O ajudante de caminhoneiro Ivan Romano, de 43 anos, espancado por dois rapazes em uma praça em Embu das Artes, na Grande São Paulo, disse que teve medo de morrer enquanto era agredido. Ainda com o rosto inchado e dores no corpo, o ajudante de caminhoneiro relembrou o caso nesta terça-feira (20) e contou que foi vítima de racismo. Romano só foi salvo porque sua namorada, Natália Gonçalves, de 46, chamou a polícia, que chegou a tempo. Câmeras da Prefeitura registraram o crime.
“Disseram que iam me matar. Eles falavam: 'Agora nós vamos te matar, seu negro, macaco’. Pisavam na minha cabeça e falavam: ‘Agora, macaco, você vai morrer'”, contou Romano. “Pensa em um homem humilhado: xingamentos, me chutaram, pisaram na minha cabeça. Fingi que estava desmaiado, mas eles continuaram.”
A agressão aconteceu por volta de 2h de sábado (17), em uma praça no Centro de Embu das Artes. O casal contou que costuma frequentar o local, que normalmente é tranquilo. Os dois namoravam na praça quando os dois homens chegaram. Segundo o casal, as agressões começaram sem nenhum motivo aparente.
“Chegaram me humilhando, chamando de negro, macaco, aquele racismo todo. Socos na cabeça, chutando, pontapés. Tentei correr, mas mesmo assim me abordaram de novo lá na frente. Eu só saí correndo por que ela [a namorada] estava perto de mim, para eles não irem para cima dela”, disse Romano.
“Eles apareceram e foram já para cima dele, querendo brigar com ele, tiraram a camisa. Eu tentei entrar no meio, mas não adiantou nada. Como eu não consegui, fui pedir socorro, para não fazerem coisa pior com ele”, contou a namorada da vítima. “Ainda bem que ela correu, ou ia sobrar para ela também. Eu só corri com medo que acontecesse alguma coisa com ela”, completou Romano.
A imagens registradas pelas câmeras da Prefeitura mostram quando Ivan está sentado com a namorada entre algumas plantas de uma praça. Dois homens chegam e começam a discutir com ele. Um deles tira a blusa e, então, as agressões começam.
A vítima consegue escapar e corre para outra rua, mas é perseguida e espancada ainda mais. Um dos agressores até cai após bater na vitima, que parece desacordada. Os agressores vão embora, mas um deles volta à praça para buscar a blusa. Eles foram então surpreendidos por policiais.
Os dois jovens resistiram à abordagem policial, e o PM precisou usar força, com um cacetete, para controlá-los. Natália reconheceu os agressores, que foram levados para a delegacia.
Romano acabou desmaiando durante o espancamento, e só acordou quando já estava no hospital. “Eu não sabia onde estava. Até agora estou feliz de estar vivo”, contou ele, que está com o rosto inchado, tem lesões na testa e na nuca, e ainda sente dores pelo corpo. Segundo ele, os médicos não constataram nenhuma fratura.
O ajudante de caminhoneiro disse que nunca havia sido vítima de uma abordagem tão violenta. Para o casal, a prisão dos jovens deve servir como exemplo para que casos semelhantes não ocorram. “Que eles respondam pelo que eles fizeram, porque do mesmo jeito que fizeram comigo, amanhã podem fazer com outra pessoa”, disse Romano.
Os dois jovens foram presos em flagrante por tentativa de homicídio e resistência à prisão. Em depoimento, os dois disseram que a briga começou com uma discussão, mas não apontaram um motivo. A polícia também vai investigar se eles cometeram crime de racismo. Os dois foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, na segunda-feira (19).
Secretaria de Justiça
A Secretaria da Justiça de São Paulo instaurou uma denúncia que pode resultar em processo administrativo contra os agressores do ajudante de caminhoneiro. A denúncia é da responsabilidade da Coordenação de Políticas Públicas para a População Negra e Indígena e foi instaurada independentemente da manifestação da vítima.
Após ser protocolada e passar pelo crivo da Secretária de Justiça, a denúncia é julgada por uma Comissão Processante. A sentença pode variar desde uma advertência até multas.
“Disseram que iam me matar. Eles falavam: 'Agora nós vamos te matar, seu negro, macaco’. Pisavam na minha cabeça e falavam: ‘Agora, macaco, você vai morrer'”, contou Romano. “Pensa em um homem humilhado: xingamentos, me chutaram, pisaram na minha cabeça. Fingi que estava desmaiado, mas eles continuaram.”
A agressão aconteceu por volta de 2h de sábado (17), em uma praça no Centro de Embu das Artes. O casal contou que costuma frequentar o local, que normalmente é tranquilo. Os dois namoravam na praça quando os dois homens chegaram. Segundo o casal, as agressões começaram sem nenhum motivo aparente.
“Chegaram me humilhando, chamando de negro, macaco, aquele racismo todo. Socos na cabeça, chutando, pontapés. Tentei correr, mas mesmo assim me abordaram de novo lá na frente. Eu só saí correndo por que ela [a namorada] estava perto de mim, para eles não irem para cima dela”, disse Romano.
“Eles apareceram e foram já para cima dele, querendo brigar com ele, tiraram a camisa. Eu tentei entrar no meio, mas não adiantou nada. Como eu não consegui, fui pedir socorro, para não fazerem coisa pior com ele”, contou a namorada da vítima. “Ainda bem que ela correu, ou ia sobrar para ela também. Eu só corri com medo que acontecesse alguma coisa com ela”, completou Romano.
A imagens registradas pelas câmeras da Prefeitura mostram quando Ivan está sentado com a namorada entre algumas plantas de uma praça. Dois homens chegam e começam a discutir com ele. Um deles tira a blusa e, então, as agressões começam.
A vítima consegue escapar e corre para outra rua, mas é perseguida e espancada ainda mais. Um dos agressores até cai após bater na vitima, que parece desacordada. Os agressores vão embora, mas um deles volta à praça para buscar a blusa. Eles foram então surpreendidos por policiais.
Os dois jovens resistiram à abordagem policial, e o PM precisou usar força, com um cacetete, para controlá-los. Natália reconheceu os agressores, que foram levados para a delegacia.
Romano acabou desmaiando durante o espancamento, e só acordou quando já estava no hospital. “Eu não sabia onde estava. Até agora estou feliz de estar vivo”, contou ele, que está com o rosto inchado, tem lesões na testa e na nuca, e ainda sente dores pelo corpo. Segundo ele, os médicos não constataram nenhuma fratura.
O ajudante de caminhoneiro disse que nunca havia sido vítima de uma abordagem tão violenta. Para o casal, a prisão dos jovens deve servir como exemplo para que casos semelhantes não ocorram. “Que eles respondam pelo que eles fizeram, porque do mesmo jeito que fizeram comigo, amanhã podem fazer com outra pessoa”, disse Romano.
Os dois jovens foram presos em flagrante por tentativa de homicídio e resistência à prisão. Em depoimento, os dois disseram que a briga começou com uma discussão, mas não apontaram um motivo. A polícia também vai investigar se eles cometeram crime de racismo. Os dois foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, na segunda-feira (19).
Secretaria de Justiça
A Secretaria da Justiça de São Paulo instaurou uma denúncia que pode resultar em processo administrativo contra os agressores do ajudante de caminhoneiro. A denúncia é da responsabilidade da Coordenação de Políticas Públicas para a População Negra e Indígena e foi instaurada independentemente da manifestação da vítima.
Após ser protocolada e passar pelo crivo da Secretária de Justiça, a denúncia é julgada por uma Comissão Processante. A sentença pode variar desde uma advertência até multas.
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