Dirigentes do PDT reuniram-se ontem em São Paulo com o senador Aloizio Mercadante (PT) e ofereceram apoio formal da sigla à candidatura do petista ao governo do Estado em troca da vaga de vice na chapa.
Expuseram ainda outra condição: que o PT não formalize nenhum acordo com Paulo Skaf (PSB), presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Os movimentos em torno da sucessão em São Paulo minam a pretensão de formar uma ampla coalizão em contraponto à candidatura do PSDB.
Devido aos sinais do deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE) de que não será candidato nesta coalizão antitucanos, o PSB reconhece Skaf como pré-candidato. PT e PDT acham difícil uma composição com o empresário por conta dos elos das duas siglas com o sindicalismo.
"Colocamos como condição para essa aliança a vice ser do PDT", disse o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, que esteve ontem com Mercadante, acompanhado de José Gaspar, tesoureiro do PDT.
"Skaf seria muito ruim na chapa. A base do PDT é o sindicalismo. Eu não tenho como pedir voto para Skaf", disse.
"É inegável que o nome do Mercadante avançou muito nos últimos dias, mas nosso objetivo de formar um campo partidário unitário em São Paulo não se alterou. E ainda há debates no PT", afirmou o presidente do PT-SP, Edinho Silva.
O diálogo entre PT e PSB no Estado está estremecido por conta de críticas feitas por Ciro ao partido em entrevista à Folha. O PT paulista pediu retratação.
Ontem, por meio de sua assessoria, o ex-ministro disse que não faria comentários. Skaf acompanha o presidente Lula na visita a Israel.
Segundo seus assessores, ele não impõe sua candidatura à direção do PSB.
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