DANIEL RONCAGLIA
da Reportagem Local
O PDT de São Paulo apresentou neste sábado ao senador Aloizio Mercadante (PT) dois nomes para a vaga de vice na chapa petista que disputará o governo paulista --a sindicalista Eunice Cabral, ligada aos trabalhadores do setor têxtil, e o ex-prefeito de Rio Preto Manoel Antunes.
"Como a gente não fechou a definição sobre um nome, decidimos indicar dois", afirmou o deputado Paulinho da Força, presidente do PDT paulista.
Em uma convenção com cerca de 1.300 militantes em Limeira (SP), o partido selou a aliança com Mercadante. Antunes, que é o mais cotado, ainda não decidiu se irá ser candidato a vice porque tem uma eleição praticamente garantida para a Câmara dos Deputados.
A expectativa de Paulinho é que a aliança com PT ajude a legenda a dobrar a bancada de deputados em São Paulo, que hoje é de seis federais e cinco estaduais.
Segundo pesquisa Datafolha, do dia 29 de março, o tucano Geraldo Alckmin tem 53% das intenções de voto, enquanto Mercadante aparece com 13%.
A convenção de hoje praticamente fecha a possibilidade do PSB integrar a chapa de Mercadante. Segundo Paulinho, que também é presidente da Força Sindical, os socialistas até podem fazer parte da coligação. No entanto, o PDT não irá aceitar que o empresário Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), seja escolhido como vice do petista. "Não há condição de isso acontecer."
Com o apoio do PDT fechado, o companheiro da ex-prefeita Marta Suplicy na disputa pelo Senado deve ser o vereador Netinho de Paula (PC do B), que estava presente na convenção de hoje. "Achamos que é um bom nome", afirmou o presidente do PDT paulista.
Outro cotado para a vaga ao lado de Marta é o vereador Gabriel Chalita (PSB). Mas, pela lei eleitoral, o vereador não poderia fazer aliança com o PT se o seu partido lançar a candidatura de Skaf ao governo paulista.
Ontem, Mercadante visitou quatro cidades --Carapicuíba, Itapevi, Jandira e Barueri-- ao lado de Netinho. A região é o berço político do vereador, que também é cantor. Na quinta, os dois estiveram juntos em visita a outras três cidades do interior, quando o petista o chamou de "mano senador".
Apesar disso, Marta evitou a agenda conjunta com Mercadante e Netinho. A avaliação é de que a ex-prefeita resiste em apoiar o vereador por entender que os dois competem pelo mesmo eleitorado.
PSB e PT também estão negociando com o senador Romeu Tuma (PTB), que está isolado depois que o PSDB paulista se aliou com o PMDB para lançar o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) e o ex-secretário da Casa Civil de SP Aloysio Nunes Ferreira na disputa ao Senado. No entanto, a direção do PTB paulista afirma que irá apoiar Alckmin. O tucano lançou a sua pré-candidatura ao governo paulista neste sábado.
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