CNT/Sensus: Dilma lidera com 51,9% e Serra tem 36,7% (Postado por Erici Oliveira)
A vantagem de Dilma para Serra aumentou de cinco pontos porcentuais da pesquisa anterior para 15,2 pontos agora
AGÊNCIA BRASIL
No levantamento anterior, Dilma Rousseff tinha 46,8% eJosé Serra, 41,8%
São Paulo - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 51,9% das intenções de voto, ante 36,7% de seu adversário, o tucano José Serra, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã.
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A vantagem de Dilma para Serra aumentou de cinco pontos porcentuais da pesquisa anterior, na semana passada, para 15,2 pontos agora. No levantamento anterior, Dilma tinha 46,8% e Serra, 41,8%.
Ao se considerar somente os votos válidos - o que exclui nulos e brancos e se redistribui os indecisos proporcionalmente, Dilma tem 58,6% e Serra, 41,4%. A rejeição à candidata petista caiu de 35,2% da pesquisa anterior para 32,5%. Já a rejeição a Serra subiu de 39,8% para 43%.
O levantamento, com margem de erro de 2,2 pontos porcentuais, foi feito com dois mil eleitores, entre os dias 23 e 25 de outubro, em 136 municípios e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 37609/2010.
Agora, a partir deste Blog, você poderá acessar o site do Jornal "O Estado de São Paulo" e ler as notícias do dia, independentemente de nossas postagens. Basta clicar no LINK que está situado ao lado direito desta página, logo abaixo dos LINKS "Google News" e "edsonpaim.com.br", os quais se clicados, conduzem o leitor às últimas Notícias dos Municípios, dos Estados, do País e do Mundo, publicadas em ambos. CONFIRA!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Países árabes pedem que EUA investiguem denúncias feitas por Wikileaks
Plantão | Publicada em 25/10/2010 às 10h49m
BBC
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Wikileaks sugere que EUA ignoram denúncias de abusos no Iraque
O Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, grupo que inclui seis países árabes, pediu aos Estados Unidos que investiguem detalhes de supostos abusos que teriam sido cometidos contra os direitos humanos no Iraque veiculados no site especializado em vazamento de informações Wikileaks.
Os documentos do site sugerem que as Forças Armadas americanas ignoraram casos de tortura praticada pelas tropas iraquianas, além de se omitir de "centenas" de mortos de civis em postos de controle.
Em um comunicado, o secretário-geral do grupo, Abdulrahman al-Attiyah, disse que os EUA são responsáveis pelas supostas torturas e assassinatos.
O conselho é formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Oman, Catar, Bahrein e Emirados Árabes.
O Pentágono disse que não tem intenção de reinvestigar os abusos.
O material divulgado pelo Wikileaks - considerado o maior vazamento de documentos secretos da história - comprova que os Estados Unidos mantiveram registros de mortes de civis, embora já tenham negado esta prática.
Ao todo, foram divulgados registros de 109 mil mortes, das quais 66.081 teriam sido civis.
No fim de semana, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, acusou o site de tentar sabotar suas chances de reeleição e criticou o que chamou de "interesses políticos por trás da campanha midiática que tenta usar os documentos contra líderes nacionais".
Maliki, representante da etnia xiita, tenta se manter no poder depois das eleições parlamentares ocorridas em março, no qual nenhum partido obteve maioria. As negociações entre as diversas facções para formar uma coalizão prosseguem.
Seus oponentes sunitas dizem que os papeis divulgados pelo Wikileaks destacam a necessidade de estabelecer um governo de coalizão, em vez de concentrar todo o poder nas mãos de al-Maliki.
Tortura
Muitos dos 391.831 relatórios Sigact (abreviação de significant actions, ou ações significativas, em inglês) do Exército americano aparentemente descrevem episódios de tortura de presos iraquianos por autoridades do Iraque.
Em alguns deles, teriam sido usados choques elétricos e furadeiras. Também há relatos de execuções sumárias.
Os documentos indicam que autoridades americanas sabiam que estas práticas vinham acontecendo, mas preferiram não investigar os casos.
O porta-voz do Pentágono Geoff Morrell disse à BBC que, caso abusos de tropas iraquianas fossem testemunhados ou relatados aos americanos, os militares eram instruídos a informar seus comandantes.
Plantão | Publicada em 25/10/2010 às 10h49m
BBC
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Wikileaks sugere que EUA ignoram denúncias de abusos no Iraque
O Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, grupo que inclui seis países árabes, pediu aos Estados Unidos que investiguem detalhes de supostos abusos que teriam sido cometidos contra os direitos humanos no Iraque veiculados no site especializado em vazamento de informações Wikileaks.
Os documentos do site sugerem que as Forças Armadas americanas ignoraram casos de tortura praticada pelas tropas iraquianas, além de se omitir de "centenas" de mortos de civis em postos de controle.
Em um comunicado, o secretário-geral do grupo, Abdulrahman al-Attiyah, disse que os EUA são responsáveis pelas supostas torturas e assassinatos.
O conselho é formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Oman, Catar, Bahrein e Emirados Árabes.
O Pentágono disse que não tem intenção de reinvestigar os abusos.
O material divulgado pelo Wikileaks - considerado o maior vazamento de documentos secretos da história - comprova que os Estados Unidos mantiveram registros de mortes de civis, embora já tenham negado esta prática.
Ao todo, foram divulgados registros de 109 mil mortes, das quais 66.081 teriam sido civis.
No fim de semana, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, acusou o site de tentar sabotar suas chances de reeleição e criticou o que chamou de "interesses políticos por trás da campanha midiática que tenta usar os documentos contra líderes nacionais".
Maliki, representante da etnia xiita, tenta se manter no poder depois das eleições parlamentares ocorridas em março, no qual nenhum partido obteve maioria. As negociações entre as diversas facções para formar uma coalizão prosseguem.
Seus oponentes sunitas dizem que os papeis divulgados pelo Wikileaks destacam a necessidade de estabelecer um governo de coalizão, em vez de concentrar todo o poder nas mãos de al-Maliki.
Tortura
Muitos dos 391.831 relatórios Sigact (abreviação de significant actions, ou ações significativas, em inglês) do Exército americano aparentemente descrevem episódios de tortura de presos iraquianos por autoridades do Iraque.
Em alguns deles, teriam sido usados choques elétricos e furadeiras. Também há relatos de execuções sumárias.
Os documentos indicam que autoridades americanas sabiam que estas práticas vinham acontecendo, mas preferiram não investigar os casos.
O porta-voz do Pentágono Geoff Morrell disse à BBC que, caso abusos de tropas iraquianas fossem testemunhados ou relatados aos americanos, os militares eram instruídos a informar seus comandantes.
Países árabes pedem que EUA investiguem denúncias feitas por Wikileaks
Plantão | Publicada em 25/10/2010 às 10h49m
BBC
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Wikileaks sugere que EUA ignoram denúncias de abusos no Iraque
O Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, grupo que inclui seis países árabes, pediu aos Estados Unidos que investiguem detalhes de supostos abusos que teriam sido cometidos contra os direitos humanos no Iraque veiculados no site especializado em vazamento de informações Wikileaks.
Os documentos do site sugerem que as Forças Armadas americanas ignoraram casos de tortura praticada pelas tropas iraquianas, além de se omitir de "centenas" de mortos de civis em postos de controle.
Em um comunicado, o secretário-geral do grupo, Abdulrahman al-Attiyah, disse que os EUA são responsáveis pelas supostas torturas e assassinatos.
O conselho é formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Oman, Catar, Bahrein e Emirados Árabes.
O Pentágono disse que não tem intenção de reinvestigar os abusos.
O material divulgado pelo Wikileaks - considerado o maior vazamento de documentos secretos da história - comprova que os Estados Unidos mantiveram registros de mortes de civis, embora já tenham negado esta prática.
Ao todo, foram divulgados registros de 109 mil mortes, das quais 66.081 teriam sido civis.
No fim de semana, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, acusou o site de tentar sabotar suas chances de reeleição e criticou o que chamou de "interesses políticos por trás da campanha midiática que tenta usar os documentos contra líderes nacionais".
Maliki, representante da etnia xiita, tenta se manter no poder depois das eleições parlamentares ocorridas em março, no qual nenhum partido obteve maioria. As negociações entre as diversas facções para formar uma coalizão prosseguem.
Seus oponentes sunitas dizem que os papeis divulgados pelo Wikileaks destacam a necessidade de estabelecer um governo de coalizão, em vez de concentrar todo o poder nas mãos de al-Maliki.
Tortura
Muitos dos 391.831 relatórios Sigact (abreviação de significant actions, ou ações significativas, em inglês) do Exército americano aparentemente descrevem episódios de tortura de presos iraquianos por autoridades do Iraque.
Em alguns deles, teriam sido usados choques elétricos e furadeiras. Também há relatos de execuções sumárias.
Os documentos indicam que autoridades americanas sabiam que estas práticas vinham acontecendo, mas preferiram não investigar os casos.
O porta-voz do Pentágono Geoff Morrell disse à BBC que, caso abusos de tropas iraquianas fossem testemunhados ou relatados aos americanos, os militares eram instruídos a informar seus comandantes.
Plantão | Publicada em 25/10/2010 às 10h49m
BBC
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Wikileaks sugere que EUA ignoram denúncias de abusos no Iraque
O Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, grupo que inclui seis países árabes, pediu aos Estados Unidos que investiguem detalhes de supostos abusos que teriam sido cometidos contra os direitos humanos no Iraque veiculados no site especializado em vazamento de informações Wikileaks.
Os documentos do site sugerem que as Forças Armadas americanas ignoraram casos de tortura praticada pelas tropas iraquianas, além de se omitir de "centenas" de mortos de civis em postos de controle.
Em um comunicado, o secretário-geral do grupo, Abdulrahman al-Attiyah, disse que os EUA são responsáveis pelas supostas torturas e assassinatos.
O conselho é formado pela Arábia Saudita, Kuwait, Oman, Catar, Bahrein e Emirados Árabes.
O Pentágono disse que não tem intenção de reinvestigar os abusos.
O material divulgado pelo Wikileaks - considerado o maior vazamento de documentos secretos da história - comprova que os Estados Unidos mantiveram registros de mortes de civis, embora já tenham negado esta prática.
Ao todo, foram divulgados registros de 109 mil mortes, das quais 66.081 teriam sido civis.
No fim de semana, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, acusou o site de tentar sabotar suas chances de reeleição e criticou o que chamou de "interesses políticos por trás da campanha midiática que tenta usar os documentos contra líderes nacionais".
Maliki, representante da etnia xiita, tenta se manter no poder depois das eleições parlamentares ocorridas em março, no qual nenhum partido obteve maioria. As negociações entre as diversas facções para formar uma coalizão prosseguem.
Seus oponentes sunitas dizem que os papeis divulgados pelo Wikileaks destacam a necessidade de estabelecer um governo de coalizão, em vez de concentrar todo o poder nas mãos de al-Maliki.
Tortura
Muitos dos 391.831 relatórios Sigact (abreviação de significant actions, ou ações significativas, em inglês) do Exército americano aparentemente descrevem episódios de tortura de presos iraquianos por autoridades do Iraque.
Em alguns deles, teriam sido usados choques elétricos e furadeiras. Também há relatos de execuções sumárias.
Os documentos indicam que autoridades americanas sabiam que estas práticas vinham acontecendo, mas preferiram não investigar os casos.
O porta-voz do Pentágono Geoff Morrell disse à BBC que, caso abusos de tropas iraquianas fossem testemunhados ou relatados aos americanos, os militares eram instruídos a informar seus comandantes.
domingo, 17 de outubro de 2010
PF apreende panfletos contra Dilma em gráfica de São Paulo
G1/LH
A Polícia Federal apreendeu neste domingo (17) na gráfica no bairro do Cambuci, em São Paulo, folhetos que relacionam a presidenciável Dilma Rousseff, do PT, à defesa da descriminalização do aborto.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, a busca e a apreensão foram feitas a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Agora, a PF encaminhará ao TSE um relatório referente ao caso.
Paulo Ogawa, pai de Alexandre Takeshi Ogawa, proprietário da Editora e Gráfica Pana, disse ao G1 que os agentes da Polícia Federal chegaram na gráfica por volta das 6h deste domingo e deixaram o local por volta das 15h. Ogawa disse que foram apreendidos somente os panfletos impressos, segundo ele, sob encomenda da Diocese de Guarulhos.
“Eles (PF) vieram com um mandado de apreensão para aquele material especifico da Diocese de Guarulhos. Eu prestei depoimento, mas no nosso caso está tudo tranqüilo. Foi uma encomenda feita pela Diocese de Guarulhos, tem carta deles, tem uma carta do Dom Luiz Gonzaga, então é de total responsabilidade deles”, afirmou Paulo Ogawa.
Neste sábado (16), o PT registrou um boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial de São Paulo e protocolou uma representação na Justiça Eleitoral para apurar possível crime de difamação e a origem dos recursos usados para o pagamento pelos serviços da gráfica.
De acordo com os proprietários da gráfica, foram impressos 2,1 milhões de folhetos (100 mil na campanha do primeiro turno e 2 milhões na do segundo turno). Segundo a gráfica, o material foi encomendado pela Diocese de Guarulhos. Desde sábado (16), o G1 tenta contato com o bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonini.
O folheto é intitulado "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras" e assinado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Neste domingo, o Regional Sul 1 divulgou nota no site da CNBB na qual afirma que não patrocina a impressão nem a distribuição de folhetos.
A Polícia Federal apreendeu neste domingo (17) na gráfica no bairro do Cambuci, em São Paulo, folhetos que relacionam a presidenciável Dilma Rousseff, do PT, à defesa da descriminalização do aborto.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, a busca e a apreensão foram feitas a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Agora, a PF encaminhará ao TSE um relatório referente ao caso.
Paulo Ogawa, pai de Alexandre Takeshi Ogawa, proprietário da Editora e Gráfica Pana, disse ao G1 que os agentes da Polícia Federal chegaram na gráfica por volta das 6h deste domingo e deixaram o local por volta das 15h. Ogawa disse que foram apreendidos somente os panfletos impressos, segundo ele, sob encomenda da Diocese de Guarulhos.
“Eles (PF) vieram com um mandado de apreensão para aquele material especifico da Diocese de Guarulhos. Eu prestei depoimento, mas no nosso caso está tudo tranqüilo. Foi uma encomenda feita pela Diocese de Guarulhos, tem carta deles, tem uma carta do Dom Luiz Gonzaga, então é de total responsabilidade deles”, afirmou Paulo Ogawa.
Neste sábado (16), o PT registrou um boletim de ocorrência no 5º Distrito Policial de São Paulo e protocolou uma representação na Justiça Eleitoral para apurar possível crime de difamação e a origem dos recursos usados para o pagamento pelos serviços da gráfica.
De acordo com os proprietários da gráfica, foram impressos 2,1 milhões de folhetos (100 mil na campanha do primeiro turno e 2 milhões na do segundo turno). Segundo a gráfica, o material foi encomendado pela Diocese de Guarulhos. Desde sábado (16), o G1 tenta contato com o bispo de Guarulhos, dom Luiz Gonzaga Bergonini.
O folheto é intitulado "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras" e assinado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Neste domingo, o Regional Sul 1 divulgou nota no site da CNBB na qual afirma que não patrocina a impressão nem a distribuição de folhetos.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
A Folha de S. Paulo e suas manchetes cretinas por Jorge Furtado em 23 de junho de 2010
O fato, segundo o texto da notícia:
Newton Cannito é autor do roteiro de um filme inscrito num concurso do Ministério da Cultura. (O prazo de inscrição terminou no dia 18 de março de 2010. Regulamento em
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/02/profissionais.pdf)
Muito depois da inscrição no concurso, Cannito foi convidado para assumir o cargo de secretário do audivisual do MinC. Assumiu e mandou cancelar suas inscrições.
Por um erro, sua inscrição não foi cancelada e o projeto foi aceito, conforme publicação no Diário Oficial em 21de junho.
O erro foi corrigido, a inscrição indeferida, no dia seguinte, 22 de junho, conforme publicação no Diário Oficial
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/06/roteiristas-profissionais-2010-habilitacao1.pdf
Hoje, no dia 23 de junho, mesmo sabendo (e confirmando) que o erro foi corrigido e a correção publicada ontem no Diário Oficial, a Folha de S. Paulo publica a “notícia” com a seguinte manchete: Newton Cannito aprova próprio projeto.
Pergunta: os editores da Folha de S. Paulo chamam isso de jornalismo? Eles têm família? Dormem à noite?
x
Na Folha de hoje:
Newton Cannito aprova próprio projeto
Secretário do Audiovisual do MinC publica portaria autorizando um roteiro seu a concorrer a prêmio federal
Edital do concurso veta participação de pessoas ligadas ao Ministério; pasta afirma que houve um "erro no sistema"
DENISE MENCHEN
DO RIO
O secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Newton Cannito, teve um projeto de roteiro de longa-metragem de ficção de sua autoria habilitado para participar de um concurso público promovido pela pasta, que premiará sete pessoas com R$ 50 mil cada uma.
O ministério atribuiu a aprovação a um "erro no sistema" e, após ser procurado pela Folha anteontem, indeferiu a inscrição de Cannito.
A lista com os 68 roteiristas que tiveram inscrições aprovadas foi publicada anteontem no "Diário Oficial da União", em portaria assinada pelo próprio Cannito.
Criador da série "9 mm: São Paulo" e corroteirista do filme "Quanto Vale ou É por Quilo?", o secretário se inscreveu com o trabalho intitulado "Gênese".
O edital do concurso, divulgado em 1º de fevereiro, veta a participação de qualquer pessoa ligada ao Ministério da Cultura.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Secretaria do Audiovisual afirmou que a inscrição de Cannito foi indeferida, mas que, por um "erro no sistema", seu nome apareceu na lista de aprovados.
Não foi explicado que tipo de erro foi esse.
O órgão também afirmou que a informação seria corrigida na edição de ontem do "Diário Oficial da União", o que realmente foi feito.
Na nova publicação, o projeto de Cannito foi considerado indeferido porque "o concorrente exerce cargo público no Ministério da Cultura, contrariando o estabelecido no subitem 5.4 do edital".
Ainda segundo a assessoria, a inscrição do secretário foi feita antes de ele ter assumido o cargo, no último dia 7.
"A primeira coisa que fiz ao chegar à secretaria foi mandar cancelar todas as minhas inscrições. Houve erro de uma funcionária", disse Cannito, que participava de outros dois concursos.
Para ele, o fato não afeta sua credibilidade, pois o problema seria descoberto na etapa seguinte da seleção.
* Blog de Jorge Furtado
Newton Cannito é autor do roteiro de um filme inscrito num concurso do Ministério da Cultura. (O prazo de inscrição terminou no dia 18 de março de 2010. Regulamento em
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/02/profissionais.pdf)
Muito depois da inscrição no concurso, Cannito foi convidado para assumir o cargo de secretário do audivisual do MinC. Assumiu e mandou cancelar suas inscrições.
Por um erro, sua inscrição não foi cancelada e o projeto foi aceito, conforme publicação no Diário Oficial em 21de junho.
O erro foi corrigido, a inscrição indeferida, no dia seguinte, 22 de junho, conforme publicação no Diário Oficial
http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2010/06/roteiristas-profissionais-2010-habilitacao1.pdf
Hoje, no dia 23 de junho, mesmo sabendo (e confirmando) que o erro foi corrigido e a correção publicada ontem no Diário Oficial, a Folha de S. Paulo publica a “notícia” com a seguinte manchete: Newton Cannito aprova próprio projeto.
Pergunta: os editores da Folha de S. Paulo chamam isso de jornalismo? Eles têm família? Dormem à noite?
x
Na Folha de hoje:
Newton Cannito aprova próprio projeto
Secretário do Audiovisual do MinC publica portaria autorizando um roteiro seu a concorrer a prêmio federal
Edital do concurso veta participação de pessoas ligadas ao Ministério; pasta afirma que houve um "erro no sistema"
DENISE MENCHEN
DO RIO
O secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Newton Cannito, teve um projeto de roteiro de longa-metragem de ficção de sua autoria habilitado para participar de um concurso público promovido pela pasta, que premiará sete pessoas com R$ 50 mil cada uma.
O ministério atribuiu a aprovação a um "erro no sistema" e, após ser procurado pela Folha anteontem, indeferiu a inscrição de Cannito.
A lista com os 68 roteiristas que tiveram inscrições aprovadas foi publicada anteontem no "Diário Oficial da União", em portaria assinada pelo próprio Cannito.
Criador da série "9 mm: São Paulo" e corroteirista do filme "Quanto Vale ou É por Quilo?", o secretário se inscreveu com o trabalho intitulado "Gênese".
O edital do concurso, divulgado em 1º de fevereiro, veta a participação de qualquer pessoa ligada ao Ministério da Cultura.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Secretaria do Audiovisual afirmou que a inscrição de Cannito foi indeferida, mas que, por um "erro no sistema", seu nome apareceu na lista de aprovados.
Não foi explicado que tipo de erro foi esse.
O órgão também afirmou que a informação seria corrigida na edição de ontem do "Diário Oficial da União", o que realmente foi feito.
Na nova publicação, o projeto de Cannito foi considerado indeferido porque "o concorrente exerce cargo público no Ministério da Cultura, contrariando o estabelecido no subitem 5.4 do edital".
Ainda segundo a assessoria, a inscrição do secretário foi feita antes de ele ter assumido o cargo, no último dia 7.
"A primeira coisa que fiz ao chegar à secretaria foi mandar cancelar todas as minhas inscrições. Houve erro de uma funcionária", disse Cannito, que participava de outros dois concursos.
Para ele, o fato não afeta sua credibilidade, pois o problema seria descoberto na etapa seguinte da seleção.
* Blog de Jorge Furtado
Serra responde à acusação de Dilma com um ‘trololó’
Joel Silva/Folha
A realidade da campanha eleitoral por vezes confere ao Brasil uma aparência de país irreal –espécie de romance de Cabral, com prefácio de Caminha.
José Serra, um dos protagonistas, esteve em Goiânia nesta segunda (11). Carregava atrás de si um par de dúvidas.
Ambiguidades resultantes de provocações feitas na véspera por Dilma Rousseff, a outra personagem do enredo sucessório.
No debate da TV Bandeirantes, Dilma levou aos holofotes dois nomes: Mônica Serra e Paulo Vieira de Souza.
Sobre a primeira, declarou: “Sua esposa, Mônica Serra, disse: ‘A Dilma é a favor da morte de criancinhas’. Acho gravíssima a fala da sua senhora”.
Quanto ao outro, Dilma afirmou: “Você deveria responder sobre Paulo Vieira de Souza, seu assessor, que fugiu com R$ 4 milhões de sua campanha”.
Em ambos os casos, Serra fingiu-se de morto no debate. Não se animou nem mesmo a sair em defesa de sua mulher.
Pois bem. Na passagem pela capital de Goiás, Serra viu-se compelido a dizer meia dúzia de palavras sobre o embate da Bandeirantes.
Declarou-se surpreso com a agressividade de Dilma. Com atraso, reportou-se à menção feita por sua rival a Mônica Serra:
"Ataque à família não é bom na campanha. Campanha é para discutir propostas, comparar candidatos, o que eles fizeram, o que vão fazer".
Absteve-se de esclarecer o teor da "gravíssima fala da sua senhora". Coisa pronunciada no mês passado, num corpo-a-corpo em Nova Iguaçu (RJ). Uma pena.
Tão grave quanto o “ataque à família” é a retórica da “morte de criancinhas”. A mulher de Serra, por ilustrada, decerto não ignora o significado de uma apelação.
Quanto a Paulo Vieira de Souza, um ex-gestor de obras do governo de São Paulo conhecido como Paulo Preto, Serra disse o seguinte:
"Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factóide criado para que vocês [repórteres] fiquem perguntando".
Curioso, muito curioso, curiosíssimo. Serra empregou o mesmo vocábulo que Dilma usara ao comentar pela primeira vez o ‘Erenicegate’: “Factóide”.
É improvável que Serra desconheça Paulo Preto. Até abril deste ano, ele ocupou um posto estratégico do governo de São Paulo: diretor de Engenharia da Dersa.
Na gestão do governador Serra, o homem que o candidato Serra diz ignorar cuidava das grandes obras rodoviárias do Estado. Entre elas o Rodoanel.
Ex-chefe da Casa Civil de Serra, Aloysio Nunes Ferreira, agora senador eleito por São Paulo, mantém com Paulo Preto relações de amizade.
Ao tratar como “factóide” o sumiço de R$ 4 milhões supostamente coletados para nutrir as arcas de sua campanha, Serra desrespeita o eleitor.
Se verdadeiro, o episódio mereceria do candidato ao menos uma declaração protocolar em favor da investigação.
Se inverídica, a acusação de Dilma, recolhida de notícias penduradas nas manchetes, justificaria uma reação indignada.
O silêncio de Serra autoriza a rival petista a mimetizar a pergunta que o tucanato fazia em relação ao R$ 1,7 milhão do dossiê dos aloprados petistas de 2006.
Os grã-tucanos gostavam de inquirir: “De onde veio o dinheiro?”. O petismo está liberado para indagar: “Para onde foi a grana?”
Serra percorreu as ruas de Goiânia em carreata. Além de políticos, o candidato tinha a seu lado um padre.
Chama-se Genésio Ramos. Comanda a Paróquia de São Francisco de Goiás, assentada na cidade de Anápolis.
Padre Genésio presenteou Serra com um terço. Diante de uma multidão estimada pela PM em 5 mil pessoas, o candidato beijou o adereço (repare na foto lá do alto).
Ao discursar, Serra declarou: "Nós estamos movidos pela fé. A fé de dentro da gente, a fé que vai construir o Brasil".
No Brasil irreal –aquele país do romance de Cabral, prefaciado por Caminha— a fé constrói qualquer coisa.
No país cuja realidade é tinada pela dúvida, exige-se algo mais dos pretendentes à cadeira de presidente da República.
Para utilizar uma gíria ao gosto de Serra, não fica bem para um candidato contrapor a uma grave acusação da adversária uma resposta alicerçada em mero trololó.
Escrito por Josias de Souza às 21h03
A realidade da campanha eleitoral por vezes confere ao Brasil uma aparência de país irreal –espécie de romance de Cabral, com prefácio de Caminha.
José Serra, um dos protagonistas, esteve em Goiânia nesta segunda (11). Carregava atrás de si um par de dúvidas.
Ambiguidades resultantes de provocações feitas na véspera por Dilma Rousseff, a outra personagem do enredo sucessório.
No debate da TV Bandeirantes, Dilma levou aos holofotes dois nomes: Mônica Serra e Paulo Vieira de Souza.
Sobre a primeira, declarou: “Sua esposa, Mônica Serra, disse: ‘A Dilma é a favor da morte de criancinhas’. Acho gravíssima a fala da sua senhora”.
Quanto ao outro, Dilma afirmou: “Você deveria responder sobre Paulo Vieira de Souza, seu assessor, que fugiu com R$ 4 milhões de sua campanha”.
Em ambos os casos, Serra fingiu-se de morto no debate. Não se animou nem mesmo a sair em defesa de sua mulher.
Pois bem. Na passagem pela capital de Goiás, Serra viu-se compelido a dizer meia dúzia de palavras sobre o embate da Bandeirantes.
Declarou-se surpreso com a agressividade de Dilma. Com atraso, reportou-se à menção feita por sua rival a Mônica Serra:
"Ataque à família não é bom na campanha. Campanha é para discutir propostas, comparar candidatos, o que eles fizeram, o que vão fazer".
Absteve-se de esclarecer o teor da "gravíssima fala da sua senhora". Coisa pronunciada no mês passado, num corpo-a-corpo em Nova Iguaçu (RJ). Uma pena.
Tão grave quanto o “ataque à família” é a retórica da “morte de criancinhas”. A mulher de Serra, por ilustrada, decerto não ignora o significado de uma apelação.
Quanto a Paulo Vieira de Souza, um ex-gestor de obras do governo de São Paulo conhecido como Paulo Preto, Serra disse o seguinte:
"Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factóide criado para que vocês [repórteres] fiquem perguntando".
Curioso, muito curioso, curiosíssimo. Serra empregou o mesmo vocábulo que Dilma usara ao comentar pela primeira vez o ‘Erenicegate’: “Factóide”.
É improvável que Serra desconheça Paulo Preto. Até abril deste ano, ele ocupou um posto estratégico do governo de São Paulo: diretor de Engenharia da Dersa.
Na gestão do governador Serra, o homem que o candidato Serra diz ignorar cuidava das grandes obras rodoviárias do Estado. Entre elas o Rodoanel.
Ex-chefe da Casa Civil de Serra, Aloysio Nunes Ferreira, agora senador eleito por São Paulo, mantém com Paulo Preto relações de amizade.
Ao tratar como “factóide” o sumiço de R$ 4 milhões supostamente coletados para nutrir as arcas de sua campanha, Serra desrespeita o eleitor.
Se verdadeiro, o episódio mereceria do candidato ao menos uma declaração protocolar em favor da investigação.
Se inverídica, a acusação de Dilma, recolhida de notícias penduradas nas manchetes, justificaria uma reação indignada.
O silêncio de Serra autoriza a rival petista a mimetizar a pergunta que o tucanato fazia em relação ao R$ 1,7 milhão do dossiê dos aloprados petistas de 2006.
Os grã-tucanos gostavam de inquirir: “De onde veio o dinheiro?”. O petismo está liberado para indagar: “Para onde foi a grana?”
Serra percorreu as ruas de Goiânia em carreata. Além de políticos, o candidato tinha a seu lado um padre.
Chama-se Genésio Ramos. Comanda a Paróquia de São Francisco de Goiás, assentada na cidade de Anápolis.
Padre Genésio presenteou Serra com um terço. Diante de uma multidão estimada pela PM em 5 mil pessoas, o candidato beijou o adereço (repare na foto lá do alto).
Ao discursar, Serra declarou: "Nós estamos movidos pela fé. A fé de dentro da gente, a fé que vai construir o Brasil".
No Brasil irreal –aquele país do romance de Cabral, prefaciado por Caminha— a fé constrói qualquer coisa.
No país cuja realidade é tinada pela dúvida, exige-se algo mais dos pretendentes à cadeira de presidente da República.
Para utilizar uma gíria ao gosto de Serra, não fica bem para um candidato contrapor a uma grave acusação da adversária uma resposta alicerçada em mero trololó.
Escrito por Josias de Souza às 21h03
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