sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Alckmin nega que governo seja de ruptura com gestão de Serra

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou nesta quinta-feira, em entrevista à rádio CBN, que seu governo seja de ruptura com a gestão do colega de partido José Serra, que deixou o Palácio dos Bandeirantes para se candidatar à Presidência da República. Segundo Alckmin - que realizou trocas no secretariado -, a possibilidade de divergências com Serra é "pimenta" colocada pela imprensa.
"Você encerra um período de quatro anos é natural que tenha novos objetivos. Vamos dar continuidade a todo os programas e projetos. Traremos outro projetos. Não tem nada a ver com questão política. O Serra é nosso companheiro, no que eu puder, eu vou ajudá-lo."

Educação
Na educação, Alckmin disse que vai repetir a experiência de êxito de oferecer na mesma escola o ensino médio e técnico. "O aluno ganha um ano e meio, termina ensino médio com dois diplomas, e já tem qualificação para o mercado de trabalho. Vamos implementar, aumentar, o ensino técnico e integrar com o ensino médio. Vamos oferecer para o jovem qualificação, via rápida para emprego e a escola para jovens e adultos." Alckmin disse que também vai fortalecer a segunda língua nas escolas. "Minha meta é 600 mil alunos podendo estudar segunda língua".
Sobre a situação dos professores, o governador disse que é preciso focar no reajuste de salário. "Falei que vamos dar aumento inflação e meritocracia. Em 2011 está previsto pagamento por mérito, bônus. Se sua escola cumprir essa meta você vai ter o bônus, que pode chegar até 3 salários". O governador ressaltou a importância da capacitação permanente dos professores e do diálogo com a rede.
"Professor e aluno devem passar mais tempo na escola. São Paulo tem melhorado, mas é preciso mais. Professor e aluno na escola: duas coisas que faremos prioritariamente." Sobre um possível reajuste de salário esse ano Alckmin respondeu que vai depender da arrecadação do Estado. "Se a economia for melhor pode. Vamos ter reajustes acima da inflação".

Progressão continuada
Respondendo à críticas sobre a Progressão Continuada, Alckmin rebateu dizendo que este não é o problema. "Se pegarmos melhores sistemas educacionais no Brasil todos tem progressão continuada, Minas, São Paulo, por exemplo. Então o problema não é a progressão continuada. Temos que dar a mão aos alunos que tem dificuldade".
Segundo ele, o reforço escolar é importante neste caso, para recuperar realmente o aluno. "O aluno que falta é reprovado. Se ele vai à escola por que ele não está aprendendo? Aí é avaliação e reforço escolar. Até o terceiro ano nenhuma escola particular reprova, pelo processo de alfabetização. O objetivo da escola não é cultura do fracasso".
Dilma
Perguntado se já conversou com a presidente Dilma Rousseff, o governador afirmou que ainda não teve tempo. "Fiz os cumprimentos da posse, mas não foi conversa de temas de governo. Cardozo (José Eduardo Cardozo, Ministro da Justiça) virá para conversar sobre Segurança Pública".
Segundo Alckmin, é preciso apresentar bons projetos junto ao governo federal e cobrar (para vir verba da união para o Estado). "Grandes projetos de infraestrutura, logística, saúde e segurança pública precisamos de parceria com governo federal. È muito importante."
Redação Terra

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