sábado, 16 de agosto de 2014

Serra tem 33%, Suplicy, 30%, e Kassab, 7%, aponta Datafolha

Margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Candidatos disputam vaga no Senado por São Paulo.

Do G1 São Paulo

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (15) aponta que o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) tem 33% das intenções de voto para o Senado. Na sequência, o petista Eduardo Suplicy (PT) aparece com 30%. Levando-se em conta a margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, há empate técnico entre os dois candidatos.
O ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD) tem 7%. A candidata Ana Luiza (PSTU) tem 3%. Marlene Campos Machado (PTB) tem 2%. Alcançaram 1% de intenção Edmilson Costa (PCB), Fernando Lucas (PRP), Kaka Wera (PV) e Genildo Moreira (PSB). Senador Fláquer (PRTB) e Juraci Garcia (PCO) não atingiram 1%.
Os indecisos somam 9% e os que declaram que vão votar branco ou nulo são 12%. No levantamento anterior, realizado pelo instituto nos dias 15 e 16 de julho, Serra tinha 34% e Suplicy, 29%.
Os indecisos somam 9% e os que declaram que vão votar branco ou nulo são 12%. No levantamento anterior, realizado pelo instituto nos dias 15 e 16 de julho, Serra tinha 34% e Suplicy, 29%. Encomendada pela TV Globo e pelo jornal “Folha de S.Paulo”, a pesquisa é a segunda do Datafolha após o registro das candidaturas.
Veja os números do Datafolha:
José Serra (PSDB) - 33% das intenções de voto
Eduardo Suplicy (PT) - 30%
Gilberto Kassab (PSD) - 7%
Ana Luiza (PSTU) - 3%
Marlene Campos Machado (PTB) - 2%
Edmilson Costa (PCB) - 1%
Fernando Lucas (PRP) - 1%
Kaka Wera (PV) - 1%
Genildo Moreira (PSB) – 1%
Senador Fláquer (PRTB) – 0%
Juraci Garcia (PCO) – 0%
Brancos e nulos - 12%
Não sabe - 9%

A pesquisa foi realizada nos dias 12 e 13 de agosto. Foram entrevistados 2.045 eleitores em 56 municípios do estado. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo Nº SP- 00016/2014 e Nº BR - 00363/2014.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Justiça de SP decide afastar Robson Marinho do TCE

Ex-secretário tucano, Robson Marinho é acusado de ter recebido propina da Alstom

 



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Após seis anos de investigação, a Justiça determinou o afastamento de Robson Marinho do cargo de conselheiro do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) em razão da suspeita de que ele tenha recebido propina da multinacional francesa Alstom.
A juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública da capital, concedeu medida liminar para tirar imediatamente Marinho do posto após o Ministério Público apontar que ele ajudou a Alstom a conseguir um contrato sem licitação com estatais do setor de energia de São Paulo em 1998, no governo de Mário Covas (PSDB).
Marinho é o acusado mais graduado no caso Alstom. Ele foi um dos fundadores do PSDB e foi o principal secretário de Covas de janeiro de 1995 a abril de 1997, ao ocupar a chefia da Casa Civil. Ele deixou o governo para assumir o cargo no TCE.
A defesa de Marinho apresentou manifestação na qual rebate as acusações da Promotoria, mas a magistrada considerou que os argumentos não derrubam as provas vindas da Suíça e da França sobre as movimentações do conselheiro no exterior.
 
PROVAS SUÍÇAS
A Suíça, que investigou a Alstom porque um banco daquele país foi usado para a distribuição do suborno, bloqueou uma conta atribuída a Marinho naquele país. Em julho de 2013, o saldo dela era de US$ 3 milhões (R$ 6,7 milhões, atualmente).
O conselheiro sempre negou ter conta na Suíça e refuta acusação de que tenha beneficiado a Alstom.
A Folha revelou no último dia 16 que Marinho usou empresas em dois paraísos fiscais para tentar ocultar que era o dono dessa conta.
Os suíços enviaram até o cartão com a assinatura de Marinho no dia da abertura da conta, em 10 de março de 1998. A mulher de Marinho também assina o cartão.
Para a juíza, os indícios contra o conselheiro não permitem que ele continue no cargo, cuja função é zelar pelas contas públicas.

Cabe recurso contra a liminar ao Tribunal de Justiça.
Uma das principais provas apresentadas pelo Ministério Público no caso é uma comunicação interna da Alstom obtida por autoridades francesas e suíças e enviada à Promotoria por meio de cooperação jurídica internacional.
O manuscrito com data de outubro de 1997 trata da negociação de um contrato com as estatais Eletropaulo e EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia).
A explicação sobre um dos valores diz o seguinte: "Trata-se da remuneração para o poder político existente. Ela está sendo negociada via um ex-secretário do governador (R.M.)". A partir de depoimentos de ex-diretores da Alstom, a promotoria diz que "R.M." é Robson Marinho.
Segundo papel encontrado por autoridades estrangeiras, a propina serviria para cobrir "as finanças do partido", " o Tribunal de Contas" e "a Secretaria de Energia".
O contrato mencionado na nota foi fechado seis meses depois, em abril de 1998, sem licitação, por R$ 281 milhões, em valores atualizados.
Em janeiro deste ano, a Folha revelou um depoimento de um ex-diretor do grupo Alstom à Justiça da Suíça, no qual ele admitiu que a multinacional pagou propinas a agentes públicos brasileiros.
A soma dos subornos corresponde a 15% do valor do contrato, segundo o executivo, o que equivale a R$ 27,15 milhões, em valor corrente.