O trabalho de retirada de móveis das famílias que viviam no terreno do Pinheirinho, em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, que teve sua reintegração de posse iniciada no domingo (22), tem reservado surpresas para muitos moradores. Apesar de a maioria ter conseguido retirar seus pertences por meio do cadastro feito pela Prefeitura e apoio da Polícia Militar e de oficiais de Justiça, alguns encontraram suas casas já demolidas ou vazias quando chegaram para fazer a retirada. Segundo a Prefeitura, mais de cem famílias já haviam retirados seus pertences das casas até a noite desta segunda-feira (23).
Foi o caso da doméstica Luciane Rebeniker. Na manhã desta terça-feira (24), ela foi até sua antiga casa buscar seus móveis, mas encontrou o imóvel destruído. O local tinha dois quartos, sala e cozinha, onde ela vivia com o irmão cadeirante, o marido e seus dois filhos. “É muito difícil. Até ontem eles não deixaram a gente entrar, e meus móveis estavam todos dentro de casa. Quando é hoje, a gente encontra desse jeito, tudo demolido”, contou. “Agora a gente não sabe para onde foi, diz que tiraram tudo, mas tem cadeira de rodas no meio dos escombros.”
Ela contou que seu marido foi orientado a ir ao local às 6h desta terça para retirar os móveis. Quando chegaram, estava tudo demolido. Eles conseguiram retirar apenas poucos pertences, como uma TV e um colchão. “Ficou documento, ficou tudo. Não sei onde as coisas estão, agora vou correr atrás.”
O trabalho de remoção dos móveis começou nesta segunda-feira (23). Os moradores devem fazer o cadastro nas tendas montadas pela Prefeitura, indicam qual é sua casa e recebem um número. Depois, acompanhados de policiais e oficiais de Justiça, vão até o imóvel e podem retirar seus bens. A Prefeitura disponibilizou caminhões para a retirada dos móveis, mas muitos moradores preferiram contratar eles mesmos o transporte, para agilizar o processo. Quem não tem para onde levar a carga tem seus pertences levados para um depósito, e o endereço é indicado para os moradores.
O serralheiro José Lima da Silva conseguiu com seu cunhado um caminhão para retirar os móveis de sua casa e também as máquinas de sua serralheria e os móveis usados que vendia. Entretanto, ele lamentava que não conseguiria retirar tudo. “Vamos ver se tiro pelo menos metade das coisas, o resto vão passar por cima. Só vou conseguir pegar a metade, vai ser um prejuízo enorme. Eles dão um número para a gente, e tem que tirar tudo de uma vez só, não pode voltar. Vou levar as máquinas, lixadeira, parte dos móveis, o resto vou ter que deixar”, afirmou. “A gente se sente abalado, com os nervos à flor da pele. Eu vivia disso aqui, e de repente aconteceu tudo isso. A gente fica desesperado.”
O ambulante Moisés Cabral da Rocha, de 58 anos, não teve a mesma sorte – quando conseguiu ir até sua casa, já a encontrou vazia. “No domingo eu fui trabalhar de madrugada na feira. Quando eu cheguei, não podia mais entrar. Fiz o cadastro, peguei o número, vim ontem pegar minhas coisas e não tinha nada aqui. Ainda paguei o frete do carro, trouxe um carro para pegar as coisas, e não tinha nada. Me deram um endereço para buscar as coisas, mas eu não tenho dinheiro para buscar.”
Segundo a Polícia Militar, a ordem para a retirada dos móveis das casas é determinada pelos oficiais de Justiça. O coronel Manoel Messias Mello, comandante do Policiamento do Interior I, rebateu as acusações dos moradores de que suas casas foram demolidas com seus pertences e que não conseguiram retirar seus móveis. “No primeiro dia, quem estava lá dentro, recebeu uma senha. As pessoas que não têm a senha não têm o indicativo do seu patrimônio e da sua casa. Esse patrimônio é conduzido ao depósito judicial, e está lá guardado, e identificado de qual residência é”, afirmou. Ele disse desconhecer as situações de casas que foram demolidas com móveis dentro.
Foi o caso da doméstica Luciane Rebeniker. Na manhã desta terça-feira (24), ela foi até sua antiga casa buscar seus móveis, mas encontrou o imóvel destruído. O local tinha dois quartos, sala e cozinha, onde ela vivia com o irmão cadeirante, o marido e seus dois filhos. “É muito difícil. Até ontem eles não deixaram a gente entrar, e meus móveis estavam todos dentro de casa. Quando é hoje, a gente encontra desse jeito, tudo demolido”, contou. “Agora a gente não sabe para onde foi, diz que tiraram tudo, mas tem cadeira de rodas no meio dos escombros.”
Ela contou que seu marido foi orientado a ir ao local às 6h desta terça para retirar os móveis. Quando chegaram, estava tudo demolido. Eles conseguiram retirar apenas poucos pertences, como uma TV e um colchão. “Ficou documento, ficou tudo. Não sei onde as coisas estão, agora vou correr atrás.”
O trabalho de remoção dos móveis começou nesta segunda-feira (23). Os moradores devem fazer o cadastro nas tendas montadas pela Prefeitura, indicam qual é sua casa e recebem um número. Depois, acompanhados de policiais e oficiais de Justiça, vão até o imóvel e podem retirar seus bens. A Prefeitura disponibilizou caminhões para a retirada dos móveis, mas muitos moradores preferiram contratar eles mesmos o transporte, para agilizar o processo. Quem não tem para onde levar a carga tem seus pertences levados para um depósito, e o endereço é indicado para os moradores.
O serralheiro José Lima da Silva conseguiu com seu cunhado um caminhão para retirar os móveis de sua casa e também as máquinas de sua serralheria e os móveis usados que vendia. Entretanto, ele lamentava que não conseguiria retirar tudo. “Vamos ver se tiro pelo menos metade das coisas, o resto vão passar por cima. Só vou conseguir pegar a metade, vai ser um prejuízo enorme. Eles dão um número para a gente, e tem que tirar tudo de uma vez só, não pode voltar. Vou levar as máquinas, lixadeira, parte dos móveis, o resto vou ter que deixar”, afirmou. “A gente se sente abalado, com os nervos à flor da pele. Eu vivia disso aqui, e de repente aconteceu tudo isso. A gente fica desesperado.”
O ambulante Moisés Cabral da Rocha, de 58 anos, não teve a mesma sorte – quando conseguiu ir até sua casa, já a encontrou vazia. “No domingo eu fui trabalhar de madrugada na feira. Quando eu cheguei, não podia mais entrar. Fiz o cadastro, peguei o número, vim ontem pegar minhas coisas e não tinha nada aqui. Ainda paguei o frete do carro, trouxe um carro para pegar as coisas, e não tinha nada. Me deram um endereço para buscar as coisas, mas eu não tenho dinheiro para buscar.”
Segundo a Polícia Militar, a ordem para a retirada dos móveis das casas é determinada pelos oficiais de Justiça. O coronel Manoel Messias Mello, comandante do Policiamento do Interior I, rebateu as acusações dos moradores de que suas casas foram demolidas com seus pertences e que não conseguiram retirar seus móveis. “No primeiro dia, quem estava lá dentro, recebeu uma senha. As pessoas que não têm a senha não têm o indicativo do seu patrimônio e da sua casa. Esse patrimônio é conduzido ao depósito judicial, e está lá guardado, e identificado de qual residência é”, afirmou. Ele disse desconhecer as situações de casas que foram demolidas com móveis dentro.
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