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A Justiça de São Paulo decretou na terça-feira a prisão preventiva de 12 policiais militares acusados de envolvimento na morte do motoboy Eduardo Luís Pinheiro dos Santos, 30, no dia 9 de abril na zona norte de São Paulo. Os PMs já tinham sido detido, mas foram soltos no fim de maio após o fim da prisão temporária de 30 dias.
Segundo informações da Polícia Militar, os PMs Raphael Souza Cardoso, Nelson Rubens Soares, Alexandre Seidel, Wagner Aparecido Rosa, Ismael Pereira de Jesus, Rodrigo Monteiro, Antonio Sidnei Rapelli Júnior, Jair Honorato da Silva Junior, Fernando Martins Lobato, Andressa Silvestrini Sartoreto, Rafael Silvestre Meneguini e Jordana Gomes Pereira serão levados ainda hoje para a Corregedoria da corporação e encaminhados, em seguida, para o presídio militar Romão Gomes.
Os policiais, que na época do crime atuavam na 1ª Companhia do 9º Batalhão da PM, na Casa Verde (zona norte), são suspeitos de torturarem o motoboy Eduardo dos Santos até a morte. Na noite de 9 de abril, o motoboy envolveu-se em uma briga por causa da bicicleta de um amigo que havia sido furtada. Foi levado por PMs para o quartel e, no dia seguinte, seu corpo foi localizado em uma rua, com marcas de tortura.
A mãe da vítima, a pedagoga Elza Pinheiro dos Santos, 62, disse na época do crime que o filho foi morto por ser negro. Dos 12 policiais investigados, 9 foram presos administrativamente no dia 23 de abril. Cinco dias depois, a Justiça Militar decretou a prisão temporária de todo o grupo que estava no plantão noturno daquela companhia da PM.
No inquérito que corre na Corregedoria, todos os investigados negaram o envolvimento na morte do motoboy.
Após o crime, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Álvaro Batista Camilo, enviou uma carta à mãe do motoboy pedindo desculpas pela ação dos policiais. No dia 30 de abril, o governador Alberto Goldman (PSDB) autorizou o pagamento de indenização à família da vítima.
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