sábado, 29 de março de 2014

Cantareira e Alto Tietê atingem recorde negativo

Redação SRZD

Os reservatórios do Sistema Cantareira atingiu mais um recorde negativo de volume acumulado. Pela primeira vez na história, o índice ficou abaixo de 14%, com 13,8%. O número é 0,2% menor do que o registrado na quinta-feira (27). O Sistema Alto Tietê também apresentou recorde. 
Sistema Cantareira. Foto: Divulgação
De acordo com Kleber Souza, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (InMet), a expectativa é de que chova pouco no estado de São Paulo.
"A tendência é de redução das chuvas. O que tinha que chover, não choveu no verão. Agora é uma estação de transição, ainda chove um pouco, mas a tendência é de redução", disse.
O Sistema Alto Tietê atingiu o nível mais baixo dos últimos dez anos, com 37,6%, uma redução de 11,3%. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a redução acontece porque as represas da região têm abastecido a Zona Leste da capital, que era atendida pelo Sistema Cantareira.

domingo, 23 de março de 2014

Maior crise hídrica de São Paulo expõe lentidão do governo e sistema frágil

Atualizado em  22 de março, 2014 - 10:11 (Brasília) 13:11 GMT
Sistema Cantareira (Reuters)
Não só o verão seco e de calor intenso explica a crise; Faltou ação do governo, diz o Ministério Público

No dia 1º de fevereiro, 8,8 milhões de paulistanos foram surpreendidos por uma novidade: se consumissem 20% menos água, ganhariam desconto de 30% na conta seguinte. O bônus faz parte das medidas emergenciais adotadas pelo governo do Estado durante a pior crise hídrica vivida por São Paulo na sua história recente. A princípio, o bônus valeria até setembro, mas, em março, foi estendido até o fim do ano. O significado da prorrogação é claro: o problema é grave e não há previsão de quando será resolvido – e a situação pode piorar.
Após o verão mais quente e seco em sete décadas, o nível do principal conjunto de reservatórios da região metropolitana, o Sistema Cantareira, chegou a 14,6% na última sexta-feira, o mais baixo desde que foi criado, em 1974. O comitê anticrise, formado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), estima que o Cantareira se esgotará pela primeira vez em junho, se nada for feito.


O governo de São Paulo aponta como razão o clima. "Com mudanças climáticas, tem ano em que chove demais e, em outros, de menos", afirmou o governador Geraldo Alckmin em entrevista à rádio Bandeirantes. "É uma situação excepcional."
Mas a situação não é tão incomum. Maria Assunção Silva Dias, pesquisadora de Ciências Atmosféricas da USP, diz à BBC Brasil que São Paulo já viveu períodos graves de escassez. “Não é nem preciso falar em mudanças climáticas. Existe a variabilidade normal do clima", afirma Dias. "Desde 1930, tivemos vários anos de precipitação bem abaixo da média, alguns deles seguidos. Se aconteceu no passado, pode acontecer de novo. Não é surpresa."
Entre 2009 e 2013, São Paulo viveu a situação contrária, com chuvas até 30% acima da média. Era natural, diz a especialista, que em seguida viesse um período de seca. "Tinha-se a ideia de que havia autossuficiência de água em São Paulo, mas não é verdade”, afirma Dias. “A crise expôs a fragilidade do sistema, que opera no limite. Bastaram três meses de pouca chuva para ver que ele não se sustenta."

Dependência

A permissão para que a Sabesp retire água do Cantareira foi renovada há dez anos, quando o atual governador Alckmin ocupava o mesmo cargo. Na época, já se previa no contrato de outorga buscar formas de reduzir a dependência da região da capital, que é abastecida por outros três sistemas – o Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Claro -, em relação ao Cantareira.


Um dos reservatórios do sistema Cantareira
Ministério Público de SP avalia que estado continua a retirar a mesma quaintdade de água que há dez anos
Na avaliação do Ministério Público do Estado (MPE), o governo não cumpriu essa exigência. "São Paulo continua a retirar a mesma quantidade de água do que há dez anos e pede ainda mais na nova permissão, que será conferida em agosto", diz a promotora Alexandra Faccioli. "Estamos passando por esta situação porque o planejamento falhou. Não foi feito o que era necessário."
O secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni, diz que medidas importantes foram tomadas, como a redução do desperdício de água no sistema de transmissão de 30,7%, em 2011, para 25,7% em 2013. Ainda assim, hoje um quarto da água tratada se perde em algum lugar do caminho entre a represa e a torneira.
O governo passou a captar mais água da bacia do Alto Tietê: de 10 mil litros por segundo para 15 mil litros por segundo. Também começou as obras para usar mais 4,7 mil litros por segundo do Vale do Ribeira, no interior do estado, com a construção do sistema São Lourenço. O início das operações era previsto para 2016, mas foi revisto para 2018. "Sem essas ações estaria faltando água", diz Giriboni. "A falta de chuvas complica."

Abaixo do normal

Não se pode, de fato, desconsiderar a questão climática entre os motivos desse momento crítico. O último verão foi o mais quente desde 1943, quando começaram as medições. A temperatura média, de 31,3°C, ficou 3°C acima do que no verão passado. Tudo graças a uma zona de alta pressão do Oceano Atlântico, que ficou parada sobre a região Sudeste por semanas e afastou as frentes frias e as chuvas.
O alerta soou em dezembro, quando choveu 72% abaixo do normal. Em janeiro e fevereiro, a média foi 66% e 64% menor, respectivamente. É a estiagem mais intensa nos registros de chuvas feitos desde 1930.
A pior marca anterior, de 61%, havia ocorrido em janeiro de 1953. Mas, na época, havia dez vezes menos pessoas vivendo na grande São Paulo, que conta com aproximadamente 20 milhões de habitantes atualmente.
"O crescimento urbano acelerado aumentou a demanda de forma desorganizada. Com isso, o sistema ruiu”, diz Mario Mendiondo, professor do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), à BBC Brasil. "É a crise mais impactante dos últimos 80 anos."

Alerta

No entanto, o governo estadual já havia sido alertado da fragilidade do sistema em 2009, durante a administração de José Serra, que é do mesmo partido do atual governador Geraldo Alckmin, o PSDB. Um documento produzido pela Fundação de Apoio à USP, o relatório final do Plano da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, destacava que o Cantareira tinha um “déficit de grande magnitude” e aconselhava que medidas fossem tomadas para evitar seu colapso.
O Ministério Público questiona ainda a ação do governo durante a crise. Em 3 de fevereiro, o MPE e o Ministério Público Federal enviaram um documento ao governo recomendando que a quantidade de água enviada a São Paulo fosse reduzida.
A Sabesp tem direito a usar 24,8 mil litros por segundo do sistema Cantareira. Com a seca, vinha usando 33 mil litros. Fazia isso porque tinha direito a um excedente previsto nas regras. Se em um ano chove bastante e não se usa toda a água, ela é contabilizada como economia e pode ser distribuída à população depois.
A redução acabou sendo realizada, um mês depois – primeiro para 31 mil litros e, agora, para 27,9 mil litros por segundo. "Cumprimos as determinações dos órgãos reguladores", diz o secretário Giriboni. "A situação é avaliada mensalmente, e havia em fevereiro uma possibilidade estatística de que chovesse bastante. Só que não choveu."

Risco

Manter o volume retirado evitou que as torneiras secassem, mas acelerou o esvaziamento do Cantareira. "Respeitar o limite da permissão implicaria em racionamento, medida que já deveria ter sido adotada. Mas há uma resistência grande em fazer isso porque não parece ser conveniente no momento", diz Faccioli, do MPE. "Colocou-se o sistema em risco. Precisamos de medidas de longo prazo e não imediatistas."
Para evitar o racionamento, o governo estadual iniciou obras avaliadas em R$ 80 milhões nas represas de Jaguari e Jacareí, no município de Joanópolis, e de Atibainha, em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. Isso permitirá retirar a água que fica no fundo, além do alcance do atual sistema de captação. Esse recurso nunca havia sido usado.O chamado volume morto é de cerca de 400 bilhões de litros. A previsão é usar metade.
Ainda foram redirecionadas águas das Bacias do Tietê e Guarapiranga para atender 3 milhões de pessoas. A exigência de consumo mínimo de água foi suspenso. A empresa ModClima foi contratada por R$ 4,5 milhões para produzir chuva artificial sobre os reservatórios. E houve um corte de 15% da quantidade de água vendida para as cidades de São Caetano e Guarulhos – esta última aplicou um sistema de racionamento para compensar a perda.

Dois novos 'Cantareiras'

Mas, segundo cálculos do próprio governo em um estudo elaborado ao longo de mais de cinco anos - e apresentado neste mês -, São Paulo necessita dois novos sistemas equivalentes ao Cantareira nos próximos 20 anos para evitar o desabastecimento. O investimento é de, no mínimo, R$ 4 bilhões.
Duas barragens na região das bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí já começaram a serem construídas. Quando estiverem prontas, em 2018, gerarão 7 mil litros por segundo. O estado ainda tenta obter junto ao governo federal autorização para ligar o Cantareira à Represa Jaguari, em Igaratá, por meio de canais e bombas. Avaliada em R$ 500 milhões, a ligação levaria mais 5,1 mil litros por segundo ao Cantareira a partir do segundo semestre de 2015.
Esta represa recebe água do Rio Paraíba do Sul, que abastece 184 cidades em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Governo e prefeituras fluminenses resistem à proposta. "Meus técnicos adiantaram que é uma possibilidade remota, eu diria inviável, porque ela implica atrapalhar o abastecimento da população do Rio", disse o governador Sérgio Cabral, em sua conta no Twitter. "Isso não será tolerado."

Peso eleitoral

A questão começa também a ganhar peso eleitoral. Na sexta-feira, dois pré-candidatos ao governo estadual, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha e o presidente da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, criticaram o governo Alckmin.
"Se uma obra pode resolver o problema em um ano, por que não foi anunciada antes?", questionou Skaf em um congresso no interior do estado. Padilha fez coro em um artigo: "Soluções permanentes levam quatro anos (para ficar prontas). Resta torcer para que chova".
As perspectivas não são animadoras. Apesar de em março ter chovido acima da média, não foi suficiente para reverter a situação do Cantareira. Segundo um estudo do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), a cabeceira do sistema precisa receber ao menos três vezes mais chuvas do que o normal para elevá-lo a níveis mínimos.
Com o início do outono, na última sexta-feira, a expectativa é de boa quantidade de chuvas entre abril e maio, mas a tendência é que a escassez volte dali em diante com o tempo seco do inverno. "Dificilmente vamos sair dessa situação crítica até a próxima temporada de chuvas, no fim do ano", afirma Dias, da USP. Enquanto isso, é melhor economizar água.

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terça-feira, 11 de março de 2014

Dilma, Alckmin e Haddad lançam campanha de vacinação contra HPV em SP
 
Cármen Guaresemin
Do UOL, em São Paulo

Veja destaques do UOL Saúde (2014)51 fotos

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A presidente Dilma Rousseff participou, nesta segunda-feira (10), do lançamento da campanha de vacinação contra o HPV em meninas de 11 a 13 anos, em São Paulo. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas nessa faixa-etária. Na imagem, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, vacina uma menina enquanto é observado pela presidente e pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin Murillo Constantino/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
A presidente Dilma Rousseff participou, nesta segunda-feira (10), do lançamento da campanha de vacinação contra o HPV em meninas de 11 a 13 anos, em São Paulo, em uma cerimônia que reuniu o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin e o prefeito da capital Fernando Haddad, entre outras autoridades.
"Com essa medida, estamos garantindo que as mulheres desse país sejam saudáveis", disse a presidente. Ao abrir o discurso, Dilma fez um agradecimento especial ao médico que é responsável pelas vacinas dela - o infectologista David Uip, secretário de Saúde do governo Alckmin, também presente no evento. 
Na cerimônia, realizada em um CEU (Centro de Estudo Unificado) no bairro do Butantã, a primeira dose da vacina foi aplicada pelo ministro da Saúde e a segunda, pelo governador de São Paulo, já que ambos são médicos. "Eu e o governador somos de partidos diferentes, mas nem por isso deixamos de fazer uma parceria que envolve os interesses da população de São Paulo", comentou Dilma.
A presidente não participava do lançamento de uma campanha de vacinação desde 2011, quando o alvo foi a gripe.
O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto. No ano passado, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), 4.800 brasileiras morreram de câncer de colo de útero, como fez questão de frisar Chioro. 
A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas nessa faixa-etária. Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas que completam nove anos. Nas aldeias indígenas, a vacinação para meninas de 9 e 10 anos já começou este ano. 
Para garantir maior cobertura, a pasta recomendou aos municípíos que a primeira dose (de um total de três) fosse aplicada nas escolas públicas e privadas que aderiram à estratégia, já que meninas dessa faixa etária não costumam frequentar postos de saúde. 
Mas a vacina – que passa a integrar o calendário nacional - também estará disponível nas 36 mil salas de vacinação da rede pública de saúde durante todo o ano. A segunda dose será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.
As instituições de ensino que farão a vacinação devem informar, com antecedência, aos pais ou responsáveis a data de vacinação. Tanto no ambiente escolar como nos postos de saúde, a vacina será aplicada por profissionais de saúde. Os pais ou responsáveis que não quiserem que a adolescente seja vacinada deverão preencher e enviar à escola o termo de recusa distribuído pela instituição de ensino antes da vacinação.
No caso das unidades de saúde, é importante que a adolescente apresente a caderneta de vacinação. Para assegurar a aplicação das três doses, o serviço de saúde vai registrar cada adolescente imunizada, monitorar a cobertura vacinal e realizar, se necessário, a busca ativa das meninas.
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Veja destaques do UOL Saúde (2014)51 fotos

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10.mar.2014 - Cartaz da campanha publicitária que começou a ser veiculada no dia 8 para orientar a população sobre a importância da prevenção contra o HPV. A vacinação de meninas de 11 a 13 anos começou nesta segunda-feira, em escolas e nos postos de saúde. A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de meninas nessa faixa-etária. A segunda dose será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose Leia mais Divulgação
Quatro subtipos
O esquema adotado pelo Ministério da Saúde, chamado de "estendido" e composto por três doses, é recomendado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e utilizado em países como Canadá, México, Colômbia e Suíça.

Ministro da Saúde fala sobre a vacinação contra o HPV

A vacina utilizada é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, dos quais dois (subtipos 16 e 18) são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. Usada como estratégia de saúde pública em 51 países, a quadrivalente é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem eficácia de 98% contra o vírus HPV.
O ministério ressalta que a vacinação não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

@saúde com Jairo Bouer: especialista tira dúvidas sobre a vacina 

Campanha
O Ministério da Saúde iniciou, neste sábado (8), veiculação da campanha publicitária para orientar a população sobre a importância da prevenção contra o câncer do colo de útero em TV, rádios e jornais. Com o tema "Cada menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção", as peças convocam as adolescentes para se vacinar e alertam as mulheres sobre a prevenção.
As informações são veiculadas por meio de cartazes, spot de rádio, filme para TV, anúncio em revistas, outdoors e campanhas na internet, especialmente nas redes sociais. O investimento do Ministério da Saúde na campanha publicitária é de R$ 20 milhões.
Produção
Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Instituto Butantan e o laboratório privado Merck Sharp & Dohme (MSD). Será investido R$ 1,1 bilhão na compra de 41 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. A PDP possibilitou uma economia estimada de R$ 83,5 milhões na compra da vacina em 2014. O Ministério da Saúde pagará R$ 31,02 por dose, o menor preço já praticado no mercado.
Sobre o HPV
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relações sexuais. Por tratar-se de um vírus que se transmite com muita facilidade, considera-se que o HPV seja a infecção sexualmente transmitida mais comum no mundo, com quase todas as pessoas sexualmente ativas tendo contato com o vírus em algum momento da sua vida.
Na grande maioria, o HPV cura-se espontaneamente, mas em algumas mulheres eles produzem lesões que podem desencadear o câncer de colo do útero. O HPV também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos nesse ano.
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Conheça alguns mitos e verdades sobre as DSTs25 fotos

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HPV pode causar câncer de garganta. VERDADE: o papilomavírus pode ser transmitido através do sexo oral e pode levar ao desenvolvimento do câncer de garganta. Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, e divulgada este ano, apontou que o vírus HPV atualmente é a principal causa do câncer de garganta. De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), há um tipo viral oncogênico (com potencial para causar câncer) do HPV que pode causar lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. Mas já existe vacina contra alguns tipos de HPV, que passará a ser oferecida gratuitamente pelo SUS no ano que vem Leia mais Thinkstock

Últimas de Saúde

sexta-feira, 7 de março de 2014

E se faltar água em SP? :
Como se temia entre os tucanos paulistas e se previa entre os técnicos, São Paulo vive o momento mais próximo de um racionamento de água; sistema Cantareira, que também abastece Campinas, desce ao menor nível histórico; chuvas esperadas para o Carnaval não chegaram; governador Geraldo Alckmin investe nos descontos nas contas de poupadores e em campanhas contra o desperdício; mas a questão para ele é: será o suficiente para evitar o fechamento das torneiras e o consequente desgaste político?; adversários Paulo Skaf (PMDB), Gilberto Kassab (PSD) e Alexandre Padilha (PT) não têm motivos políticos para rezar a São Pedro por chuvas

7 de Março de 2014 às 20:10

terça-feira, 4 de março de 2014

Mocidade Alegre

 

 

é tricampeã em SP

 

Escola venceu com enredo sobre a fé, e bateria se ajoelhou na avenida.
Segundo lugar ficou com a Rosas de Ouro pelo terceiro ano seguido.

 
G1
 
Se o vídeo não abrir, CLIQUE: 
Fotos do desfile da Mocidade Alegre (Foto: Editoria de Arte/G1)




http://g1.globo.com/sao-paulo/carnaval/2014/noticia/2014/03/mocidade-alegre-e-tricampea-em-sp.html


A Mocidade Alegre é tricampeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo. O título foi garantido na tarde desta terça-feira (4), com a apuração das notas. É o segundo tricampeonato da história da escola -- o outro tinha sido entre 1971 e 1973 --, que agora soma dez títulos do carnaval paulistano.
A disputa foi décimo a décimo até a leitura das notas do antepenúltimo quesito – evolução. Neste critério, a avaliação dos juízes foi bastante rigorosa, mas a Mocidade não perdeu pontos, deixando as principais concorrentes para trás. Depois disso, as notas máximas garantidas nos últimos quesitos – alegoria e harmonia – só confirmaram o tricampeonato, com 269,7 pontos. Aliás, por falar em tri, a vice-campeã também foi a mesma dos dois últimos anos: a Rosas de Ouro.
A tradicional escola da Zona Norte foi a terceira a desfilar na madrugada de sábado (1º) para domingo, no segundo dia de apresentações no Anhembi. Ela entrou logo depois da Gaviões da Fiel, que dominava a arquibancada, e mesmo assim conseguiu causar grande impacto com o enredo "Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar".
Assinado pelos carnavalescos Sidnei França e Márcio Gonçalves, o desfile encantou o público ao falar sobre as diferentes maneiras de vivenciar a fé (veja mais de 40 fotos do desfile da Mocidade Alegre).
Mergulhando na religiosidade de várias partes do mundo, a escola vestiu várias de suas alas com elementos de religiões como o judaísmo, o candomblé, o islamismo, o espiritismo e crenças indígenas como a pajelança cabocla, as benzedeiras e os curandeiros. "Oh pai, conduz teus fiéis a buscar / na eternidade encontrar, a salvação", diz um do versos do samba-enredo da Mocidade. A superstição também foi levada à avenida, com componentes fantasiados de gato preto, horóscopo e numerologia. "Arruda pra benzer / ervas pra curar / tem reza forte da maria benzedeira", cantaram os 3.500 integrantes no refrão.
Diretores da Mocidade Alegre vibram no momento em que souberam que se tornaram tricampeões do carnaval de SP (Foto: Caio Kenji/G1)Diretores da Mocidade Alegre vibram no momento
do anúncio das últimas notas (Foto: Caio Kenji/G1)
A comissão de frente coreografada pelo estreante Robério Theodoro representou o poder da sedução. Parte dos bailarinos entrou vendada na avenida, indicando que a fé muitas vezes pode ser cega. A evolução foi feita seguindo comandos por voz do coreógrafo.
A coreografia ensaiada foi além da comissão de frente. Em um movimento coordenado e inusitado, todos os integrantes da escola se ajoelharam em plena avenida durante uma das paradas da bateria e comoveram o público que lotou a arquibancada.
Os 240 ritmistas da bateria foram comandados por Marcos Rezende, o Mestre Sombra, que também é vice-presidente da escola. A rainha da bateria foi Aline Oliveira, ex-ritmista da escola, pelo terceiro ano consecutivo.
Integrantes da Mocidade Alegre comemoram tricampeonato na quadra da escola (Foto: G1)Integrantes da Mocidade Alegre comemoram tricampeonato na quadra da escola (Foto: G1)
 
 
O abre-alas trouxe os elementos que representam a fé, e como ela pode levar as pessoas a mudar suas vidas. A segunda alegoria da Mocidade apresentou um templo, a construção elaborada pelos homens desejosos de ter um lugar onde possam professar sua fé. O carro foi montado com objetos de várias religiões, como a Torá e a Bíblia, e os destaques representaram diferentes tipos de sacerdotes e homens de fé.

O terceiro carro foi inspirado no equilíbrio entre o mundo terreno e o resto do universo, no qual se sustentam as crenças. Já a alegoria seguinte, sobre o mercado da fé, mostrou outro lado da religião: a comercialização de produtos religiosos e o proveito que alguns líderes de igrejas tiram da fé alheia, na forma da coleta do dízimo. O último carro alegórico da Mocidade Alegre inspirou o público a buscar, dentro de si, a força da luz interior para conseguir superar as barreiras e obstáculos que a vida apresenta.
Com evolução impecável, a escola viveu momentos de tensão apenas nos últimos segundos do desfile, já que o último carro passou pela linha de chegada poucos segundos antes de estourar o tempo máximo.
Rebaixadas
O quesito evolução também causou uma reviravolta na briga contra o rebaixamento. A Nenê de Vila Matilde vinha em último lugar desde a leitura do primeiro quesito – fantasias –, mas se recuperou na evolução. Leandro de Itaquera e Pérola Negra foram muito mal no quesito e terminaram nas duas últimas posições – rebaixadas ao Grupo de Acesso.
Arte notas carnaval SP 2013 x 2014 (Foto: Arte/G1)





 
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