos, morta na segunda-feira (6) no desabamento parcial de um prédio em São Bernardo do Campo, no ABC, estiveram na manhã desta terça no Instituto Médico-Legal (IML) para liberar o corpo da criança. Seis pessoas ficaram feridas e os bombeiros ainda procuravam por uma mulher desaparecida até as 10h30 desta terça.

Muito emocionada, a tia materna, que não quis informar seu nome, disse apenas que a sobrinha faria 4 anos no próximo dia 19. “Soube por telefone [do acidente]. Minha irmã me ligou e pediu para eu ficar com ela.”

Um amigo da família disse que todos “ainda estão sem entender o que aconteceu”. “Eu só posso dizer uma coisa: era uma menina muito doce. Se estivesse aqui, já estaria fazendo amizade com você”, declarou um rapaz que se identificou apenas como Rodrigo. O grupo não informou onde será o enterro. Até às 10h30, o serviço funerário ainda não tinha retirado o corpo da criança.

Ainda de acordo com os familiares, os pais da criança estavam com ela no momento do acidente. O pai ficou ferido e seguia internado nesta manhã. A mãe teve ferimentos leves.

Bombeiros retiram escombros de prédio que desabou no ABC (Postado por Erick Oliveira)

O Corpo de Bombeiros trabalha desde a noite desta segunda-feira (6) na retirada dos escombros do prédio que desabou parcialmente no Centro de São Bernardo do Campo, no ABC. Uma criança morreu e uma jovem está desaparecida. Outras seis pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas a hospitais da região, segundo os bombeiros. Por volta das 5h50 desta terça-feira (7), 40 homens permaneciam no local, e 20 caminhões cheios de entulho já haviam sido retirados.
O acidente ocorreu por volta de 19h30. Após o estrondo, lajes do prédio de 13 andares, que fica no Centro da cidade, em frente à sede da Prefeitura, desabaram. Por dentro, o edifício ficou parcialmente destruído. Ainda há risco de desabamento.
No momento do acidente, um carro da PM estava nas proximidades quando ouviu um barulho muito forte, parecido com o de uma explosão – eram as lajes caindo.
O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, esteve no local e, de acordo com as primeiras informações, disse que não havia nenhuma irregularidade no prédio. Havia uma reforma em um dos andares, mas isso não teria relação com o acidente.
Desde as 22h30, 40 homens de 25 equipes dos bombeiros tentam localizar outras possíveis vítimas entre os escombros. "Provavelmente o serviço (de retirada de escombros) vai perdurar durante dias. A grande quantidade de escombros leva a equipe a fazer trabalho manual", afirmou Rensi. "Se isso tivesse acontecido na hora do almoço, poderíamos ter aí uma grande tragédia", acrescentou.
O analista de sistemas Marcel Cunha fez um vídeo momentos após a explosão e enviou ao VC no G1 SP (veja acima). Ele disse que o acidente ocorreu na lanchonete que fica no térreo e que logo depois uma nuvem de poeira levantou.
O prédio fica no número 30 da Avenida Índico, próximo ao Paço Municipal. Vias no entorno tiveram de ser interditadas para os trabalhos da corporação.
Segundo o tenente-coronel Rensi, o edifício tem 13 andares mais o subsolo. Ele acrescentou que houve um desabamento parcial em todos os andares e não descartou a hipótese de que o prédio possa desabar.
As causas dos desabamentos ainda não são conhecidas. "A causa será investigada após a conclusão do trabalho dos bombeiros", disse Rensi.
Segundo o administrador do prédio, Wilson Antônio Marchiori, o edifício não tem gás encanado nem botijão de gás. Todos os alvarás do prédio estão em dia, inclusive os laudos de estabilidade. “O único lugar onde tinha gás era na lanchonete, embaixo. Entreguei os alvarás aos bombeiros.”
Segundo os bombeiros, não havia fogo no local. Também não havia informações sobre o que provocou a explosão, que destruiu parte da fachada do prédio e espalhou destroços pela via.
“Havia uma equipe da Polícia Militar fazendo o patrulhamento na área. De repente, um dos policiais ouviu uma grande explosão e eles viram uma nuvem de poeira saindo do prédio. Um dos policiais esperou e entrou no prédio. Ele encontrou um homem que estava ferido na cabeça. Não sabemos a gravidade ”, disse o coronel José Belantoni, sobre uma das vítimas, que foi levada para o Pronto-Socorro de São Bernardo do Campo.