Sérgio Lima/Folha
Como bom petista, Antonio Palocci sabe que pode ser a favor de tudo, mas deve ser absolutamente contra qualquer coisa que contrarie a vontade de Lula.
Assim, o ex-czar da economia insinuou que, para ajustar-se aos planos do presidente, não hesitará nem mesmo em posicionar-se contra si mesmo.
Preferido do petismo para concorrer ao governo de São Paulo, Palocci admitiu, pela primeira vez, levar suas pretensões à bandeja, servindo-as a Ciro Gomes (PSB):
"Ciro é um grande companheiro nosso e, se por alguma razão, ele decidir desenvolver atividade aqui em São Paulo...”
“...Vai ter em nós todo o companheirismo que merece. Mas ainda está muito cedo para discutir o assunto da candidatura".
Cedo não é. Mas Ciro, que se tornou um candidato multiuso ao transferir o título de eleitor para São Paulo, adia a definição.
Combinou com Lula e com a cúpula do PSB que só decidirá em março o papel que deseja desempenhar em 2010.
Por ora, tenta empinar a candidatura presidencial. Mas, sem aliados que lhe tonifiquem o tempo de TV, pode ter de exigir de Palocci o “companheirismo que merece”.
Escrito por Josias de Souza às 03h41
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