segunda-feira, 28 de junho de 2010

Perto do início do jogo do Brasil, São Paulo tem alto índice de congestionamento (Danuza Peixoto)

SÃO PAULO



O motorista encontrava lentidão nas principais vias de São Paulo por volta das 15h15 desta segunda-feira, pouco antes do início do jogo do Brasil contra o Chile pela Copa do Mundo --marcado para as 15h30. Segundo registros da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), havia 160 km de congestionamento na cidade, o que equivale a 18,4% dos 868 km monitorados --a média para o horário varia entre 1,1% e 3,1%.

CET suspende rodízio em São Paulo

O rodízio de veículos foi suspenso no período da noite. Com isso, veículos com placas finais 1 e 2 poderão circular sem restrições pelo centro expandido das 17h às 20h.

Por volta das 15h15, a marginal Pinheiros era a via mais congestionada. Eram 14,3 km de lentidão no sentido Interlagos --entre as pontes Jaguaré e Transamérica-- e 8,6 km no sentido Castello Branco --entre as pontes Transamérica e Cidade Jardim.

Entre outras vias, o trânsito era lento no sentido Imigrantes da avenida dos Bandeirantes, no sentido Ayrton Senna da marginal Tietê, no sentido bairro da Radial Leste e na avenida Dr. Gastão Vidigal.

sábado, 26 de junho de 2010

Tarifa de pedágio das rodovias estaduais de SP vai aumentar na quinta (Danuza Peixoto)

ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO


Os pedágios nas rodovias estaduais de São Paulo serão reajustados na próxima quinta-feira, dia 1º, e poderão ter tarifas "quebradas" em R$ 0,05, sem os arredondamentos adotados até hoje para facilitar a entrega de troco e evitar filas nas cabines.

Veja o preço dos novos pedágios nas rodovias

No trecho oeste do Rodoanel, por exemplo, os motoristas deverão pagar R$ 1,35 --contra os atuais R$ 1,30.

Na praça do km 39 da rodovia dos Bandeirantes, uma das mais movimentadas do Estado, a tarifa deve passar de R$ 6,10 para R$ 6,35.

O novo critério foi preparado pela equipe do secretário dos Transportes, Mauro Arce, e visto por uma parte das concessionárias de rodovias como desrespeito contratual.

Além da necessidade de dispor de uma quantidade grande de moedas de R$ 0,05, algumas avaliam que podem ter aumento de gastos para evitar filas nas praças de pedágio, bem como prejuízos com essa fórmula.

O governo Alberto Goldman (PSDB), sucessor de José Serra, afirma que, com essa medida, os reajustes ficarão mais próximos dos índices oficiais de correção.

A assessoria do secretário Arce nega que haverá transtornos, alega que "as moedas de cinco centavos estão em plena circulação" e que as concessionárias devem fazer a cobrança dentro dos tempos previstos nos contratos, sob pena de punições em caso de filas excessivas.

Os contratos firmados na década passada previam os arredondamentos na casa de R$ 0,10. Assim, se a tarifa calculada terminasse em até R$ 0,05, ela era ajustada para menos. Acima, para mais.

A Folha ouviu de técnicos estaduais que um dos motivos do novo critério foi a tentativa de "atenuar" os reajustes --evitando alguns arredondamentos para cima às vésperas das eleições.

Eles chegaram a calcular uma diferença próxima de R$ 2 milhões por mês de desequilíbrio contratual devido às mudanças de cálculo.

A Secretaria dos Transportes diz que "não há qualquer desrespeito contratual" e que "qualquer diferença ou desequilíbrio das tarifas será ajustado futuramente".

O presidente da ABCR (associação de concessionárias de rodovias), Moacyr Duarte, informou que a medida "é grave porque está sendo quebrada uma disposição expressa em contrato".

Critérios

O critério usado para reajuste dos pedágios é diferente dependendo da estrada.

Em rodovias como Imigrantes/Anchieta e Bandeirantes/Anhanguera, as tarifas dos pedágios sobem anualmente pela variação do IGP-M, que acumulou 4,18%.

Esse índice se refere aos últimos 12 meses, é calculado pela Fundação Getulio Vargas e base para corrigir os contratos firmados por Mário Covas (PSDB) na segunda metade da década de 1990.

Em estradas como Ayrton Senna e Dom Pedro 1º, concedidas à iniciativa privada nos últimos anos pelo governo Serra, os motoristas deverão enfrentar um aumento maior --porque ele é baseado no IPCA, índice aferido pelo IBGE e que acumulou 5,22%.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Após desabafo, Ana Maria Braga é assunto mais comentado do mundo (Danuza Peixoto)

DE SÃO PAULO


A apresentadora Ana Maria Braga, que falou em seu programa sobre o boato de que ela teria "ficado" com o professor de dança Renato Zóia, ficou na tarde desta quarta-feira (23) no primeiro lugar nos trending topics --a lista dos assuntos mais comentados-- do Twitter.

"Estou sofrendo calúnia, difamação, injúria", afirmou ela no "Mais Você", da Globo.

"Nunca usei o horário desse programa para falar dos meus problemas pessoais. Apenas em alguns casos, como quando tive câncer, me apaixono ou me caso de novo. Pedi licença [à Globo] para falar com você [telespectador] do jeito que estou falando, eles me permitiram falar."

Ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, Ana Maria divulgou uma nota em que chamou de "mentirosa" uma matéria publicada na "Quem Acontece".

A publicação afirma que ela ficou com o professor, que foi seu par no quadro "Dança dos Famosos", do "Domingão do Faustão".

terça-feira, 22 de junho de 2010

Expresso turístico fará ligação entre a estação da Luz e a vila de Paranapiacaba (SP) (Danuza Peixoto)

JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO


A vila ferroviária de Paranapiacaba (a 48 km de SP), no último patamar entre Santos e o topo da serra do Mar, não via um trem de passageiros passar por seus trilhos desde 2002.



Essa situação, que é até irônica, como apontou um morador desse distrito de Santo André, deve mudar a partir do próximo dia 4 de julho.

Está agendada para essa data a inauguração do expresso turístico da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que fará a ligação histórica entre a estação da Luz, no centro de São Paulo, e a vila.

O trajeto, com uma parada intermediária em Santo André, será feito em aproximadamente uma hora, custará R$ 28 por pessoa e terá monitores que contarão a história da linha e de alguns bairros por onde o trem passará.

Durante o mês de julho, quando ocorre o Festival de Inverno de Paranapiacaba, o trem circulará todos os domingos. A partir de agosto, a cada 15 dias.

A CPTM estuda também a possibilidade de colocar um terceiro vagão na composição para o transporte de ciclistas que queiram praticar o mountain biking nas trilhas de Paranapiacaba.

A volta do trem à vila já havia sido anunciada em 2008, mas, segundo a CPTM, as negociações com a empresa MRS, que detém a concessão da linha férrea entre Santos e São Paulo, não foram concluídas na época.

Preservação

Apesar de ter uma estrutura turística com dezenas de pousadas e restaurantes, além de opções variadas para a realização do turismo de aventura, o estado de preservação do patrimônio cultural da vila não é dos melhores.

Embora a prefeitura de Santo André esteja pouco a pouco recuperando casas históricas, como a Padaria do Mendes, que deve se tornar um piano-bar, as instalações ferroviárias estão em péssimo estado de conservação.

Para o desembarque dos passageiros do expresso turístico, por exemplo, está sendo construída uma plataforma provisória.

Poucos metros à frente, no entanto, há um belo galpão ferroviário bastante degradado, sem vidros e com algumas telhas faltando.

De acordo com a CPTM, a ONG AMA Brasil já trabalha em um projeto de restauro e adaptação do antigo galpão, que deverá abrigar a estação definitiva do expresso.

Mas mesmo o relógio, que lembra uma miniatura do Big Ben londrino e que, segundo a concessionária MRS, uma das patrocinadoras da restauração de sua torre, "está em perfeito estado", marcava 9h20 quando, na verdade, faltavam cinco minutos para o meio-dia.

Recuperação

Se dependesse dos esforços do paranapiacabano Rafael Alexandre Paschoal, 28 anos, todos vividos na vila inglesa, não haveria uma construção de madeira degradada naquela região.

Por volta de 2005, fez um curso de marcenaria e carpintaria promovido pela prefeitura especialmente para jovens habitantes do distrito de Paranapiacaba.

Trabalhou nas obras de recuperação da unidade do Cdarq (Centro de Documentação de Arquitetura e Urbanismo) existente na vila, onde há painéis e maquetes que explicam ao visitante o sistema construtivo das casas em madeira típicas do local.

Hoje, vive de recuperar outras construções da vila, muitas das quais abrigam restaurantes, pousadas e lojas de artesanato.

Orgulhoso do trabalho, diz que antes de tirarem a linha regular de passageiros de Paranapiacaba, a cidade estava mais conservada.

Hoje, a estrutura da passarela que liga a parte alta à parte baixa da vila está bastante comprometida. Balança só de andar. Quando os trens de carga passam, treme mais ainda.

A prefeitura de Santo André já contratou uma perícia e pretende restaurar a passarela, segundo informou o secretário-adjunto Marcos Ricardo Calvo.

No entanto, esta não é a única atração da cidade que sofre com a falta de conservação. O famoso Museu Funicular, que exibe o sistema que ajudava os trens a subir a serra do Mar por meio de cabos de aço, está fechado desde janeiro. O motivo: falta de energia elétrica.

Sidnei Gonçalves, diretor financeiro da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), responsável pela operação do museu, diz que faz um ano e meio que o transformador do museu apresentou problemas.

Segundo ele, a prefeitura disse que o processo de compra do novo transformador está em andamento, mas o museu corre o risco de não abrir a tempo para que os passageiros do expresso turístico possam visitá-lo.

Gonçalves conta que, por enquanto, está conseguindo manter outra atração da vila: o passeio de 800 metros na maria-fumaça que leva os turistas da estação até a beira do abismo da serra do Mar aos sábados e domingos.

No entanto, não sabe por quanto tempo poderá manter a operação desse outro trem sem energia. "O vagão de passageiros precisará de manutenção em breve."

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Linha 4 do Metrô de SP tem pequena redução de passageiros no primeiro dia de cobrança da tarifa (Danuza Peixoto)

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Linha Amarela foi inaugurada no dia 25 de maio na capital paulista; saiba mais
No primeiro dia de cobrança de tarifa, a Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo sofreu uma pequena redução no número de usuários nesta segunda-feira (21). Segundo balanço divulgado pela Via Quatro, concessionária responsável pela linha, 10,4 mil passageiros utilizaram a linha hoje.

Na segunda-feira passada (14), foram 11,1 mil passageiros, volume 6% maior do que o de hoje. Já no comparativo com a segunda-feira retrasada (7) --quando 11,7 mil pessoas utilizaram a linha-- a queda foi de 11,5%, segundo dados da Via Quatro.

Desde que a linha foi inaugurada, no último dia 25, o embarque não estava sendo tarifado. O valor cobrado na passagem é o mesmo das outras linhas do Metrô (R$ 2,65 a tarifa unitária). Todos os bilhetes únicos aceitos nas outras linhas poderão ser utilizados na Linha 4.

Também nesta segunda-feira foi liberada a transferência da Linha 4 para a Linha 2-Verde, entre as estações Paulista e Consolação, sem ter que sair das dependências do Metrô e sem a necessidade de pagar outra tarifa. Até então, o usuário que desembarcava na estação Paulista era obrigado a pagar para acessar a Linha 2-Verde.

Do total de passageiros que utilizaram a nova linha hoje, entre 6% e 7% são usuários exclusivos da própria Linha 4. Os demais são integrados, ou seja, utilizaram a transferência da Linha 2-Verde para a Linha 4-Amarela ou vice-versa, de acordo com a concessionária.

A Linha 4 continuará funcionando em horário reduzido: entre 9h e 15h, de segunda a sexta. O funcionamento no mesmo padrão das outras linhas do Metrô (entre 4h40 e 0h, todos os dias) só deverá ocorrer em novembro, após a inauguração das estações Pinheiros, Butantã, República e Luz, segundo a Via Quatro.

domingo, 20 de junho de 2010

Poluição por ozônio toma o Estado de São Paulo

Só duas regiões de SP escapam do índice alarmante de poluição por ozônio
Na capital, alta concentração do poluente é registrada em todos os bairros; Ibirapuera e USP estão entre as áreas mais problemáticas

Afra Balazina, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A poluição do ar por ozônio é um problema grave em quase todo o Estado. De um total de 32 áreas avaliadas entre 2007 e 2009, apenas duas ainda não estão saturadas pelo poluente. A situação da Região Metropolitana é motivo de grande preocupação: de 14 estações de monitoramento, dez tiveram poluição "severa" - o nível mais alto possível. Toda a capital já enfrenta concentração crítica desse poluente. Os dados são da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). As regiões do Parque do Ibirapuera e da Universidade de São Paulo (USP), onde muitas pessoas se exercitam, estão entre as mais problemáticas.

Baixa umidade do ar deixa SP em estado de atenção

A alta concentração de ozônio prejudica a saúde da população - os sintomas podem ir desde o aumento de mortes prematuras de pessoas com doenças respiratórias até tosse seca e cansaço. Por causa desses últimos sintomas, a empresária Hérika Guarnieri chegou a mudar a rotina de exercícios. Ela corria todas as manhãs no Ibirapuera. Para evitar o ar mais seco, começou a frequentar o parque no fim da tarde. "No clima de inverno, o ozônio vira um problema."

A vendedora Vera Lúcia Santos, que passa cerca de dez horas por dia no parque vendendo coco e doces para os corredores, sofre efeitos parecidos. "O olho arde para caramba. E na garganta dá uma coceirinha enjoada, que fica o dia todo", comenta.

Quando o nível de poluição é considerado "severo" significa que houve grande ultrapassagem do padrão da qualidade do ar - limite máximo estabelecido pelo governo para a concentração de um poluente na atmosfera. Já quando o nível é sério, a ultrapassagem foi intermediária. O objetivo da classificação é condicionar a concessão de licenças para empreendimentos, como indústrias, à realização de ações que compensem a poluição em áreas já saturadas. "As informações mostram que é preciso trabalhar para reduzir a poluição, ter maior planejamento e programas de controle", diz o gerente de Qualidade Ambiental da Cetesb, Carlos Komatsu.

Segundo ele, o ozônio é difícil de estudar e de controlar por se tratar de um poluente secundário. Ele não sai diretamente de uma fonte, como o escapamento de um veículo, mas se forma pelas reações entre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis na presença de luz solar. Dias bonitos e ensolarados, portanto, têm mais chances de serem poluídos por ozônio.

De acordo com Komatsu, o ozônio também está presente em muitos lugares porque os gases precursores desse poluente podem viajar e só se transformarem nele longe de onde foram emitidos. Esses precursores podem ser jogados na atmosfera por veículos ou indústrias. "A solução para o problema passa sempre por investimentos em transporte público", diz o gerente.

Hoje, existem 25 regiões no Estado saturadas por ozônio. Desses locais, a situação é um pouco melhor em Sorocaba, Ribeirão Preto e Piracicaba - onde o nível de poluição foi considerado "moderado". Há cinco pontos próximos da saturação: Araraquara, Bauru, Jaú, São José do Rio Preto e Araçatuba. E as únicas estações que ainda podem comemorar o fato de não estarem tomadas pela poluição de ozônio são Marília e Presidente Prudente.

Vale lembrar que o ozônio só é tóxico quando está na troposfera (mais perto do solo). Já na estratosfera, a 25 km de altitude, tem a função de proteger a Terra dos raios ultravioleta do sol.

Mutação. Carlos Menck, professor do Departamento de Microbiologia da USP, explica que o ozônio danifica o material genético, o que pode provocar tumor no pulmão.

"É muito importante monitorar o poluente e é primordial tentar controlá-lo." /

COLABOROU RODRIGO BURGARELLI

domingo, 13 de junho de 2010

Violência nas estradas de SP bate recorde

da Folha.com

Há menos de dois anos, autoridades e técnicos comemoravam uma queda da violência no trânsito, atribuída ao efeito inicial da lei seca.

O cenário hoje frustra e preocupa: 2010 começou com uma disparada (recorde em pelo menos sete anos) de acidentes, feridos e mortos nas estradas de São Paulo.

Dizer apenas que tudo voltou ao que era seria otimista --porque a quantidade de feridos e de acidentes passou a ser a maior no mínimo desde 2003 (dados mensais de antes não estavam disponíveis) e a de mortos, desde 2005.

O número de vítimas que morreram nas rodovias estaduais paulistas de janeiro a abril saltou 20% em relação ao mesmo período do ano passado. O de feridos, mais de 10%. O de acidentes, 16%.

Na prática, significa um aumento de 32 acidentes, 11 vítimas e um morto por dia.

Os especialistas reconhecem que a economia aquecida e a elevação da frota --que subiu 5,5% no Estado em um ano-- contribuem para que mais carros, motos e caminhões peguem a estrada e fiquem sujeitos a batidas.

Mas isso está longe de explicar a piora da violência nas rodovias, às vésperas do aniversário de segundo ano da lei seca. A Polícia Rodoviária Federal reconhece que essa tendência é nacional.

As hipóteses citadas envolvem uma soma de fatores que vão do afrouxamento da fiscalização à difusão de motos nas estradas e de motoristas novos, inexperientes.

Fiscalização

Há sinais de relaxamento da lei seca, mas também é consenso entre técnicos que combater os embriagados é só um passo, não a panaceia. Velocidade e sonolência
também são agravantes.

Dados históricos indicam que a principal culpa de acidentes é dos motoristas, por imperícia ou imprudência.

Mas a quantidade de multas neste ano nas estradas de São Paulo caiu 21%. O Estado não explica a queda, mas afirma que ao menos a fiscalização eletrônica não diminuiu --são 269 radares, contra 221 no ano anterior.

Já as operações de controle da embriaguez pela Polícia Rodoviária Estadual despencaram da média de quase 450 para menos de 200 por mês.

A versão oficial é de que a polícia redirecionou seu trabalho para outras ações de fiscalização porque houve "maior conscientização" sobre álcool ao volante, com uma queda de 50% de bêbados envolvidos em acidentes.

"A figura do policial atuante desapareceu", afirma José Alex Sant'anna, doutor em engenharia de transportes pela USP. Ele considera que os radares já não amedrontam --porque, com a exigência de placas para avisar onde eles estão, "os motoristas correm à vontade".

Uma lei sancionada há quatro anos pelo governo fe­deral abrandou as multas por excesso de velocidade, um incentivo para essa infração.

Na prática, numa estrada com limite de 120 km/h, só quem está a mais de 180 km/h recebe a multa mais pesada, de R$ 574, e tem a CNH suspensa. Antes, a 145 km/h ele já recebia essa punição.

sábado, 12 de junho de 2010

Parentes e amigos de advogada morta pedem por justiça em enterro (Danuza Peixoto)

DE SÃO PAULO

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O corpo da advogada Mércia Nakashima foi enterrado por volta das 11h30 deste sábado (12), no cemitério São João Batista, em Guarulhos (Grande São Paulo). O enterro foi marcado pela comoção dos amigos e parentes. Alguns presentes pediram por "justiça" e homenagearam a advogada com faixas.

Mércia, que estava desaparecida desde o último dia 23, foi encontrada morta ontem na represa de Nazaré Paulista (64 km de São Paulo), onde seu carro já tinha sido localizado na quinta-feira (10). No início da noite de ontem, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Mizael Bispo de Souza, 40, seu ex-namorado e principal suspeito da morte.

O também advogado Souza decidiu não ir ao enterro de Mércia. De acordo com o advogado de Mizael, Samir Haddad Júnior, a decisão foi tomada após sua orientação. "É capaz de ele ser linchado."

Mizael, que estava em uma cidade do litoral de São Paulo até a última quinta-feira (10), está em Guarulhos, na casa de amigos. Segundo Samir, a reação popular contra Mizael tem sido "assustadora".

Desaparecimento

A advogada foi vista pela última vez no dia 23 de maio, quando deixava a casa da avó, em Guarulhos (Grande SP). O ex-namorado dela, Mizael Bispo de Souza, 40, já prestou depoimento duas vezes à Polícia Civil e negou qualquer envolvimento no sumiço da jovem, mas, para a polícia, ele continua como principal suspeito.

O relatório das ligações dos três celulares de Mércia apontou que a última ligação recebida por ela no dia do seu desaparecimento foi de Souza, às 14h30 do dia 23. Segundo o delegado, essa foi a chamada que os familiares de Mércia viram que ela recebeu e não atendeu.

O rastreamento do carro de Souza apontou que ele passou pela região próxima a casa da avó de Mércia --onde ela foi vista pela última vez-- na tarde de domingo (23). Em depoimento, o advogado afirmou que passou na casa de um amigo que mora por lá, mas ele não estava e que passou a tarde com uma garota de programa.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Expedição estrada Parque - Um Pantanal selvagem ( Pastora Simone Paim)

O passeio inicia-se com coquetel de boas vindas.
Serão 100Km de asfalto até chegarmos a Estrada Parque. Durante este percurso já é avistado o Morro do Azeite.
Na Estrada Parque é onde inicía-se o grande safári. São cerca de 120 Km de estrada de terra onde a cada Km tem uma pontezinha que é parada certa para fotografar.
Ao percorrer a estrada você irá avistar aves, mamíferos, répteis, borboletas e flora exuberante.
Visita ao Rio Miranda e Rio Paraguai. (a visita ao Rio Paraguai no Porto da Manga* depende do ciclo das águas).
Retorno fazendo um safári de volta ao Buraco das Piranhas podendo ainda percorrer mais 50Km até Porto Morrinho, também as margens do Rio Paraguai. Avistando duas pontes memoráveis, a ponte rodoviária bí-nacional e a ponte ferroviária do histórico Porto Esperança.
Duração aproximadamente 12h
Valor do monitor: R$ 115,00
Inclui monitor ambiental que irá no mesmo carro com os visitantes.
Opcional: Dependendo do ciclo das águas poderá no Porto da Manga fazer a travessia de balsa no Rio Paraguai seguindo a viagem pelas Morrarias de Urucum, fazer visita relâmpago a Corumbá e retornar para Miranda. Recomendamos este circuito só no verão quando o pôr-do-sol acontece as 19h, consulte sobre as condições de trânsito ao longo trecho. Ideal para adeptos de 4x4, safári em off-road.

OAB acompanha investigação sobre morte de advogada (Danuza Peixoto)

São Paulo - A Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP) informou que acompanhará as investigações da Polícia Civil sobre a morte da advogada Mércia Nakashima, de 28 anos. O corpo dela foi encontrado hoje na represa de Nazaré Paulista. O acompanhamento será feito pela Comissão Especial de Acompanhamento de Inquéritos dos Advogados Vítimas de Homicídio.

Em nota, o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, lamentou a morte da advogada e afirmou que "uma das preocupações da Ordem é saber se o crime está ligado ao exercício profissional ou não".


Mércia estava desaparecida desde o dia 23 de maio. Ela sumiu após participar de um almoço em família em Guarulhos, na Grande São Paulo. Para a polícia, o ex-PM Mizael Bispo, de 40 anos, é o principal suspeito do sumiço da jovem. Em depoimento, ele negou a acusação.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cruesp e Sintusp discutem invasão na USP por meio de notas à imprensa (Danuza Peixoto)

Em São Paulo
Enquanto o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo) diz que não encontra o reitor da USP (Universidade de São Paulo), João Grandino Rodas, para conversar – e a reitoria diz que está disposta a tal – os dois órgãos discutem a invasão do prédio da administração da instituição e as reivindicações por meio de notas pela imprensa.

Mais cedo, os servidores enviaram um “recado” ao reitor, pedindo o pagamento imediato dos dias que foram descontados de cerca de mil funcionários, a reabertura de negociações pela volta da isonomia salarial e o estabelecimento de um protocolo de negociação da pauta específica.

•Leia a nota do Sintusp
Às 16h20, a reitoria da USP informou, via nota, que "mantém-se aberta ao diálogo e à negociação, tendo como base os termos da proposta de acordo tornado público eletronicamente no dia 2 do corrente mês, por meio da Comissão que vinha negociando com esse sindicato".

No começo da noite desta quinta-feira (10), foi a vez de o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) responder. Em outra nota, o órgão afirmou que não aceita “ações de vandalismo que desrespeitam as instituições universitárias, depredam o patrimônio público e afrontam o estado de direito”, em referência à invasão da reitoria – que se encaminha para o terceiro dia.

Os manifestantes dizem que os computadores foram isolados para que não fossem utilizados e as salas estavam sendo fechadas para evitar dano ao patrimônio. Para conseguir acessar o prédio, eles destruíram uma divisória de vidro.

Quanto à isonomia, o Cruesp diz que o “alegado desrespeito não se sustenta".

Leia íntegra da nota do Cruesp
Nas últimas semanas, a pretexto de reivindicar direitos salariais, manifestantes com baixa representatividade em suas categorias e objetivos claramente políticos, passaram a usar de violência como forma de intimidar toda a comunidade universitária, como fica claro nas recentes invasões das reitorias da Unicamp (26/05) e USP (08/06).

O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) reconhece o direito de greve nos limites previstos na Constituição e na lei, entretanto não pode aceitar ações de vandalismo que desrespeitam as instituições universitárias, depredam o patrimônio público e afrontam o estado de direito.

Além de representar um ato extremo de agressão, a atitude dos manifestantes é injustificável sob qualquer ponto de vista, uma vez que a política de valorização salarial adotada pelas universidades estaduais paulistas tem mantido os salários acima da inflação.

Também não se sustenta o alegado desrespeito à isonomia relacionada às reestruturações de carreira, uma vez que tais reestruturações, desde a conquista da autonomia universitária em 1989, têm ocorrido em momentos distintos tanto para docentes como para funcionários, sem prejuízo do poder aquisitivo para ambas as categorias.

Os reitores da Unicamp, USP e Unesp mantêm-se abertos ao diálogo, mas consideram que atos à margem da lei inviabilizam a interlocução civilizada com as instituições atacadas, que se veem no dever de recorrer a todos os meios legais para manter o funcionamento de suas atividades e preservar o patrimônio público.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Justiça decreta prisão preventiva de 12 PMs acusados de matar motoboy em SPDE SÃO PAULO ( Danuza Peixoto)

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A Justiça de São Paulo decretou na terça-feira a prisão preventiva de 12 policiais militares acusados de envolvimento na morte do motoboy Eduardo Luís Pinheiro dos Santos, 30, no dia 9 de abril na zona norte de São Paulo. Os PMs já tinham sido detido, mas foram soltos no fim de maio após o fim da prisão temporária de 30 dias.

Segundo informações da Polícia Militar, os PMs Raphael Souza Cardoso, Nelson Rubens Soares, Alexandre Seidel, Wagner Aparecido Rosa, Ismael Pereira de Jesus, Rodrigo Monteiro, Antonio Sidnei Rapelli Júnior, Jair Honorato da Silva Junior, Fernando Martins Lobato, Andressa Silvestrini Sartoreto, Rafael Silvestre Meneguini e Jordana Gomes Pereira serão levados ainda hoje para a Corregedoria da corporação e encaminhados, em seguida, para o presídio militar Romão Gomes.

Os policiais, que na época do crime atuavam na 1ª Companhia do 9º Batalhão da PM, na Casa Verde (zona norte), são suspeitos de torturarem o motoboy Eduardo dos Santos até a morte. Na noite de 9 de abril, o motoboy envolveu-se em uma briga por causa da bicicleta de um amigo que havia sido furtada. Foi levado por PMs para o quartel e, no dia seguinte, seu corpo foi localizado em uma rua, com marcas de tortura.

A mãe da vítima, a pedagoga Elza Pinheiro dos Santos, 62, disse na época do crime que o filho foi morto por ser negro. Dos 12 policiais investigados, 9 foram presos administrativamente no dia 23 de abril. Cinco dias depois, a Justiça Militar decretou a prisão temporária de todo o grupo que estava no plantão noturno daquela companhia da PM.

No inquérito que corre na Corregedoria, todos os investigados negaram o envolvimento na morte do motoboy.

Após o crime, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo, enviou uma carta à mãe do motoboy pedindo desculpas pela ação dos policiais. No dia 30 de abril, o governador Alberto Goldman (PSDB) autorizou o pagamento de indenização à família da vítima.

domingo, 6 de junho de 2010

Leia as notícias do dia, publicadas pela "Folha de São Paulo" (Folha online)

Link desta página apresenta a última edição da "Folha de São Paulo" (online)

Leia as instruções contidas no alto desta página, para encontrar o LINK da Folha Online

terça-feira, 1 de junho de 2010

Incêndio em favela deixa cerca de 250 desabrigados em São Paulo (Postado por Danuza Peixoto)

DA AGÊNCIA BRASIL


Um incêndio atingiu uma favela na zona sul de São Paulo e deixou cerca de 250 pessoas desabrigadas nesta terça-feira, segundo estimativa da Defesa Civil Municipal. Ninguém ficou ferido.

O fogo começou por volta das 14h50, rua Maximino Maciel, no Jardim Taboão. Cerca de 60 barracos foram atingidos, segundo a prefeitura. As famílias seriam cadastradas.

O Corpo de Bombeiros informou que 29 equipes foram deslocadas para combater o fogo.

Para os trabalhos de combate às chamas, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interditou a rua Doutor Luiz Migliano entre as ruas José de Andrade Figueira e Marechal Hastinfilo. A assessoria da Eletropaulo informou que, a pedido dos bombeiros, para a segurança dos oficiais, o fornecimento de energia elétrica foi interrompido em alguns pontos próximos do local do incêndio.

De acordo com o tenente Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros, o fogo atingiu inicialmente cinco casas e foi se espalhando. "Não sabemos a causa do incêndio, mas há três possíveis causas mais comuns nesses casos: curto-circuito, displicência na cozinha ou vazamento de gás", afirmou. As causas devem ser investigadas pela perícia.

O tenente disse que normalmente os curtos-circuitos ocorrem em áreas de favela devido à grande quantidade de equipamentos eletrônicos existentes nas moradias, o que consome muita energia, mas sem dispor de rede elétrica adequada. "Já os vazamentos de gás acontecem por conta da condição inadequada do botijão, que pode ter equipamentos como mangueiras e abraçadeiras com prazo de validade vencido", afirmou Palumbo.