terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pai que deixou criança ferida após acidente deve se apresentar (Postado por Lucas Pinheiro)

 O pai da criança de 4 anos que foi abandonada ferida após um acidente de carro no último fim de semana, em Bauru (SP), deve se apresentar à Polícia Civil na tarde desta terça-feira (30). A informação é do advogado de defesa João Batista de Souza, contratado pelo homem. “Existe um pedido de prisão temporária da Polícia Civil, mas o juiz ainda irá analisá-lo. De qualquer forma, meu cliente será apresentado hoje”, afirma.

O advogado diz ainda que conversará com o juiz da 3ª Vara Criminal, responsável pelo caso, para que ele não conceda o pedido de prisão, já que o pai do menino vai comparecer espontaneamente à delegacia para prestar esclarecimentos. Ele também contou que no dia do acidente o homem foi até a casa de parentes para pedir ajuda, mas que teria desmaiado e permanecido no local. No entanto, não explicou o porque ele não foi levado ao Pronto-Socorro para receber atendimento médico.

 A criança permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas de Botucatu (SP). De acordo com a assessoria do hospital, o menino respira com ajuda de aparelhos e o estado de saúde dele é estável. Ele passou por uma cirurgia na cabeça e não há previsão de alta médica.

Sobre o acidente
A ocorrência foi na Avenida José Henrique Ferraz. O motorista perdeu o controle da direção e atingiu a traseira de um caminhão estacionado. Pessoas que pararam para ajudar disseram que o menino foi encontrado desacordado. O pai teria deixado o local alegando que buscaria por ajuda, mas não retornou. de acordo com o Serviço de Urgência e Emergênica, que fez o atendimento do menino, ele estaria no banco da frente, o que explica os graves ferimentos na cabeça. No entanto, a polícia investiga este fato, que deve ser comprovado pela perícia técnica.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Polícia registra pelo menos 8 mortes em SP na madrugada desta segunda (Postado por Lucas Pinheiro)

 A polícia registrou pelo menos oito mortes entre a noite deste domingo (28) e a madrugada desta segunda-feira (29) em São Paulo, como mostrou a reportagem do Bom Dia São Paulo.

Na Rua Tita Ruffo, em Cidade São Mateus, na Zona Leste, seis amigos conversavam na calçada por volta das 23h40 deste domingo quando um homem em um carro passou atirando. Três jovens foram baleados. Um deles, Rafael Navas Pinto, de 22 anos, morreu no local com um tiro no peito. Até o início desta manhã, ainda não havia informações sobre o estado de saúde das outras duas vítimas.

 Na Zona Norte, um jovem de 19 anos e um homem de 37 anos estavam na calçada quando foram alvejados por disparos feitos por uma dupla que passava de moto na Rua São José de Serzedelos, na região do Jaçanã. Os dois baleados foram socorridos por quem passava pela rua e levados para um hospital. Eles chegaram mortos ao local. Segundo a policia, uma das vitimas já tinha sido presa varias vezes, acusada de roubo.

Ainda no Jaçanã, no Jardim Flor de Maio, duas pessoas foram baleadas nesta madrugada, na Rua Santo Antônio do Cursino – um adolescente de 16 anos morreu e um jovem de 24 anos estava internado no início desta manhã.

Na região de Sapopemba, na Zona Leste, mais três mortes. Uma das vítimas era um jovem de 17 anos que vendia drogas, segundo a polícia. Ele foi baleado por um homem que tinha acabado de comprar entorpecentes por volta da 0h40 desta segunda.

Por volta das 2h50, um homem também foi encontrado baleado também em Sapopemba. Pouco tempo depois, um jovem atingido por tiros foi deixado em um hospital da região por moradores, que não souberam dizer o que aconteceu. Ele morreu durante o atendimento.

No Jardim São Luís, na Zona Sul da capital, também foi registrada uma morte. Um homem foi alvejado na Rua Manoel Camisa Nova. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu durante o atendimento médico.

Aumento da violência
Segundo balanço da Secretaria da Segurança Pública (SSP), a capital paulista registra aumento no total de homicídios dolosos. No mês passado, a cidade de São Paulo teve uma elevação de 27% nos casos de homicídios dolosos – passou de 106 em agosto para 135 em setembro.

sábado, 27 de outubro de 2012

Em quase 3 horas, 11 são mortos e 4 ficam feridos na capital e Grande SP (Postado por Lucas Pinheiro)

 Em quase três horas, entre as 22h30 da noite de sexta-feira (26) e a 1h20 da madrugada deste sábado (27), 11 pessoas foram mortas a tiros e quatro ficaram feridas na capital paulista e na região metropolitana de São Paulo após terem sido baleadas por criminosos em seis ataques com características de execução.

Segundo balanço da Secretaria da Segurança Pública (SSP), a capital paulista registra aumento no total de homicídios dolosos. No mês passado, a cidade de São Paulo teve uma elevação de 27% nos casos de homicídios dolosos – passou de 106 em agosto para 135 em setembro. De acordo com levantamento do SPTV, na Grande São Paulo 92 pessoas foram mortas em 20 dias. Desde domingo, foram 47 mortes.

 Nos ataques desta sexta e sábado, nenhum suspeito foi identificado ou preso pela Polícia Civil, que também investiga a motivação dos crimes e vai apurar se há relação entre eles. Como a Polícia Militar informou que não poderia dar dados sobre os assassinatos porque seu sistema de computadores estava com problema neste sábado, o G1 checou os casos dos mortos e feridos com a assessoria de imprensa da SSP. A pasta também divulgou informações sobre as vítimas.

O Ministério Público Estadual de São Paulo apura um possível confronto entre policiais militares e criminosos ligados a uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas. Os bandidos divulgaram cartas e foram pegos em escutas telefônicas ordenando atacar e matar PMs. Desde o início deste ano 86 policiais foram assassinados no estado de SP, segundo a corporação. Para responder aos ataques, os agentes estariam montando milícias e grupos de extermínio contra bandidos.

Barueri
A onda de ataques em série começou por volta das 22h30 de sexta-feira em Barueri, na Grande São Paulo, onde duas pessoas foram mortas a tiros e uma ficou ferida perto da Avenida Marginal Esquerda, no Jardim Paulista. O caso foi registrado na Delegacia Central do município. Testemunhas contaram que dois homens numa moto passaram atirando e fugiram do local. Os disparos atingiram o auxiliar Elison Humberto dos Santos Melo, de 21 anos, e a adolescente Kamellyn Santos Azzi, 17 anos. Eles chegaram a ser socorridos e levados para hospitais da região, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. Uma vendedora de 21 anos acabou baleada e está internada.

Carapicuíba
Ainda na sexta-feira, quatro pessoas foram mortas após serem baleadas por volta das 23h30 numa viela próxima a um bar em Carapicuíba, também na Grande São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência feito no 1º Distrito Policial da cidade, a Polícia Militar informou que foi até uma região perto da Rua Canelinha com a Estrada do Jacarandá para atender a um chamado de disparo de arma de fogo. Testemunhas contaram aos policiais militares que criminosos encapuzados e armados num Fiat Palio passaram atirando contra as quatro vítimas.

Duas delas foram atingidas antes do balcão do estabelecimento comercial, outras duas perto de uma mesa de jogos. Duas delas chegaram a ser socorridas em hospitais, mas morreram. Os mortos são o comerciante Givanildo Santos de Lima, de 27 anos, o vigilante Ricardo Miguel da Silva, 32 anos, o auxiliar de cozinha Jaílson José da Rocha, 23, e um desconhecido. Foram apreendidos cartuchos de armas calibre 12 e pistola 380.

 Penha
Também ocorreram ataques com mortes na sexta-feira na capital paulista. Perto das 23h40 de sexta-feira, dois homens foram mortos a tiros e outros dois foram baleados na Rua Paracanã, na Penha, Zona Leste. A PM foi acionada após o crime. Segundo os policiais relataram no 10º DP, na Penha, testemunhas contaram que as quatro pessoas estavam sentadas na calçada quando duas motos, uma preta e uma vermelha, com dois homens em cada, passaram atirando.

Morreram no ataque na Penha o comerciante Sonier Bernaredes da Costa Júnior, 25, e José Fabrício da Silva, 31. Os feridos foram levados para hospitais, onde foram internados. Um dos sobreviventes relatou que escapou ao pular dentro de uma casa. Mesmo assim foi atingido na mão esquerda por um dos disparos. O outro homem que sobreviveu falou que se escondeu num bar, mas acabou ferido por uma bala no pé direito. O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) deverá investigar o caso porque a autoria do crime é desconhecida.

Cangaíba
Na região de Cangaíba, ainda na capital, ocorreram mais dois assassinatos em circunstâncias parecidas com as das outras mortes. Coincidentemente, o caso foi registrado no 10º DP, que já havia registrado duas mortes na Penha, cerca de 20 minutos antes. Por volta da 0h02 da madrugada de sábado, dois homens numa moto passaram atirando contra duas pessoas na Rua Goitá. João Paulo dos Santos Andrade, 32, e Elias Silva Rodrigues, 23, morreram após serem socorridos num hospital. O DHPP também foi comunicado desse crime e deverá apurá-lo.

Rio Pequeno
A polícia da cidade de São Paulo registrou mais dois casos idênticos envolvendo motociclistas que passaram atirando contra pessoas nas ruas na madrugada de sábado. Próximo da 0h30, uma adolescente de 16 anos foi baleada e ferida na Rua Antonio da Silva Dias, Vila Dalva, no Rio Pequeno, Zona Oeste. Segundo testemunhas, a garota estava na via quando homens numa moto dispararam contra ela. A vítima foi atingida no ombro e está internada num hospital da capital. O caso foi registrado no 14º DP, em Pinheiros.

Itaim Paulista
O último ataque com morte registrado em São Paulo ocorreu a 1h20 deste sábado no 50º DP, no Itaim Paulista, Zona Leste. Josafá Machado Jr, de 18 anos foi morto por um motociclista que passou atirando e fugiu. A PM informou que encontrou a vítima caída ao lado de um córrego próximo à Avenida Sansão Castelo Branco. Ela estava ferida no rosto e pulso. O DHPP também foi acionado para investigar o crime.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ladrões invadem galpão da TAM em Viracopos e roubam iPhones e iPads (Postado por Lucas Pinheiro

Uma carga de produtos da fabricante Apple foi roubada do galpão da companhia aérea TAM Cargo no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), na madrugada desta terça-feira (23). Segundo as primeiras informações do delegado Luis Paulo de Oliveira Silva, do 9º Distrito Policial (DP), a mercadoria de iPhones e iPads está avaliada em pelo menos R$ 3,5 milhões. Ele também informou que cinco assaltantes fortemente armados invadiram o galpão e renderam entre oito e dez funcionários da TAM Cargo e da empresa de vigilância para realizarem o roubo e depois fugirem em uma van.

 Ninguém havia sido preso até a publicação da reportagem e o caso está sendo registrado no 9º DP. Um representante da companhia aérea presta depoimento na delegacia. A carga chegou de Brasília (DF) às 22h de segunda-feira (22), mas a polícia ainda não informou qual seria o destino dos eletrônicos. A quadrilha conseguiu levar o sistema de monitoramento de câmeras do galpão.

O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da TAM, mas não teve retorno. Sobre a segurança no aeroporto, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que a rua que dá acesso aos galpões de carga é pública e que, portanto, a responsabilidade pela área é da Polícia Militar (PM). Ainda segundo a estatal, a segurança dentro dos galpões é de responsabilidade das companhias aéreas.

O caso vai ser investigado pela delegacia do Aeroporto de Viracopos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ameaças teriam vindo de suplente, diz vereadora travesti de Piracicaba (Postado por Lucas Pinheiro)

A vereadora eleita de Piracicaba (SP) Madalena (PSDB), cujo nome de batismo é Luiz Antônio Leite, disse ter informações de que um dos suplentes do partido seria o mandante das ameaças de morte que vem recebendo desde que venceu as eleições. O preconceito por ser travesti foi apontado como uma das possíveis razões para as ligações. Além dos telefonemas, a vereadora eleita já foi abordada na rua onde mora por um motoqueiro. A presidência do PSDB informou que, caso a suspeita se comprove, o responsável será expulso da legenda.

 Madalena registrou dois boletins de ocorrência em função das ameaças de que se ela assumir o cargo em 1º de janeiro será assassinada. A vereadora eleita afirmou que cogitou desistir da posse, mas se convenceu de não abrir mão da cadeira para a qual foi eleita. A Polícia Civil já pediu, inclusive, o rastreamento das ligações à casa da política para tentar localizar o telefone de onde as mensagens se originaram.

Um homem que trabalhou como cabo eleitoral durante as eleições procurou Madalena nesta quinta-feira (18) para relatar que um dos candidatos do PSDB havia dito à equipe que a mataria caso o vencesse. "Essa pessoa me chamou de 'preto safado' e quebrou alguns cavaletes com a minha foto e disse que se eu ganhasse me mataria", disse Madalena.

Madalena deve ir até a DIG nesta sexta-feira (19) relatar às autoridades o que soube e definir como e quando o seu informante poderá depor sem divulgar a identidade. "Se for provado que foi realmente essa pessoa, ela vai ser processada e vai ter de pagar pelo que fez", disse. A vereadora eleita também afirmou que não vai mudar a rotina por conta dos problemas que vêm ocorrendo. "Eu não pretendo me mudar ou aumentar a segurança, só espero que haja segurança no dia da posse", completou.

PSDB
O deputado federal Antônio Carlos de Mendes Thame (PSDB), presidente da legenda em Piracicaba, disse que procurou a Secretaria Estadual de Segurança Pública para informar da ameaça e pediu providências. "Pedi que a polícia investigue a fundo, afinal houve uma ameaça de morte a um vereador eleito pelo meu partido", disse.

Thame afirmou que, caso o autor das ameaças for membro do PSDB, a punição será a mais severa. "Se houver algum envolvido dentro do partido, essa pessoa será expulsa. Não haverá contemporização com ninguém", completou.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

PMs são baleados em SP e no ABC (Postado por Lucas Pinheiro)

 Dois policiais militares foram baleados por criminosos na Vila Maria, na Zona Norte de São Paulo, e em Mauá, no ABC, na noite desta quarta-feira (17).

Na Vila Maria, um policial militar aposentado foi atacado quando chegava em casa com a mulher, a filha de 6 anos e uma tia da esposa. Dois homens em uma moto, usando toucas ninja, deram dez tiros.

Três deles atingiram o PM, que foi levado para o hospital. Ele recebeu medicação e foi liberado. Os criminosos fugiram.

Em Mauá, um policial militar foi baleado em uma tentativa de assalto ao mercado da mulher dele. O PM de 30 anos estava de folga. Ele reagiu e levou tiros nas costas e nas pernas. O PM foi levado para o hospital e vai ter que passar por uma cirurgia. Ninguém foi preso.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Grupo se mobiliza para ajudar ciclista coreano roubado no litoral de SP (Postado por Lucas Pinheiro)

O caso do ciclista coreano Kim Haeng Chang, que foi roubado em São Vicente, no litoral de São Paulo, na última quinta-feira (11), comoveu milhares de pessoas e teve grande repercussão nas redes sociais. Kim ainda não recuperou os passaportes e, provavelmente só seguirá a viagem de bicicleta pelo mundo em algumas semanas. Porém, ele conquistou diversos amigos e se diz muito feliz com a solidariedade dos brasileiros.

 Após divulgação da reportagem no G1, muitas pessoas procuraram Kim para oferecer ajuda a ele e os dois filhos, Muni e Miri, de cinco anos. Eles percorrem diversos países de bicicleta e, enquanto acampavam no litoral paulista foram vítimas de um assalto. Os criminosos levaram dinheiro e os passaportes. Os pertences não foram recuperados. O coreano já solicitou novos documentos, que ficarão prontos em algumas semanas.

O grupo Pedal Noturno, de Santos, resolveu ajudar o ciclista. Eles promoveram uma pedalada em conjunto pela cidade e arrecadaram doações para que Kim viajasse a São Paulo para resolver a documentação no consulado, e também para que ele fizesse uma revisão na bicicleta. “Nosso grupo tem aproximadamente 80 pessoas e todos se mobilizaram na ajuda. Conseguimos uma revisão na bicicleta do Kim, efetuamos a troca de algumas peças. Era necessário, porque a bike dele estava um pouco desgastada”, afirma o membro do Pedal Noturno, Rafael Rizzato.

 Segundo Rafael, mesmo com a meta de doações atingidas, muitas pessoas continuam oferecendo ajuda. Nas redes sociais, uma campanha em prol de Kim visa arrecadar ajuda para que ele prossiga a viagem, já que tudo que tinha foi roubado.

Para Kim, a atitude das pessoas recompensa o problema que ele enfrentou e, ele afirma que essa é a maior lição para os filhos. “Essa atitude dos brasileiros é exatamente o que eu quero mostrar aos meus filhos durante a viagem, que existem pessoas boas e pessoas ruins. Estou muito feliz e agradecido, as pessoas tem sido muito legais conosco”, afirma o coreano.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Prefeito eleito de Pedra Bela, SP, sofre infarto em carreata e morre (Postado por Lucas Pinheiro)

 O prefeito eleito de Pedra Bela (SP), Jorge Hirodi Orita (DEM), morreu na noite desta quinta-feira (11) depois de sofrer um infarto durante uma carreata e bater o carro. Ele foi levado para o centro de saúde da cidade e posteriormente encaminhado para o Hospital Universitário São Francisco, em Bragança Paulista (SP), mas não resistiu.

"Era a carreata da vitória, a gente estava passando no Centro da cidade", disse Roseli Amaral, que concorreu ao cargo de vice na chapa de Dr. Jorge. Ele estava no carro com sua mulher quando desmaiou e bateu em um ônibus. O acidente não causou ferimento a outras pessoas.

De acordo com Roseli, Dr. Jorge foi levado para o hospital em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel e sofreu paradas cardíacas no caminho. Segundo informações do hospital, ele faleceu às 21h30.

Eleição
Nascido em Maringá (PR), Dr. Jorge era médico e tinha 55 anos. Ele obteve 1.738 votos nas eleições de domingo (7), 45,53% dos válidos na cidade. O pleito deste ano foi o segundo do político. Em 2008 ele concorreu à prefeitura, mas a chapa perdeu por 23 votos, de acordo Roseli.

Dr. Jorge deixa a esposa, um filho e uma enteada. Segundo a Funerária Bragantina Moreno, o corpo do prefeito eleito será enterrado às 17h, no Cemitério Parque dos Pinheiros, em São Paulo.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Criança com queimadura espera sete horas por transferência para hospital (Postado por Lucas Pinheiro)

 A Secretaria da Saúde de Franca (SP) investiga desde a semana passada falhas de hospitais no atendimento e na transferência de uma criança de 1 ano e 7 meses que teve 12% do corpo queimado por água quente em casa no final de setembro.

Além de não ser internado pela médica responsável na primeira consulta realizada no Pronto-Socorro Infantil, em um segundo atendimento na Santa Casa o menino esperou ao menos sete horas para ser levado de ambulância ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto(SP), de acordo com o profissional autônomo César Miranda, 44 anos, pai do paciente.

 Rosane Moscardini, secretária da Saúde de Franca, confirmou por meio de sua assessoria de imprensa que abriu um procedimento administrativo para verificar as falhas do primeiro atendimento, realizado na tarde do dia 27 de setembro, e a demora na transferência para Ribeirão, no dia 28.

O pai da criança alega que, durante a espera pela transferência, um médico da Santa Casa chegou a cancelar uma ambulância disponível. A demora, segundo Miranda, quase fez com que eles perdessem o leito reservado na ala de queimados do HC em Ribeirão. "Ficou do meio-dia às sete e meia da noite para liberar a ambulância. Ficavam jogando de um lado para o outro. Quando chegou aqui [em Ribeirão Preto] quase perdemos a vaga, já que a vaga era para o meio-dia. Sorte que os médicos encontraram outra e encaixaram", disse Miranda.

 Ele também reclama da médica responsável no primeiro atendimento no Pronto-Socorro Infantil. Segundo o pai, a profissional ignorou a gravidade do estado de saúde da criança e a dispensou da internação. Depois disso, o menino piorou e teve febre. "Ela fez os curativos, passou uma pomada no rosto dele, mandou para casa e pediu para voltar segunda-feira. Era uma quinta-feira", disse.

Delegacia da Mulher
O atendimento médico que o menino recebeu nos hospitais também é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Franca. De acordo com a delegada Christina Bueno de Oliveira, o caso será apurado com base em prontuários médicos.

Estado de saúde
Internado há dez dias na ala de queimados na unidade de emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), o menino de 1 ano e 7 meses já se recuperou da maior parte das queimaduras no rosto, no tórax e nos braços e tem se alimentado normalmente, de acordo com o pai. Segundo ele, a previsão é de que a criança receba alta na próxima semana.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Assalto a carro-forte assusta família e comerciantes de São José (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um carro-forte foi roubado por uma quadrilha em São José dos Campos, no interior de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (5). De acordo com a polícia, o roubo ocorreu após o sequestro da família do gerente da empresa de segurança, que mora em Jacareí.

Ainda segundo a polícia, os criminosos sequestraram a mulher e o casal de filhos do gerente na noite de quinta-feira (4). Ele seria chefe da equipe de operação do carro-forte. Além da família, eles fizeram reféns comerciantes do entorno do galpão que teria sido alugado para esconder o veículo até que o dinheiro fosse retirado. Não há mais ninguém sob poder dos criminosos.

A polícia também confirmou ao G1 que na manhã desta sexta-feira (5), o carro-forte já saiu da empresa de segurança, que fica no início da Rodovia dos Tamoios (SP-99), escoltado pelos sequestradores. A quadrilha levou o veículo para um galpão na rua das Acácias, na Vila Nair, sentido a zona sul da cidade.

Comerciários que chegavam para trabalhar nas lojas do entorno do galpão eram feitos reféns pela quadrilha que tentava explodir o cofre do carro-forte. "Eram quatro homens armados. Eles falavam para a gente ficar quieto e não sair daqui", afirmou uma comerciária ao G1, que não quis ter o nome divulago.

O tenente Maurício Mathias Silva afirmou que ainda tem explosivos no galpão. "Eles tentaram fazer de três a quatro explosões para tentar abrir o cofre do carro-forte, mas não tiveram sucesso. Ainda há explosivo no interio do veículo que está isolado", disse ao G1. O crime mobilizou a Polícia Militar que destacou mais de 10 viaturas para a ocorrência.

Três carros foram apreendidos suspeitos de envolvimento no crime, mas ninguém foi preso até as 10h30. A polícia também apreendeu um colete a prova de balas, um alicate, um fuzil e duas mochilas de raquete de tênis que seriam utilizadas para esconder armas de grosso calibre.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

'Estou vivo por um milagre', diz sobrevivente do Carandiru (Postado por Lucas Pinheiro)

 Jacy Lima de Oliveira diz lembrar todos os detalhes daquele 2 de outubro de 1992. As imagens, o cheiro, e, principalmente, os gritos. "Foi um inferno na Terra, estou vivo por um milagre", conta o ex-presidiário da antiga Casa de Detenção e sobrevivente do massacre que deixou 111 mortos, quando há 20 anos a polícia de São Paulo invadiu o pavilhão 9 da penitenciária após um início de rebelião.

"Eu sobrevivi, eu vi a história, eu pisei em sangue que dava quase na canela, e isso não é exagero, não! Ouvi gritos que até hoje ecoam na minha mente", disse Jacy ao G1, em uma entrevista feita no Parque da Juventude, construído após a implosão dos pavilhões do Carandiru e inaugurado em 2003. "Quando venho aqui eu me sinto livre, feliz de estar vivo. E me sinto também muito triste por saber que aqui morreu muita gente, e que os crimes estão impunes. Na verdade isso aqui é um tapete em cima de um grande montão de sujeira."

 O massacre ficou conhecido internacionalmente, e até agora nenhum réu foi preso. Todos respondem ao processo em liberdade - e nenhum ficou ferido na ação. Alguns se aposentaram e outros morreram antes mesmo de serem julgados.

Jacy foi para o maior presídio da América Latina aos 27 anos, suspeito de um roubo a uma mansão no Morumbi - que alega não ter participado. "Eu vivia uma vida de criminalidade, muita droga, era um desespero, mesmo. Mas quando eu estava no auge do crime e da droga, achei por bem procurar um trabalho."

Segundo ele, um irmão achou um bico de auxiliar de pedreiro e ele aceitou. Quando chegou lá, viu que um outro ajudante era da mesma quadrilha que ele participava. Segundo Jacy, que na época era conhecido como "mineirinho" pela origem do estado vizinho, o companheiro de gangue organizou o assalto, mas sem chamá-lo. "Fiquei 11 meses e quatro dias preso. Nesse tempo fui seis vezes ao Fórum. Nunca provaram nada contra mim nesse caso."

Jacy entrou com uma ação contra o Estado na Justiça por ter ficado preso sem condenação e, segundo ele, ganhou em primeira e segunda instâncias, e agora aguarda a liberação da indenização. O atual pastor evangélico, e pai de dez filhos, publica neste mês um livro com seu relato do massacre. O título será exatamente esse: "Eu sobrevivi para testemunhar o massacre do Carandiru".

 O começo: rebelião no Pavilhão 9
Jacy conta que naquele 2 de outubro era o seu dia de fazer a comida na cela. Ele saiu para procurar óleo antes do fim do período de banho de sol e, quando descia as escadas, viu uma aglomeração estranha no segundo andar, uma briga entre presos.

"Quando decretaram a rebelião, a gente estava esperando a hora, porque automaticamente o Choque ia entrar. Aí começaram a quebrar tudo. Tocaram fogo em toda papelada da justiciária, quebraram os espelhos da barbearia, quebraram os canos de esgoto e aquela água de fezes começou a desaguar dentro do pavilhão", disse ele.

"Quando foi 18h, se viu pela televisão as aglomerações no portão. Só que não só entrou o Choque, entrou o Gate [Grupo de Ações Táticas Especiais] e a Rota [Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar]. Na minha concepção, eles entraram para matar, não para apaziguar, acabar com a rebelião."

'Matança'
"Eu tive um privilégio, que tenho pra mim como um milagre, porque muitos que passaram ali, como eu, morreram a facada, a tiro a queima roupa na cabeça. Eu passei no corredor da morte duas vezes. Descendo em direção ao patio e voltando. Subiram na minha frente umas 80 pessoas e eu ouvi o grito da morte delas."

 Jacy acredita que os mortos foram muito mais do que os oficiais 111. "Até hoje tem família procurando os filhos no sistema carcerário", diz ele.

Outro sobrevivente concorda com Jacy: os números reais de mortos seriam bem maiores. Sidney Sales estava no quinto andar do Pavilhão 9 quando começou a rebelião, e conta que na hora que os policiais chegaram, ele estava abaixado, rezando junto com outros presos.

"Policial invadiu e pediu para todos nós tirarmos a roupa e, quando saímos, já existiam diversas pessoas estiradas no chão. Descemos até o primeiro andar e pediram para ficar com a cabeça entre as pernas. Ali, por volta de umas duas ou três horas, os policiais mandaram que os detentos retornassem a suas celas. E, quando eu estava nessa fila, um policial bateu no meu ombro. Eu pensei que ele tirar a minha vida, mas foi justamente quando ele me pediu para carregar alguns cadáveres."

Sidney disse, num depoimento dado na última sexta-feira (28) em um encontro de movimentos sociais em São Paulo, que carregou cerca de 35 cadáveres. Quando percebeu que um dos corpos que carregava era justamente de um preso que fazia o mesmo que ele, entendeu que aquilo se tratava de "queima de arquivo" e fugiu para dois andares superiores. Lá, conta que encontrou mais três policiais que lhe mostraram um molho de chave e disseram que ele teria uma única chance de sobreviver: se a chave que escolhessem abrisse a cela à sua frente. "Quando ele cata aquela chave, eu recito o salmo 91, e quando ele bate a chave e torce, o cadeado abre, e milagrosamente eu entro pra dentro daquela cela."

Emocionado, Sidney contou que voltou para a criminalidade e para as drogas depois do massacre, quando foi transferido para a penitenciária de Mirandópolis e depois liberto. Anos depois, em uma troca de tiros com uma gangue rival, foi baleado e ficou paraplégico. Na cadeira de rodas, foi preso novamente em um assalto e convertido à igreja evangélica dentro da cadeia. Hoje, Sidney é coordenador de um centro de reabilitação de jovens viciados em drogas. Autor do livro "Paraíso Carandiru", ele ajuda no tratamento de 120 pessoas em uma chácara, em Jundiaí. "O sistema carcerário me fez uma pessoa qualificada para o mundo. Tento reverter a sequela que o Estado me deixou, fazendo o que o Estado não fez."

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Homem tem ataque de fúria e invade UBS com carro em Monte Aprazível (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um vidraceiro teve um ataque de fúria e invadiu uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com o carro na tarde deste domingo (30), em Monte Aprazível (SP). O motivo do ataque foi uma possível traição do irmão pela cunhada, que trabalha no local.

Na tentativa de entrar na unidade de saúde, o motorista bateu em outros seis veículos que estavam estacionados, entre eles duas ambulâncias. Depois de bater nos carros, o homem, de 33 anos, derrubou o portão da unidade e por pouco não arrancou a porta de entrada da sala de atendimento de urgências.

Alguns funcionários trabalhavam no local no momento da invasão, mas ninguém se feriu. A confusão chamou a atenção de vizinhos, como a aposentada Maria Eliana, que mora nas proximidades da unidade de saúde. "Ouvi um forte barulho e fui ver o que tinha acontecido. Ficamos assustados, porque me deparei com  o homem no carro com toda a velocidade. Toda a ação do homem vimos de perto”, relata a aposentada.

 O carro, que ficou com a frente toda destruída,  pertence à empresa em que o homem trabalha. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia da cidade.

Em depoimento ao delegado Luciano Siqueira Bracci, ele disse que o motivo do ataque seria uma possível traição contra o irmão dele. “O homem disse no depoimento que tomou conhecimento de que a cunhada dele estaria traindo o irmão. Revoltado, ele resolveu ir ao local onde a mulher trabalha e atingiu a unidade de saúde, os carros, sem pensar em mais nada. Ele foi autuado por danos particulares e ao patrimônio público" , diz o delegado.

O vidraceiro pagou fiança de R$ 1 mil e foi liberado. Ele irá responder o processo em liberdade.