quarta-feira, 31 de março de 2010

Serra se despede de governo com protesto e festa de apoio

da Folha Online

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), apresenta nesta quarta-feira um balanço dos três anos e três meses de sua gestão. O evento marca na prática sua despedida do governo, que acontece na sexta-feira.

Pré-candidato à Presidência, Serra terá o dia marcado por um protesto de sindicalistas ligados ao PT, na avenida Paulista, e por uma festa de apoio dos militantes do PSDB, no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi.

Para o ato no palácio, que começa às 15h, o PSDB de São Paulo espera levar cerca de 6.000 pessoas. "A ideia do partido é que o Serra compartilhe esse momento com quem esteve ao lado dele e trabalhou para que isso acontecesse", afirmou o secretário-geral do PSDB-SP, César Gontijo. O lançamento oficial da pré-candidatura acontece no dia 10 em Brasília.

Ao mesmo tempo, sindicatos de servidores de SP organizam um protesto contra o governo Serra. Chamado de "bota-fora", o protesto é organizado por sindicalistas ligados à CUT e ao PT.

A manifestação está marcada para começar às 13h no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Uma hora depois começa, no mesmo local, a assembleia da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo), que decidirá se mantém a greve iniciada no dia 8 de março. Depois da assembleia, o "bota fora" continua com uma passeata até o centro de São Paulo.

terça-feira, 30 de março de 2010

PT-SP marca para abril ‘homologação’ de Mercadante


Divulgação
O diretório do PT paulista pretende realizar no “final de abril” o encontro em que será homologada a candidatura de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo.



Na mesma reunião, o petismo vai oficializar a candidatura de Marta Suplicy ao Senado.



Reunido nesta segunda (29), o diretório petista removeu a última pedra que se insinuava no caminho de Mercadante.



Eduardo Suplicy retirou-se da disputa pela vaga de candidato ao Palácio dos Bandeirantes.



O PT não precisou nem usar o cotovelo. Bastou o peteleco de um apelo verbal. O presidente do PT-SP, Edinho Silva (ao lado de Suplicy na foto), celebrou:



“O Senador Suplicy faz um gesto grandioso, de construtor partidário. Chama a unidade do PT, retira a pré-candidatura e declara apoio a Mercadante”.



O gesto chegou no mesmo dia em que o Datafolha informara: tomado pela quantidade de votos, Suplicy (19%) é, hoje, maior que Mercadante (13%).



O instituto também informou que ambos são bem menores que o candidato tucano, Geraldo Alckmin (53% no cenário em que aparece Mercadante).



Mercadante vai às urnas paulistas empurrado por Lula. Entra na disputa como a segunda opção do presidente. A primeira era Ciro Gomes (PSB).



O senador petista sobe ao ringue exibindo praticamente a mesma musculatura que ostentava na largada da disputa de 2006: 12%.



Naquela eleição, tumultuada pelo escândalo do dossiê antitucanos dos “aloprados”, Mercadante cruzara a linha de chegada com 32% dos votos.



Edinho, o comandante do PT-SP, estima que a “repetição da candidatura” de Mercadante produzirá resultado mais vistoso. A ver.



De concreto, por ora, apenas a evidência de que, em São Paulo, Estado dominado pelo PSDB há 16 anos, o palanque de Dilma é mais estreito que o de Serra.



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Escrito por Josias de Souza às 06h03

segunda-feira, 29 de março de 2010

Suplicy soma mais votos que Mercadante (Datafolha)


Em todos os cenários, o tucano Alckmin é franco favorito



Sérgio Lima/Folha
Preterido por Lula e pelo PT, o senador Eduardo Suplicy ganhou 19 motivos para manter de pé sua candidatura ao governo de São Paulo.



Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda (29) atribui a Suplicy 19% das intenções de voto.



Ungido por Lula e encampado pelo PT, o companheiro Aloizio Mercadante entra na disputa com percentual mais modesto: 13%.



Para complicar, o nome do PT, seja ele qual for, vai às urnas como candidato favorito a tornar o tucano Geraldo Alckmin governador.



No cenário que inclui Mercadante, Alckmin belisca 53% dos votos. injetando-se Suplicy na paisagem, o tucano leva obtém 49%.



Na semana passada, em discurso no Senado, Suplicy reafirmara sua candidatura. Parecia farejar o perfume do Datafolha.







Condicionara sua saída do páreo à divulgação de uma pesquisa que comprovasse o acerto da opção por Mercadante. Deu-se o oposto.



Agora, ou o PT reconhece o direito de Suplicy de acionar as prévias previstas no estatuto do partido ou terá de afastá-lo a golpes de cotovelo.



Antes de voltar os olhos para Mercadante, Lula tentara fazer de Ciro Gomes (PSB) o seu candidato à sucessão de José Serra.



Depois de levar seu título eleitoral cearense para passear em São Paulo, Ciro deu pra trás. Declara-se candidato ao Planalto.



Ao bater em retirada, Ciro somava, em São Paulo, algo como 16% das intenções de voto. Era, também ele, um sub-Suplicy.



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Escrito por Josias de Souza às 07h07

quarta-feira, 17 de março de 2010

PDT oferece apoio a Mercadante, pede a vice e rejeita Skaf

Dirigentes do PDT reuniram-se ontem em São Paulo com o senador Aloizio Mercadante (PT) e ofereceram apoio formal da sigla à candidatura do petista ao governo do Estado em troca da vaga de vice na chapa.

Expuseram ainda outra condição: que o PT não formalize nenhum acordo com Paulo Skaf (PSB), presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Os movimentos em torno da sucessão em São Paulo minam a pretensão de formar uma ampla coalizão em contraponto à candidatura do PSDB.

Devido aos sinais do deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE) de que não será candidato nesta coalizão antitucanos, o PSB reconhece Skaf como pré-candidato. PT e PDT acham difícil uma composição com o empresário por conta dos elos das duas siglas com o sindicalismo.

"Colocamos como condição para essa aliança a vice ser do PDT", disse o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, que esteve ontem com Mercadante, acompanhado de José Gaspar, tesoureiro do PDT.

"Skaf seria muito ruim na chapa. A base do PDT é o sindicalismo. Eu não tenho como pedir voto para Skaf", disse.

"É inegável que o nome do Mercadante avançou muito nos últimos dias, mas nosso objetivo de formar um campo partidário unitário em São Paulo não se alterou. E ainda há debates no PT", afirmou o presidente do PT-SP, Edinho Silva.

O diálogo entre PT e PSB no Estado está estremecido por conta de críticas feitas por Ciro ao partido em entrevista à Folha. O PT paulista pediu retratação.

Ontem, por meio de sua assessoria, o ex-ministro disse que não faria comentários. Skaf acompanha o presidente Lula na visita a Israel.

Segundo seus assessores, ele não impõe sua candidatura à direção do PSB.

terça-feira, 2 de março de 2010

Ao lado de Serra, Lula afirma que na política se deve fazer o óbvio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que o melhor tipo de governo é que o que faz o óbvio. "Na política, a gente não inventa", afirmou o presidente, durante a inauguração de uma fábrica de tratores em Sorocaba (SP).

O evento contou com a participação do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), os dois principais pré-candidatos à Presidência.

Segundo Lula, a política não se aprende na universidade e que fazer o óbvio pode ser difícil. "A arte de governar é exatamente fazer as coisas simples", disse.

Para o presidente, os governos anteriores não agiam com simplicidade. "O Brasil estava naquela época como o time do Corinthians hoje: pesado. Time que ficou assustado com a leveza dos meninos do Santos", afirmou.

No domingo, o Santos venceu o Corinthians por 2 a 1 pelo Campeonato Paulista.

O presidente voltou a defender a continuidade da política econômica do seu governo. "Uma empresa, como essa, se não houver sequência ao que vem acontecendo no Brasil para que essa empresa possa vender mais, da mesma forma que abriu, ela fecha como outros momentos da história do país", disse.

Para Lula, a inauguração de uma fábrica, como a nova unidade da CNH (Case New Holand), da Fiat, é como o "nascimento de uma criança".