quinta-feira, 4 de junho de 2009

Suplicy oferece seu nome ao PT para disputar o governo de São Paulo em 2010

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse hoje que se colocou à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar o governo de São Paulo nas eleições de 2010. Em conversa com o presidente e ministros petistas, nesta semana, o senador deixou clara a sua intenção de concorrer ao governo --embora reconheça que a decisão final será do partido.

De acordo com o "Painel" da Folha, Suplicy fez chegar ao presidente, durante viagem, um bilhete manuscrito em um guardanapo com a informação de que está à disposição do partido para concorrer ao governo do Estado.

"Eu escrevi em um guardanapo que, se o PT quiser considerar uma pessoa que nas eleições de 2006 teve 8,6 milhões de votos, o que dá um em cada dois votos no Estado, eu estava à disposição", disse.

O senador afirmou que informou ministros petistas sobre sua vontade de concorrer ao governo de São Paulo --como Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), Marco Aurélio Garcia, assessor da presidência da República, e a ex-prefeita Marta Suplicy.

O senador integrou comitiva que acompanhou Lula na posse de Mauricio Funes, em El Salvador.

"Foi no contexto em que estavam essas pessoas. Nessa ocasião, o presidente comentava que o PT em São Paulo deveria ter uma combinação de nomes para garantir os 30% que o PT têm de votos, mais outros 20%. Aí eu escrevi no guardanapo", disse.

Suplicy afirmou, porém, que quem define o nome do candidato é o PT --que tem entre os seus supostos pré-candidatos ao governo do Estado o deputado Antonio Palocci, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e Marta, sua ex-mulher.

O PT espera o STF (Supremo Tribunal Federal) se pronunciar se aceita ou não denúncia criminal contra Palocci para decidir se vai investir na sua candidatura --cotada como a mais viável dentro do partido até este momento. Ex-ministro da Fazenda, Palocci será julgado pela suspeita de orquestrar a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, no episódio que resultou no seu afastamento do governo federal.

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