sexta-feira, 26 de setembro de 2014


Primeira cota da reserva do Cantareira pode acabar em 57 dias, diz Arce

Em São Paulo

  • Davi Ribeiro/Folhapress - 21.set.2014
    Represa de Jaguari-Jacareí, em Joanópolis (SP), que integra o sistema Cantareira, tem nível cada vez mais baixo por causa da estiagem Represa de Jaguari-Jacareí, em Joanópolis (SP), que integra o sistema Cantareira, tem nível cada vez mais baixo por causa da estiagem
O secretário paulista de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, disse nesta quinta-feira, 25, que a primeira cota do volume morto do Sistema Cantareira deve durar até o dia 21 de novembro, se o índice de chuvas na região dos reservatórios permanecer como está.
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) conta com uma segunda cota da reserva profunda das represas para manter o abastecimento na Grande São Paulo até março do ano que vem sem adotar racionamento oficial de água.

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"Nós agora temos um segundo volume que estamos preparando para usar. Vamos adiar o máximo", disse Arce, sobre os 106 bilhões de litros adicionais da reserva que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pretende utilizar.
"Se continuar assim, vamos liberar no dia 21 de novembro", completou o secretário, que participou de uma visita ao Parque Várzeas do Tietê, na zona leste de São Paulo, ao lado de Alckmin. O uso do segundo volume morto ainda não foi liberado pelos órgãos reguladores do manancial.
Nesta quinta, o nível do Cantareira chegou a 7,4% da capacidade, o mais baixo da história. Restam hoje nos cinco reservatórios que formam o manancial 72,2 bilhões de litros da primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões, que começou a ser bombeada no dia 31 de maio.
Alckmin tem apostado na próxima temporada de chuvas, que vai de outubro a março, para aliviar a crise de abastecimento e recarregar as represas. Para ele, há chances de não precisar utilizar a segunda cota do volume morto.
"Nós estamos preparados. Mas talvez nem precise da chamada da segunda reserva técnica", disse o tucano, que havia descartado retirar mais água da reserva há três meses.
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Falta de chuvas afeta abastecimento de água em São Paulo154 fotos

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24.set.2014 - Imagem mostra a represa Jaguari-Jacareí, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. O nível de água armazenada no sistema Cantareira atingiu a menor marca de sua história, com apenas 7,6% da capacidade total. A Sabesp anunciou na segunda-feira (22) que vai passar a usar, assim que for necessário, um segundo volume de água da reserva técnica, também conhecido como volume morto, o que elevaria o nível do sistema em 10,7 pontos percentuais e garantiria o abastecimento até março de 2015 Leia mais Luis Moura/Estadão Conteúdo

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sábado, 20 de setembro de 2014

Datafolha: 80% aprovam ciclovias em SP; aumenta popularidade de Haddad

Índice de aprovação do petista subiu de 15%, em julho, para 22%.
Foram consultados 1.121 pessoas acima de 16 anos na terça e quarta-feira.

Do G1 São Paulo
Em São Paulo, ciclovia que interliga a estação Butantã do Metrô com a Cidade Universitária, começou a funcionar  (Foto: Rahel Patrasso/AE)Ciclovia que interliga a estação Butantã do Metrô
com a Cidade Universitária (Foto: Rahel
Patrasso/AE)

A popularidade do prefeito Fernando Haddad (PT) aumentou desde julho, aponta levantamento do Datafolha concluído na quarta-feira (17) e divulgado neste sábado (20) no site do jornal Folha de S.Paulo. O índice de quem considera a gestão do petista à frente do executivo municipal ótima ou boa subiu de 15% em julho para 22% nesta última pesquisa.
Segundo o Datafolha, 80% das pessoas consultadas se disseram favoráveis à implantação das ciclovias na capital, enquanto que 60% defendem o uso da bicicleta como uma alternativa viável de transporte.
Na quinta-feira (18), pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Rede Nossa São Paulo já havia mostrado que aumentou de 86%, em 2013, para 88% em 2014 o percentual de paulistanos a favor da construção e ampliação de ciclovias na cidade. A decisão do prefeito Fernando Haddad de construir 400 km deste tipo de via tem causado polêmica.
Ao todo, já foram entregues 78,3 km de ciclovias. Neste sábado, foi inaugurado um trecho de 1,4km, interligando as avenidas Brigadeiro Faria Lima e Henrique Schaumann pela Rua Artur de Azevedo, em Pinheiros, na Zona Oeste.
O instituto de pesquisa consultou 1.121 pessoas acima de 16 anos na terça (16) e quarta-feiras (17). A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais. O levantamento apontou ainda que caiu o índice de reprovação do prefeito. Os que consideram a gestão de Haddad ruim ou péssima reduziram de 47% na pesquisa anterior para 28%.
Aumentou também a aprovação à criação às faixas exclusivas de ônibus, de 84%, em junho passado, para 91% dos moradores, de acordo com o Datafolha. Ao todo, já são 358 km de faixas para os ônibus desde 2013. Para 71%, o trânsito melhorou com essas medidas. Segundo a pesquisa, 77% dos paulistanos são usuários de ônibus.
Ibope
Na quinta-feira, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse ter ficado surpreso com o apoio de 88% da população paulistana em relação à implantação e expansão das ciclovias na cidade. "Para minha surpresa foi muito mais rápido do que eu imaginava. Eu imaginava que o apoio viria em 4, 5, 6 anos. Eu acho que é pelo atraso da agenda em relação a outras cidades do mundo que nós recebemos um apoio mais rápido para as ciclovias", declarou, na ocasião.

De acordo com o prefeito, a administração pública municipal busca um equilíbrio entre os meios de transporte. "Não se trata de ser contra o transporte individual motorizado, se trata de equilíbrio entre o pedestre, o ciclista, o usuário do transporte público, seja ônibus ou trem, e o transporte motorizado individual. Isso que nós estamos tentando para a cidade de São Paulo", disse durante o evento da Rede Nossa São Paulo.

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