O julgamento de Lindemberg Fernandes Alves, marcado para segunda-feira (13) em Santo André, fez Nayara Rodrigues, de 18 anos, adiar uma cirurgia para reparar um dano que tem no maxilar provocado pelo tiro que levou de Lindemberg em 2008. A informação é do advogado dela, Marcelo Augusto de Oliveira.
Lindemberg irá a júri acusado de ter atirado contra Nayara e matado a amiga dela, Eloá Cristina Pimentel, dentro de um apartamento em Santo André após manter as jovens por mais de 100 horas como reféns. Os disparos ocorreram quando a polícia invadiu o apartamento.
“O que ocorreu ainda traz graves consequências negativas para a vida da Nayara, ela teve que mudar de escola e é abordada seguidamente na rua. Ela iria fazer uma cirurgia para correção de um dano no maxilar neste mês, mas resolveu adiar por conta do julgamento. Ficou com medo de marcar uma data muito próxima e não poder ir, pois ela é intimada a comparecer no júri”, disse Oliveira ao G1.
Segundo ele, a família optou há alguns anos em não deixar Nayara dar entrevistas. “Ela ainda tenta se recuperar, pois é impossível não lembrar do que ocorreu. Jamais vai conseguir apagar as lembranças e ainda tem contato com a mãe da Eloá”, diz Oliveira, que trabalhará ao lado da promotora Daniela Hashimoto como assistente de acusação no júri.
Pelo menos 15 testemunhas foram convocadas para prestar depoimento, entre policiais, jornalistas e amigos das vítimas, além de Nayara. A previsão é de que o júri que decidirá se o réu - que está preso desde o dia do crime - continuará atrás das grades, dure dois dias.
Jovem namora e trabalha
“A Nayara tenta retomar a vida normal agora, está trabalhando em uma loja no ABC e mora próximo ao local da tragédia, o Jardim Santo André. Ela ainda tem amigos lá. Como fez 18 anos em 2011, começou a fazer um curso técnico e profissionalizante de logística e está namorando”, afirma o advogado.
“Estamos tentando evitar a exposição dela nestes dias para evitar lembranças e a tristeza. Ela está em repouso, com a família, pois a exposição na mídia naqueles dias só trouxeram consequências ruins e prejuízos para ela”, acredita Oliveira.
O caso
Armado com um revólver calibre 22,ele invadiu o apartamento em que morava a ex-namorada no Jardim Santo André, um conjunto habitacional na periferia da cidade, na tarde de uma segunda-feira, dia 13 de outubro de 2008. Além da ex e de Nayara, outros três amigos das garotas que faziam trabalhos escolares foram mantidos reféns. A intenção do jovem era fazer com que Eloá retomasse o namoro, rompido dias antes.
Os garotos e Nayara foram libertados durante as negociações com o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar, mas como Lindemberg continuava irredutível em libertar Eloá, Nayara, que era amiga dos dois, foi chamada para ajudar nas conversas.
Ela acabou voltando ao apartamento, sendo mantida novamente refém e alvejada por um tiro pelo criminoso quando a polícia invadiu o local após quase 100 horas de negociação, na sexta-feira, 17 de novembro de 2008.
Além do assassinato de Eloá, Lindemberg é acusado de tentar matar Nayara e um policial militar que tentava negociar a rendição dele e a soltura dos reféns. O réu também responde pelo crime de cárcere privado das amigas e dos dois colegas de escola de Eloá. Ainda sofre acusação de ter feito disparos de arma de fogo.
Por decisão da Justiça, Lindemberg foi preso preventivamente desde o término do sequestro das vítimas. Ele segue detido na Penitenciária de Tremembé, no interior do estado de São Paulo. Lindemberg, que nunca falou à Justiça sobre o caso para se defender, será interrogado durante o júri e, caso queira, poderá ficar em silêncio. A linha de defesa do réu no julgamento poderá ser a de que a invasão da PM ao apartamento provocou a morte de Eloá.
Lindemberg irá a júri acusado de ter atirado contra Nayara e matado a amiga dela, Eloá Cristina Pimentel, dentro de um apartamento em Santo André após manter as jovens por mais de 100 horas como reféns. Os disparos ocorreram quando a polícia invadiu o apartamento.
“O que ocorreu ainda traz graves consequências negativas para a vida da Nayara, ela teve que mudar de escola e é abordada seguidamente na rua. Ela iria fazer uma cirurgia para correção de um dano no maxilar neste mês, mas resolveu adiar por conta do julgamento. Ficou com medo de marcar uma data muito próxima e não poder ir, pois ela é intimada a comparecer no júri”, disse Oliveira ao G1.
Segundo ele, a família optou há alguns anos em não deixar Nayara dar entrevistas. “Ela ainda tenta se recuperar, pois é impossível não lembrar do que ocorreu. Jamais vai conseguir apagar as lembranças e ainda tem contato com a mãe da Eloá”, diz Oliveira, que trabalhará ao lado da promotora Daniela Hashimoto como assistente de acusação no júri.
Pelo menos 15 testemunhas foram convocadas para prestar depoimento, entre policiais, jornalistas e amigos das vítimas, além de Nayara. A previsão é de que o júri que decidirá se o réu - que está preso desde o dia do crime - continuará atrás das grades, dure dois dias.
Jovem namora e trabalha
“A Nayara tenta retomar a vida normal agora, está trabalhando em uma loja no ABC e mora próximo ao local da tragédia, o Jardim Santo André. Ela ainda tem amigos lá. Como fez 18 anos em 2011, começou a fazer um curso técnico e profissionalizante de logística e está namorando”, afirma o advogado.
“Estamos tentando evitar a exposição dela nestes dias para evitar lembranças e a tristeza. Ela está em repouso, com a família, pois a exposição na mídia naqueles dias só trouxeram consequências ruins e prejuízos para ela”, acredita Oliveira.
O caso
Armado com um revólver calibre 22,ele invadiu o apartamento em que morava a ex-namorada no Jardim Santo André, um conjunto habitacional na periferia da cidade, na tarde de uma segunda-feira, dia 13 de outubro de 2008. Além da ex e de Nayara, outros três amigos das garotas que faziam trabalhos escolares foram mantidos reféns. A intenção do jovem era fazer com que Eloá retomasse o namoro, rompido dias antes.
Os garotos e Nayara foram libertados durante as negociações com o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar, mas como Lindemberg continuava irredutível em libertar Eloá, Nayara, que era amiga dos dois, foi chamada para ajudar nas conversas.
Ela acabou voltando ao apartamento, sendo mantida novamente refém e alvejada por um tiro pelo criminoso quando a polícia invadiu o local após quase 100 horas de negociação, na sexta-feira, 17 de novembro de 2008.
Além do assassinato de Eloá, Lindemberg é acusado de tentar matar Nayara e um policial militar que tentava negociar a rendição dele e a soltura dos reféns. O réu também responde pelo crime de cárcere privado das amigas e dos dois colegas de escola de Eloá. Ainda sofre acusação de ter feito disparos de arma de fogo.
Por decisão da Justiça, Lindemberg foi preso preventivamente desde o término do sequestro das vítimas. Ele segue detido na Penitenciária de Tremembé, no interior do estado de São Paulo. Lindemberg, que nunca falou à Justiça sobre o caso para se defender, será interrogado durante o júri e, caso queira, poderá ficar em silêncio. A linha de defesa do réu no julgamento poderá ser a de que a invasão da PM ao apartamento provocou a morte de Eloá.
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