terça-feira, 4 de março de 2014

Mocidade Alegre

 

 

é tricampeã em SP

 

Escola venceu com enredo sobre a fé, e bateria se ajoelhou na avenida.
Segundo lugar ficou com a Rosas de Ouro pelo terceiro ano seguido.

 
G1
 
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Fotos do desfile da Mocidade Alegre (Foto: Editoria de Arte/G1)




http://g1.globo.com/sao-paulo/carnaval/2014/noticia/2014/03/mocidade-alegre-e-tricampea-em-sp.html


A Mocidade Alegre é tricampeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo. O título foi garantido na tarde desta terça-feira (4), com a apuração das notas. É o segundo tricampeonato da história da escola -- o outro tinha sido entre 1971 e 1973 --, que agora soma dez títulos do carnaval paulistano.
A disputa foi décimo a décimo até a leitura das notas do antepenúltimo quesito – evolução. Neste critério, a avaliação dos juízes foi bastante rigorosa, mas a Mocidade não perdeu pontos, deixando as principais concorrentes para trás. Depois disso, as notas máximas garantidas nos últimos quesitos – alegoria e harmonia – só confirmaram o tricampeonato, com 269,7 pontos. Aliás, por falar em tri, a vice-campeã também foi a mesma dos dois últimos anos: a Rosas de Ouro.
A tradicional escola da Zona Norte foi a terceira a desfilar na madrugada de sábado (1º) para domingo, no segundo dia de apresentações no Anhembi. Ela entrou logo depois da Gaviões da Fiel, que dominava a arquibancada, e mesmo assim conseguiu causar grande impacto com o enredo "Andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar".
Assinado pelos carnavalescos Sidnei França e Márcio Gonçalves, o desfile encantou o público ao falar sobre as diferentes maneiras de vivenciar a fé (veja mais de 40 fotos do desfile da Mocidade Alegre).
Mergulhando na religiosidade de várias partes do mundo, a escola vestiu várias de suas alas com elementos de religiões como o judaísmo, o candomblé, o islamismo, o espiritismo e crenças indígenas como a pajelança cabocla, as benzedeiras e os curandeiros. "Oh pai, conduz teus fiéis a buscar / na eternidade encontrar, a salvação", diz um do versos do samba-enredo da Mocidade. A superstição também foi levada à avenida, com componentes fantasiados de gato preto, horóscopo e numerologia. "Arruda pra benzer / ervas pra curar / tem reza forte da maria benzedeira", cantaram os 3.500 integrantes no refrão.
Diretores da Mocidade Alegre vibram no momento em que souberam que se tornaram tricampeões do carnaval de SP (Foto: Caio Kenji/G1)Diretores da Mocidade Alegre vibram no momento
do anúncio das últimas notas (Foto: Caio Kenji/G1)
A comissão de frente coreografada pelo estreante Robério Theodoro representou o poder da sedução. Parte dos bailarinos entrou vendada na avenida, indicando que a fé muitas vezes pode ser cega. A evolução foi feita seguindo comandos por voz do coreógrafo.
A coreografia ensaiada foi além da comissão de frente. Em um movimento coordenado e inusitado, todos os integrantes da escola se ajoelharam em plena avenida durante uma das paradas da bateria e comoveram o público que lotou a arquibancada.
Os 240 ritmistas da bateria foram comandados por Marcos Rezende, o Mestre Sombra, que também é vice-presidente da escola. A rainha da bateria foi Aline Oliveira, ex-ritmista da escola, pelo terceiro ano consecutivo.
Integrantes da Mocidade Alegre comemoram tricampeonato na quadra da escola (Foto: G1)Integrantes da Mocidade Alegre comemoram tricampeonato na quadra da escola (Foto: G1)
 
 
O abre-alas trouxe os elementos que representam a fé, e como ela pode levar as pessoas a mudar suas vidas. A segunda alegoria da Mocidade apresentou um templo, a construção elaborada pelos homens desejosos de ter um lugar onde possam professar sua fé. O carro foi montado com objetos de várias religiões, como a Torá e a Bíblia, e os destaques representaram diferentes tipos de sacerdotes e homens de fé.

O terceiro carro foi inspirado no equilíbrio entre o mundo terreno e o resto do universo, no qual se sustentam as crenças. Já a alegoria seguinte, sobre o mercado da fé, mostrou outro lado da religião: a comercialização de produtos religiosos e o proveito que alguns líderes de igrejas tiram da fé alheia, na forma da coleta do dízimo. O último carro alegórico da Mocidade Alegre inspirou o público a buscar, dentro de si, a força da luz interior para conseguir superar as barreiras e obstáculos que a vida apresenta.
Com evolução impecável, a escola viveu momentos de tensão apenas nos últimos segundos do desfile, já que o último carro passou pela linha de chegada poucos segundos antes de estourar o tempo máximo.
Rebaixadas
O quesito evolução também causou uma reviravolta na briga contra o rebaixamento. A Nenê de Vila Matilde vinha em último lugar desde a leitura do primeiro quesito – fantasias –, mas se recuperou na evolução. Leandro de Itaquera e Pérola Negra foram muito mal no quesito e terminaram nas duas últimas posições – rebaixadas ao Grupo de Acesso.
Arte notas carnaval SP 2013 x 2014 (Foto: Arte/G1)





 
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